O presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores), Vagner Freitas, reafirmou que a manifestação realizada
na tarde desta sexta-feira, 13, na Avenida Paulista, não é a favor do
governo e criticou a política econômica de Dilma Rousseff.
Segundo Freitas, os trabalhadores querem a agenda que venceu as eleições
de outubro. "A atual agenda já foi derrotada com Aécio" afirmou, em
referência ao candidato tucano Aécio Neves.
O dirigente defendeu
o retorno à polícia desenvolvimentista, como ocorreu durante a crise de
2008. "Se ficar só no corta-corta, sem investimentos, não anda a
economia, não gera emprego", afirmou em entrevista coletiva em frente à
sede da Petrobras em São Paulo.
De acordo com Freitas, para a
presidente Dilma reconquistar a confiança dos movimentos sociais, deverá
baixar os juros e baratear o crédito. No carro de som, os sindicalistas
também pediam a retirada das MPs 664 e 665, que alteram regras para
acesso a benefícios como seguro-desemprego, auxílio-doença e pensão por
morte.
O presidente da CUT ressaltou ainda que a manifestação
desta sexta-feira é a favor da democracia e contra qualquer tipo de
retrocesso. "O Brasil não pode ficar vivendo esse clima de continuidade
eleitoral o resto da vida", disse. "Precisamos ter condições para o
desenvolvimento". Segundo Freitas, as manifestações para a derrubada do
governo não são agora, mas daqui a três anos, fazendo referência às
próximas eleições presidenciais.
Ele defendeu ainda a reforma
política e principalmente o fim do financiamento privado de campanha
eleitoral. Sobre a Petrobras, disse que corrupção deve ser apurada, mas
não se deve penalizar os trabalhadores e uma das maiores petroleiras do
mundo.
Ele afirmou que a CUT não planeja nenhuma manifestação no
domingo, 15, quando estão programadas manifestações contrárias ao
governo Dilma. "Nossa manifestação é hoje", afirmou.
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