Protestos de março de 2015
Grupos fazem ato contra o governo na Esplanada dos Ministérios em Brasília Leia mais sobre os protestos
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chamou de "desastrosa" a reação do governo às manifestações contra a administração da presidente Dilma Rousseff neste domingo (15).
Questionado nesta segunda (16) sobre a atuação dos ministros José
Eduardo Cardozo (justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-geral), Cunha
foi rápido: "um desastre", disse, em alusão ao pronunciamento dos
ministros na noite de domingo em resposta aos protestos.
Cardozo e Rossetto avaliaram, em nome do governo, as manifestações como
"democráticas" e "longe de golpismos". Como resposta aos atos,
anunciaram que o Planalto encaminhará nos próximos dias ao Congresso
propostas antigas de campanha para o combate à corrupção e à impunidade.
Sem dar detalhes e indicar um prazo específico, o ministro indicou que
um dos principais pontos será o fim do financiamento privado de
campanhas eleitorais. A proposta não tem consenso no Congresso e deve
enfrentar resistências, como do PMDB –partido do presidente da Câmara.
O PT é o partido que defende com mais ênfase a medida.
Cunha disse que não é com sectarismo que se responde aos movimentos de
rua. Em entrevistas, ele minimizou o argumento de que a reforma política
seria a saída para a crise.
"Não vi ninguém na rua protestando pela reforma política. O protesto foi pela reforma do governo."
Cunha se reuniu com empresários na Fiesp e foi aplaudido ao repetir uma
máxima de sua campanha para a presidência da Câmara: "O PT não tem
amigos. Tem servos", afirmou.
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