31 janeiro, 2015

Quem bancou os candidatos à presidência da Câmara

Mineração, bebidas, alimentos, bancos e construtoras financiaram 65% da campanha de Eduardo Cunha, Chinaglia e Júlio Delgado à reeleição. Investigadas na Lava Jato também contribuíram. Veja a lista completa dos doadores dos quatro deputados
Com doadores em comum, Chinaglia e Eduardo Cunha estão entre os deputados que mais gastaram na última eleição
 
Cinco dos mais poderosos setores da economia brasileira financiaram a maior parte da campanha dos candidatos à presidência da Câmara nas eleições de outubro. Empresas de mineração, indústrias de bebidas e alimentos, instituições financeiras e construtoras foram responsáveis por 65% das contribuições declaradas pelos postulantes ao comando da Casa. Os beneficiários foram os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG). Chico Alencar (Psol-RJ), o quarto concorrente, foi o único a informar à Justiça eleitoral que não recebeu qualquer centavo de empresas. Todas as suas doações vieram de pessoas físicas, inclusive dele próprio e de assessores.
 


Juntos, os quatro candidatos declararam ter arrecadado R$ 13,6 milhões. Desse total, R$ 2,3 milhões foram transferidos por empresas de mineração (17%), R$ 2 milhões (15%) da indústria de bebidas, R$ 1,5 milhão (11%) da área de alimentos, R$ 1,6 milhão (12%) de instituições financeiras e R$ 1,3 milhão (10%) de empreiteiras. Entre elas, quatro investigadas na Operação Lava Jato, que repassaram quase R$ 600 mil a Chinaglia e Delgado: a UTC Engenharia, a Odebrecht, a Andrade Gutierrez e a Queiroz Galvão.

Chinaglia recebeu R$ 150 mil da UTC e R$ 262,5 mil da Andrade Gutierrez. Esta também doou R$ 80 mil para Júlio Delgado. O deputado mineiro ainda recebeu R$ 100 mil da Queiroz Galvão Alimentos, que faz parte do grupo liderado pela empreiteira de mesmo nome. Não há nenhuma acusação de envolvimento desses parlamentares com as irregularidades investigadas; as doações foram legais e estão registradas na Justiça eleitoral.



O preferido da mineração

Entre os candidatos, Eduardo Cunha foi o preferido do setor da mineração, que fez contribuições mais modestas para Chinaglia e Delgado. Dono da segunda campanha mais cara entre os 513 eleitos em outubro, segundo o TSE, o peemedebista foi agraciado com R$ 1,7 milhão de mineradoras. Isso representa 25% dos R$ 6,8 milhões declarados pelo deputado à Justiça eleitoral. Só Iracema Portella (PP-PI), com R$ 7 milhões, informou ter arrecadado mais do que ele em toda a Câmara.
Acusada na Operação SOS Cerrado, em 2009, de integrar a chamada máfia do carvão, em Minas Gerais, a Rima Industrial Ltda., líder na produção e comercialização de ligas à base de silício no Brasil, foi a principal financiadora de Eduardo Cunha, empatada com a CRBS, da Ambev. Cada uma delas repassou R$ 1 milhão ao peemedebista.

A Rima, que também doou R$ 100 mil para Chinaglia, foi alvo de um procedimento administrativo tributário que resultou na autuação do grupo em R$ 191 milhões. O caso levou o deputado Bernardo Santana (PR-MG), aliado de Cunha, a virar réu no Supremo Tribunal Federal (STF). Bernardo era diretor do grupo, pertencente ao seu sogro, quando a empresa foi acusada de fornecer carvão vegetal extraído de mata nativa para empresas siderúrgicas de Minas Gerais. O processo, no entanto, acabou derrubado pelo próprio Supremo, que acolheu recurso do deputado, que questionava a legalidade da operação, iniciada pelo Ministério Público.

Além da Rima, a Mineração Corumbaense Reunidas S/A, controlada pela Vale e sediada em Mato Grosso do Sul, doou R$ 700 mil para Eduardo Cunha. A mineradora também repassou R$ 200 mil para Chinaglia.

Refrigerantes e bancos

Depois da mineração, o setor de bebidas foi o que mais doou para Eduardo Cunha. Foram R$ 1,55 milhão. Além do R$ 1 milhão transferido pela maior cervejaria do mundo, ele recebeu outros R$ 550 mil de duas fabricantes da Coca-Cola, a Recofarma Indústria do Amazonas e a Rio de Janeiro Refrescos.

As instituições financeiras aparecem no terceiro grupo de maiores colaboradores de Eduardo Cunha. Juntos, o Safra, o Santander, o Bradesco e o BTG Pactual doaram R$ 1,35 milhão para a reeleição do deputado fluminense. A segunda maior financiadora da campanha do peemedebista foi a Telemont Engenharia Telecomunicações, que lhe repassou, por intermédio do diretório estadual do PMDB, R$ 900 mil.

Café e empreiteiras

Com a 11ª campanha mais cara para a Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) declarou ter arrecadado R$ 4,8 milhões em sua campanha eleitoral. O setor cafeeiro foi o principal financiador do petista. Doou R$ 1 milhão por meio de cinco empresas de produção, importação e exportação de café.  Desse segmento, a maior contribuição veio da Terra Forte Exportação e Importação de Café, com R$ 412,5 mil.

Apenas uma empresa doou mais que a Terra Forte ao petista: a Hypermarcas. O grupo, que reúne fabricantes de cosméticos, preservativos, medicamentos e produtos de limpeza, entre outros, colaborou com R$ 500 mil.

O segundo segmento mais importante para o financiamento de Chinaglia foi o da construção civil, com repasses de R$ 962,5 mil. Além da Andrade Gutierrez e da UTC, outras empresas do ramo também prestigiaram a campanha do petista, como a Contern Construtora e Comércio e a Serveng Civilsan, com R$ 237,5 mil cada.

A mineração também ajudou a reeleger Chinaglia, doando R$ 500 mil. Além dos R$ 100 mil da Rima Industrial, ele recebeu R$ 200 mil da Vale Energia e R$ 200 mil da Mineração Corumbaense Reunidas, também controlada pela Vale e financiadora de Cunha.

Empresa de Maluf

O setor sucroalcooleiro garantiu R$ 370 mil para a campanha do deputado paulista por meio de quatro empresas. A maior doação do segmento foi registrada pela Guarani S/A, com R$ 250 mil. Os fabricantes de bebida doaram R$ 155 mil. Na área de alimentos, o principal doador de Chinaglia foi o grupo JBS (Friboi), com R$ 237,5 mil. O valor é modesto para a totalidade das contribuições eleitorais do maior frigorífico do mundo e principal financiador das últimas eleições – a JBS doou R$ 352 milhões para candidatos em 2014.

O deputado paulista declarou, ainda, ter recebido R$ 200 mil da ECTX S/A, empresa originária da Eucatex, que tem entre seus acionistas o deputado Paulo Maluf (PP-SP), eleitor declarado do petista na disputa à presidência da Câmara. Entre os grandes grupos, Chinaglia ainda informou ter recebido R$ 50 mil do Itaú Unibanco e outros R$ 50 mil da Embraer.

Bebidas e construtoras

Júlio Delgado declarou ter arrecadado R$ 1,7 milhão para sua campanha à reeleição. A maior contribuição veio do setor de bebidas, que doou R$ 325 mil ao deputado. A Spal Indústria Brasileira de Bebidas, com R$ 225 mil, foi a responsável pela maior doação declarada por Delgado. Fabricante e distribuidora da Coca-Cola no Paraná e no interior de São Paulo, a Spal contribuiu com R$ 225 mil. Outros R$ 100 mil foram transferidos pela Londrina Bebidas, que pertence à Ambev.

As empreiteiras foram o segundo segmento que mais doou para Júlio. Foram R$ 290 mil doados por três empresas: a Andrade Gutierrez, a Odebrecht e a Juiz de Fora Engenharia. Da mineração, vieram R$ 100 mil da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).

Júlio Delgado também informou ter recebido R$ 150 mil de instituições financeiras – Santander e Bradesco. Outros R$ 150 mil foram transferidos pela VAHRCAV Participações Ltda, proprietária do Shopping La Plage, em Guarujá (SP).

Ação entre amigos

O deputado declarou ter arrecadado R$ 180.746,65. Ao contrário de seus adversários na disputa pela presidência da Câmara, nenhum centavo de empresa. Todos os recursos foram doados por pessoas físicas. O próprio deputado foi o seu maior financiador individual. Chico informou ter desembolsado R$ 31.175. O restante saiu de contribuições de mais de 80 pessoas físicas. Um terço de toda a arrecadação de Chico foi levantada entre seus próprios assessores.

Como revelou a Revista Congresso em Foco, funcionários do parlamentar doaram R$ 66,7 mil para sua campanha à reeleição.  Segundo ele, não houve nenhuma imposição aos assessores, que contribuíram de espontânea vontade. A decisão, explicou o deputado, foi tomada após sua equipe e seu partido resolverem que não aceitariam contribuições de empresas.  “A campanha depende da contribuição do cidadão. É legal e normal porque aposta num projeto político”, disse à revista, na edição 13.

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Após ir ao gabinete de Aécio, Renan pede 'equilíbrio' na reta final

Congresso Nacional


Acusado por seu adversário de partir para o "desespero" para garantir sua reeleição, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu neste sábado (31) equilíbrio na reta final da campanha.

Diante do temor de que a candidatura de Luiz Henrique (PMDB-SC) ganhe fôlego, Renan dedicou o dia a contatos telefônicos e encontros pessoais. 

Ele chegou a apelar para a oposição, que fechou aliança com Luiz Henrique, indo até o gabinete do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG). 

Na saída, ele foi surpreendido pela imprensa e disse que foi tratar da necessidade de manter "convivência de alto nível". 

Renan tenta comandar o Senado pela quarta vez. Ele disse que a disputa é interessante porque é polarizada com um correligionário. 

"De todas as circunstâncias, talvez seja a mais interessante porque nós não estamos enfrentando o candidato de outro partido, mas um candidato avulso que não foi indicado por seu partido." 

Criticado por Luiz Henrique, Renan reagiu. "Eu acho que estamos a poucas horas da eleição e é preciso demonstrar equilibro e ter confiança na vitória, estamos trabalhando para isso."


Joedson Alves/Reuters/Pedro Ladeira/Folhapress
Peemedebistas Renan Calheiros (AL) e Luiz Henrique da Silveira (SC), candidatos à presidência do Senado
Peemedebistas Renan Calheiros (AL) e Luiz Henrique da Silveira (SC), candidatos à presidência do Senado


FOLHA

Batalha decisiva

Ao contrário de dois anos atrás, quando a eleição do deputado Henrique Alves (PMDB-RN) para a Presidência da Câmara foi um passeio, o pleito de amanhã para o mesmo cargo será objeto de intensa disputa. Explica-se. Haverá uma espada de Dâmocles sobre Dilma Rousseff caso Eduardo Cunha (PMDB-RJ) confirme o favoritismo que construiu no último biênio. Para evitá-la, o PT lançou candidato próprio, Arlindo Chinaglia (PT-SP). 

A guerra entre o parlamentar carioca e a presidente da República remonta pelo menos ao início de 2011, época em que a mandatária tinha força para fazer faxina. Naquela circunstância, Dilma tirou da direção de Furnas o indicado por Cunha. A estatal tem orçamento bilionário e o controle da mesma é disputado a tapa, por motivos não propriamente republicanos. O legislador parece nunca ter perdoado o gesto. 

De lá para cá, houve sucessão de conflitos. Convertido em líder peemedebista no começo de 2013, Cunha comandou rebeliões da segunda maior bancada contra o governo. O mais espetacular dos levantes ocorreu em 11 de março passado, quando por 267 votos a 28, os parlamentares decidiram criar comissão externa para investigar denúncias contra a Petrobras na Holanda. A Operação Lava Jato seria deflagrada uma semana depois.

Este é o ponto crucial. O escândalo em curso constitui exceção à regra nas denúncias, investigações e intrigas que acompanham a política. Na esteira da Ação Penal 470, o caso agora em pauta tem potencial para abalar todo o establishment e ninguém sabe ao certo até que camadas vai perfurar. 

Em primeiro lugar, pelo volume de dinheiro envolvido. Embora seja imprecisa a quantia mobilizada, fala-se em cifras astronômicas. Em segundo, pelo fato inédito de ter-se detido altos executivos de enormes empreiteiras. Empresas de construção são personagens de negócios questionáveis com o Estado desde sempre, mas dirigentes detidos é raro ver. 

And last, but not least, as construtoras podem enredar figuras dos três maiores partidos (PT, PMDB e PSDB), sobretudo se também for investigado o cartel dos trens em São Paulo. Num clima social marcado pelo que "se vayan todos" –recessão, falta de água, falta de energia etc.– as notícias geram clima de "se gritar 'pega ladrão' não sobra um, meu irmão". 

A vantagem de Dilma no contexto confuso e instável é a reconhecida honestidade pessoal, atestada até pela oposição. Ainda assim, ter na chefia da Câmara inimigo declarado e pertinaz é problema para qualquer ocupante do Planalto. Segundo na linha sucessória, o comandante da Casa do Povo tem o poder de arquivar –ou não– qualquer eventual e, mesmo que por completo descabido, pedido de impeachment. 

Entro em férias. Volto no dia 28/2. Até lá. 


andré singer
André Singer é cientista político e professor da USP, onde se formou em ciências sociais e jornalismo. Foi porta-voz e secretário de Imprensa da Presidência no governo Lula.
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Com apoio de PSDB, Luiz Henrique diz que Renan partiu para o desespero

Congresso Nacional

 
Depois de receber o apoio formal do PSDB a sua candidatura à presidência do Senado, o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) subiu o tom contra seu adversário, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que busca à reeleição. 

Sem citar o nome do adversário, Luiz Henrique afirmou que a campanha de Renan tem praticado "atos de desesperos" e garantiu que vencerá a disputa com "folga". 

O desespero citado por Luiz Henrique é o fato do grupo de Renan ter articulado a posse do suplente do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) para não perder voto. Fernando de Castro Ribeiro (PMDB-PA) tomou posse nesta sexta (30), 20h59. 

"Vamos vencer as eleições e com certa folga. Evidente que estão praticando atos de desespero, dando posse a suplente na noite de sexta-feira, mas não vai adiantar. Ninguém é capaz de segurar o vento. O vento da mudança está aí", afirmou.
A campanha de Luiz Henrique calcula 50 votos. 

Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) comandou a reunião da bancada do partido no Senado e prometeu entregar os 11 votos da legenda, garantindo apoio "unanime". Ele afirmou que, apesar de Luiz Henrique ter se alinhado a partidos da oposição, a candidatura dele não tem viés oposicionista, mas representa "uma candidatura da instituição". 

"É a candidatura das mudanças que o Senado e o Parlamento precisam viver, a oxigenização do processo legislativo", afirmou o tucano. 

Aécio e outros líderes tucanos foram procurados neste sábado por Renan numa expectativa de conversar sobre um apoio sobre a sua recondução. 

Candidato oficial do PMDB, Renan tem se dedicado a ligações e encontros pessoais para tentar esvaziar a candidatura de Luiz Henrique, que lançou seu nome mesmo sem respaldo de sua bancada. 

Renan tem argumentado que tem direito ao cargo porque foi escolhido pelo PMDB, a maior bancada da Casa. 

Luiz Henrique tem apoio de PP, PDT, PSDB, DEM, PSB, PPS e PSOL, mas há expectativa de traições em todo as as bancadas. 
 
 

Com apoio de PSDB, Luiz Henrique diz que Renan partiu para o desespero

Entenda por que o Planalto perderá com as eleições no Congresso em 2min


 A Câmara e o Senado elegem seus novos presidentes e a composição das suas Mesas Diretoras no domingo (1º.fev.2015). A data está determinada na Constituição Federal e independe do dia da semana. O comando das 2 Casas tem muita influência sobre a condução do país. O presidente da Câmara é o terceiro na linha sucessória da Presidência da República. O presidente do Senado é o quarto. O presidente da Câmara tem poder para arquivar ou dar prosseguimento a pedidos de impeachment contra a presidente da República. Ele também define quais projetos de lei devem ser pautados para votação. O presidente do Senado define a pauta daquela Casa e preside as sessões conjuntas do Congresso Nacional. No Senado também são aprovados nomes indicados para o Supremo Tribunal Federal e para Agências Reguladoras. O presidente da Casa tem muito poder para dizer quando as sabatinas desses indicados ocorre e quando seus nomes são apreciados pelo plenário da Casa. A relação dos 2 presidentes com o Palácio do Planalto dá a medida da dificuldade do governo para implementar medidas que julgue necessárias e enfrentar manobras da oposição. Leia post sobre este vídeo e acesse o Blog do Fernando Rodrigues.

Colcha inteligente promete resfriar a sua cama na hora de dormir



Filipe Garrett
por
Para o TechTudo
 
 A Luna é uma colcha que promete resolver o problema dos brasileiros que não conseguem dormir no calor do verão. Feita de poliéster, ela conta com sensores de temperatura que também observam sua frequência cardíaca, respiração, além da iluminação do ambiente e umidade do ar. A smart colcha tem ainda capacidade de se conectar a um app dedicado no seu smartphone, via Wi-Fi, e pode ser usada para acionar outros dispositivos inteligentes do lar, como uma cafeteira, por exemplo.

Fones de ouvido estilo ‘Tron’ brilham e pulsam de acordo com a música

Além do controle de temperatura, dispositivo monitora seu sono e aprende sobre seus hábitos (Foto: Divulgação)Além do controle de temperatura, dispositivo monitora seu sono e aprende sobre seus hábitos (Foto: Divulgação)

É possível usar a colcha para resfriar a sua cama a até 22° C. Pode não parecer muito, mas em noites de muito calor, essa temperatura pode deixar o sono mais fácil. Se você divide a cama com alguém, é possível configurar a Luna para que uma metade da cama seja mais fria que a outra. Quem gosta de mais calor na hora de dormir pode usar a tecnologia para elevar a temperatura a até 27°.

Com o uso dos sensores e do aplicativo dedicado, a Luna aprende sobre seu sono com o tempo. Isso permite que o dispositivo crie perfis de uso relacionados ao seu tipo de sono. Com os perfis definidos de preferência de horário e temperatura, a colcha passa a deixar a cama pronta para que você durma no horário de costume. No aplicativo, você pode ter acesso a dados estatísticos sobre a qualidade do seu sono.
Luna (Foto: Reprodução) 
Luna pode resolver problema de calor durante a noite (Foto: Reprodução)

O projeto está no Indiegogo e mesmo longe de terminar sua campanha, já bateu a sua meta. Se você se interessou pela perspectiva de uma colcha inteligente, precisará desembolsar quantias que vão dos US$ 199 aos US$ 229 (aproximadamente R$ 515 a R$ 592, em conversão direta). A diferença de valor se dá pela diferença em dimensão da colcha: o preço mais alto se refere à unidade para casal. O melhor disso tudo é que o site faz entrega no Brasil. Mas vale a informação de que os criadores da Luna pretendem iniciar a comercialização do produto em agosto.


Via Gizmag e Luna


Dilma precisa explicar o que sabia sobre Petrobras, diz FT


Escândalo da Petrobras

  • Roberto Stuckert Filho/PR - 27.jan.2015
    "[Dilma] precisa explicar o que sabia e quando soube", afirma editorial do jornal britânico "Financial Times" "[Dilma] precisa explicar o que sabia e quando soube", afirma editorial do jornal britânico "Financial Times"
Em artigo publicado neste sábado (31), o jornal britânico "Financial Times" afirma que a presidente Dilma Rousseff precisa explicar o que sabia sobre a corrupção na Petrobras e que já passou o tempo de ser indulgente com os diretores da empresa.

"Embora ela não tenha sido acusada diretamente de envolvimento, como conselheira durante grande parte do tempo em questão, ela [Dilma] precisa explicar o que sabia e quando soube", afirma o editorial.

"A Lava-Jato deve pedir a cabeça da presidente e dos diretores. Dilma Rousseff está defendendo eles. O tempo para esta indulgência já passou", completa.

Nesta semana, as ações da empresa despencaram após a divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2014 com dois meses de atraso e sem descontar as perdas causadas por desvios de corrupção. Na sexta-feira (30), elas atingiram seu menor valor em 11 anos.

O texto do diário britânico também diz que Dilma precisa apoiar a investigação e traça um paralelo entre o escândalo na Petrobras e o mensalão.

O mensalão "levou a condenações de políticos sêniores - algo inédito no Brasil. Com a Petrobras, no entanto, a resposta precisa ser mais rápida e mais firme".

O artigo afirma também que, apesar de o dinheiro, supostamente, não ter sido usado por políticos para enriquecimento pessoal, a escala de desvios aumentou com o PT -e atribui a corrupção ao "desejo de poder" do partido. O dinheiro desviado, segundo as investigações, teria sido usado em campanhas da sigla e de partidos aliados.

O jornal diz que as consequências da desvalorização da Petrobras vão além da empresa. "Tem importância sistêmica para a economia brasileira e ameaça derrubar o governo. A Petrobras é muito grande para fracassar. Mas também é muito corrupta para seguir desta maneira."

Saiba quem são os citados na Operação Lava Jato 

JOSÉ DIRCEU - ex-ministro petista, condenado no julgamento do mensalão, e seu irmão, Luis Eduardo de Oliveira e Silva, tiveram a quebra o sigilo bancário aprovada pela Justiça Federal. Eles teriam recebido cerca de R$ 4 milhões de empresas investigadas na Operação Lava Jato, que investiga esquema de desvio de recursos da Petrobras. De acordo com os papéis, a JD Assessoria e Consultoria - empresa de ambos - recebeu R$ 3.761.000,00 entre 2009 e 2013 das empresas Galvão Engenharia, OAS e UTC Leia mais Joel Rodrigues/ Folhapress

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A pergunta que não quer calar

Antigamente, a rapina ao patrimônio público era ação de indivíduos, solitária ou em pequenas quadrilhas. Hoje, é sistêmica e se dá na casa dos bilhões
A ruína do projeto político do PT – e o governo Dilma é sua mais eloquente síntese e tradução - dá-se em meio ao silêncio de entidades da sociedade civil, que, ao longo da história contemporânea, tiveram amplo protagonismo na cena pública.

Onde estão a OAB, a ABI, a UNE e a CNBB, entre outras siglas que se associaram à história da reação popular aos maus governantes? – eis a pergunta que não quer calar.

No momento em que a corrupção sistematizada, comandada de dentro do Estado, apresenta sua conta – Mensalão, quebra da Petrobras, violação da Lei de Responsabilidade Fiscal, falência da economia -, é no mínimo ensurdecedor o silêncio de quem sempre soube falar tão alto em momentos de crise e de má governança.

O final do governo militar deveu-se a uma conjunção de fatores, que se resumem na falência de seu modelo econômico e na falta de representatividade de seu modelo político.

Foram essas entidades que romperam a mordaça da repressão, articularam a sociedade e levaram às ruas o “basta” da população. Exerceram, naquela oportunidade, uma vigilância cívica decisiva para que o país se reencontrasse com a democracia.

Mas essa vigilância, que prosseguiu nos primeiros governos civis – os de Sarney, Collor, Itamar e FHC -, começou a minguar até desaparecer por completo desde a posse de Lula, festejada por elas  como se o país, enfim, tivesse chegado ao Paraíso.

O que se constata é que, a exemplo do que aconteceu com o próprio Estado brasileiro, essas entidades foram mutiladas na sua essência. Transformaram-se em células partidárias, corresponsáveis pelo projeto político em curso, de índole revolucionária.

A lógica revolucionária, como se sabe, é a da ruptura, que começa por dividir a sociedade e a colocá-la em conflito. Promove o caos e depois acena com a ordem totalitária para consertar o que ela mesmo quebrou. O país está em meio a esse processo.

O projeto do PT postula uma “sociedade hegemônica”, que é o avesso de uma sociedade democrática, em que o poder se alterna entre os diversos partidos que se organizam para exercê-lo. Numa sociedade de pensamento único, não cabe a liberdade de imprensa, o que explica a obsessão petista por controlar a mídia.

Esse projeto de poder, gestado no Foro de São Paulo – entidade criada por Lula e Fidel Castro em 1990, para reunir as esquerdas do continente em torno de um projeto único de poder, a Grande Pátria -, já está em estágio mais avançado em países vizinhos, menos complexos que o Brasil.

Temos então a oportunidade de contemplar etapas pelas quais ainda não passamos, mas que, mantidas as ações em curso, fatalmente passaremos. E isso explica as dimensões estratosféricas da rapina petista ao Estado brasileiro.

Não foi o PT que inventou a corrupção, mas nada nem ninguém a elevou ao patamar em que se encontra. E o que temos corresponde apenas a um início de devassa numa única estatal. Como disse Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, o que lá se fez também se fez nas demais estatais, ainda não investigadas.

Antigamente, a rapina ao patrimônio público era ação de indivíduos, solitária ou em pequenas quadrilhas. Hoje, é sistêmica e se dá na casa dos bilhões. Para onde foi esse dinheiro, que se tem por irrecuperável? Se só um gerente, Pedro Barusco, braço direito do Renato Duque, operador do PT na estatal (e que está solto), se dispôs a devolver 100 milhões de dólares, quanto está em jogo?

Não apenas: se o rombo já constatado – e, repito, estamos falando de apenas uma estatal – chega quase a 90 bilhões de reais, pergunta-se para onde foi essa montanha de dinheiro. Ninguém acredita que o dinheiro que Barusco vai devolver era só dele.

A lógica indica que ele era um laranja. O dinheiro, guardado em conta no exterior, serve à causa, assim como os demais 88,6 bilhões que a própria Graça Foster admite não ser o total. O dinheiro é do Foro e serve aos interesses da Grande Pátria, de que falava Hugo Chávez, o projeto de unificação socialista do continente. É dinheiro demais até para um partido com a voracidade do PT. É destinado a um projeto geopolítico – afinal, revolução é verba -, cujos adeptos dominam hoje as principais entidades da sociedade civil.

Daí o silêncio cúmplice com que acompanham os maiores desmandos já registrados na História não apenas do país e do continente, mas do próprio mundo moderno, como registrou o The New York Times. Em que medida esse ideário psicótico afetou as instituições, sobretudo o Judiciário, teremos a oportunidade de ver, nos desdobramentos da Operação Lava-Jato.

Aguarda-se para depois do carnaval a denúncia do procurador geral da República, Rodrigo Janot, e o posicionamento do relator do processo no STF, ministro Teori Zavascki. Eles dirão em que estágio de subserviência e deterioração estão as instituições desta Sereníssima República.

Silêncio (Foto: Arquivo Google)

O GLOBO

30 janeiro, 2015

vc repórter: tecnologia salva paulistas assaltados no Ceará

Os bandidos foram localizados e presos em uma hora e meia, aproximadamente, em Fortaleza

Graças à tecnologia, três turistas de São Paulo conseguiram recuperar todos os pertences levados por uma quadrilha durante um assalto em Fortaleza, na madrugada desta sexta-feira. Com ajuda de amigos e de recursos como WhatsApp, rastreador de iPhone, GPS (Global Positioning System), Google Maps e Google Street View, o grupo deu as coordenadas para as buscas da Polícia Militar. Os bandidos foram localizados e presos em uma hora e meia, aproximadamente.
De acordo com Lennon Rebechi e Roberto Gil, que estavam em São Paulo e auxiliaram as vítimas à distância, o pedido de socorro chegou por volta das 3h, por mensagem. “Eles estavam voltando para o hotel onde estão hospedados e foram abordados por cinco assaltantes. Um deles portava arma de fogo. Levaram todos os pertences, incluindo um carro alugado”, relatou Lennon.
Amigo avisa vítima sobre a localização da quadrilha Foto: Lennon Rebechi / vc repórter
Amigo avisa vítima sobre a localização da quadrilha
Foto: Lennon Rebechi / vc repórter
Roberto contou que os turistas assaltados são produtores e foram à cidade para realizar um evento. “Pelo que ela disse, parece que funcionários do próprio hotel passaram informação para os bandidos. Estavam esperando por eles no hotel”, explicou.
Lennon afirmou que uma das vítimas pegou um táxi para ir atrás do carro roubado. O grupo parou uma viatura e um deles seguiu com a polícia em busca dos assaltantes. Ele disse que, assim que foram acionados, os amigos em São Paulo ativaram o rastreador de um iPhone que havia sido levado. Quando o dispositivo encontrou o aparelho, os assaltantes estavam no bairro Floresta, na rua Raimundo Bizarrias, a 10 quilômetros do hotel.
Em São Paulo, amigo do grupo ajuda a localizar um dos bandidos Foto: Lennon Rebechi / vc repórter
Em São Paulo, amigo do grupo ajuda a localizar um dos bandidos
Foto: Lennon Rebechi / vc repórter
Em contato com os amigos por WhatsApp, a vítima que estava dentro da viatura repassava as informações aos policiais. “Começou uma caçada pelas ruas de fortaleza. De São Paulo, íamos informando a localização exata deles, com imagens em tempo real das ruas e das casas por onde os assaltantes estavam passando”, lembrou Lennon. “Os bandidos se dividiram em dois carros e uma moto. Cada hora dava um endereço”, disse Roberto.
Cerca de uma hora e meia depois do início das buscas, o grupo que monitorava o trajeto feito pela quadrilha verificou que o iPhone estava dentro de uma favela. Roberto contou que os policiais invadiram uma casa e lá encontraram um dos menores de idade envolvidos no roubo. “Ele informou a localização do restante do bando e do carro. No decorrer da ocorrência, foram descobertos outros crimes de roubo, incluindo outros dois carros e uma moto, que também foi utilizada no assalto”, relatou Lennon.
Os bandidos foram presos cerca de uma hora e meia depois Foto: Lennon Rebechi / vc repórter
Os bandidos foram presos cerca de uma hora e meia depois
Foto: Lennon Rebechi / vc repórter
Apesar do susto, os dois amigos disseram que os turistas assaltados passam bem. O grupo foi encaminhado à 5ª Vara da Infância e da Juventude e, segundo Lennon, os criminosos foram autuados em flagrante, logo depois de serem reconhecidos. Ele afirmou que todos os pertences foram recuperados e que a ocorrência foi registrada no 2º Distrito Policial de Fortaleza.
Roberto Gil, Luiz Caparelli e Lennon Rebechi ajudaram os turistas à distância Foto: Lennon Rebechi / vc repórter
Roberto Gil, Luiz Caparelli e Lennon Rebechi ajudaram os turistas à distância
Foto: Lennon Rebechi / vc repórter
Procurada pelo Terra, a 5ª Vara da Infância e da Juventude informou que os três menores apreendidos na ação policial seriam internados por 45 dias, no mínimo, para aguardar julgamento. Em caso de confirmação da internação definitiva, os trio poderá receber pena de seis meses a três anos de detenção. Segundo o órgão, caso não sejam condenados e não possuam pendências criminais, a lei determina que eles sejam liberados.

A Policia Militar de Fortaleza não se manifestou sobre o caso e, até as 18h30, a reportagem não conseguiu contato com o 2º Distrito Policial.

O leitor Lennon Rebechi, de São Paulo (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.

 

"O governo do PT saiu de vez dos eixos", diz Reinaldo Azevedo

Publicado em 26 de jan de 2015
Reinaldo Azevedo conversa com Joice Hasselmann sobre as mentiras contadas pela presidente Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral. O colunista de VEJA comenta a acirrada corrida pela presidência da Câmara dos Deputados, no Aqui entre nós.


Dilma interrompe férias da oposição

Publicado em 30 de jan de 2015
Com Dilma, o que está ruim sempre pode piorar. O déficit nas contas públicas apresentado ontem é ainda maior. É o que mostram as novas contas do Banco Central. A presidente só escapou do crime de responsabilidade porque rasgou, com a ajuda do Congresso, a LDO. Com tanta munição, a oposição, enfim, voltou das férias. Aécio Neves reapareceu com discurso afiado.


Renato Duque, ex-Petrobras, pode fugir e deve voltar à prisão, diz Janot

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) parecer defendendo que Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras, volte à prisão. 

Segundo Janot, as medidas de substituição à prisão, como apreensão de passaporte e proibição de viajar para fora do país, são insuficientes para evitar uma fuga de Duque, que é investigado na Operação Lava Jato. 

Ele diz que Duque "possui inúmeras possibilidades de se evadir por inúmeros meios e sem mínimo controle seguro, especialmente se consideradas as continentais e incontroladas fronteiras brasileiras". 

Ele também contesta o argumento dos advogados de que o juiz Sérgio Moro, do Paraná, não teria competência para comandar a investigação já que a sede da Petrobras fica no Rio de Janeiro. 

Duque chegou a ser preso em novembro do ano passado e foi liberado no começo de dezembro, após decisão do ministro do STF Teori Zavascki, que considerou sua prisão irregular. Agora, o caso será analisado por outros ministros do Supremo. 



mônica bergamo Mônica Bergamo, jornalista, assina coluna diária com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999.

De volta à cena pública, Aécio diz que "mentira venceu as eleições"


                                       Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
  • O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece de barba em uma reunião do partido em Brasília
    O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece de barba em uma reunião do partido em Brasília
Em sua primeira aparição pública no ano, o senador e candidato derrotado à Presidência da República em 2014, Aécio Neves (PSDB-MG), voltou a criticar o governo de Dilma Rousseff (PT) e defendeu a recriação da CPMI da Petrobras, para investigar os casos de desvio de recursos da estatal. "Destruíram nossa maior empresa e não tiveram a capacidade de, agora, reconhecendo os desvios, minimizar as perdas", afirmou o tucano. "Cada vez mais, vai ficando claro que quem venceu as eleições foi a mentira, infelizmente, e não a verdade."

As declarações foram feitas durante a reunião da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados, realizada na manhã desta sexta-feira (30) em um hotel de Brasília. Bronzeado e usando barba, Aécio Neves criticou o governo Dilma afirmando que o Brasil está "provando o veneno" de um governo "irresponsável".

"O que o Brasil está provando é o veneno, o fel de um governo que agiu irresponsavelmente durante os últimos anos. Tudo o que nós denunciamos durante a campanha eleitoral aparece agora de forma totalmente cristalina", afirmou.
O novo visual do ex-candidato à Presidência dividiu a opinião dos tucanos. O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, disse ter aprovado o novo visual. "Tenho certeza que vai continuar agradando muita gente."

Aécio comentou o rebaixamento da nota de investimento da agência classificadora de risco Moody's em relação à Petrobras. Na noite desta quinta-feira (30), a agência rebaixou todos os "ratings" da estatal. "Hoje, a perda de grau de investimento feita pela Moody´s é uma sinalização clara de como o mundo vê o Brasil e a Petrobras", afirmou.

Eleições

Ao falar sobre as eleições de 2014, Aécio criticou a postura da adversária, Dilma Rousseff, e disse que a então candidata à reeleição "vendeu um país da maravilha".

"A presidente da República não permitiu que o Brasil debatesse durante a campanha eleitoral medidas para superação da crise. Vendeu um país da fantasia, do conto da carochinha. Onde tudo ia muito bem, país crescia, pleno emprego. Hoje, o custo dos ajustes é muito mais alto pela irresponsabilidade do governo", afirmou.

Questionado sobre a possível "debandada" de deputados da bancada tucana para a candidatura à presidência da Câmara  de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Aécio voltou a manifestar seu apoio ao candidato Júlio Delgado (PSB-MG), a quem os tucanos declararam apoio formal no final do ano passado.

"E o PSDB agirá como partido político. O PSDB não se permitirá cooptações individuais. E qualquer um candidato que acha que pode fazê-lo, irá se frustrar. O PSDB votará em Júlio Delgado em sua integralidade. É o que eu espero", afirmou.

No início da semana, circularam informações sobre uma possível migração de deputados tucanos para a candidatura de Eduardo Cunha, tido como o favorito na disputa pela presidência da Câmara.

 

Eleição na Câmara: derrota do PT é vitória para democracia


Publicado em 29 de jan de 2015
Emplacar Arlindo Chinaglia na presidência da Câmara é uma questão de sobrevivência política para presidente Dilma. O pano de fundo dessa disputa são novas CPIs e até mesmo um eventual impeachment. A avaliação é do historiador Marco Antonio Villa e de Joice Hasselmann, no 'Aqui Entre Nós'. Os colunistas encontraram ainda novos nomes para as refinarias do Petrolão: Passadilma e Abreu e Lula.


Sozinha na floresta

BRASÍLIA - Ao reaparecer na segunda-feira após um sumiço de 45 dias, Marina Silva usou uma metáfora amazônica para descrever a fase de seu projeto político. "Este não é o momento da cheia. É o momento da vazante", disse, referindo-se à época em que os rios perdem volume e ficam com as margens expostas. 


Três meses depois da derrota na eleição presidencial, Marina amarga uma temporada de seca. Os dois coordenadores da campanha de 2014, Walter Feldman e Luiza Erundina, abandonaram o barco. A ex-senadora ficou sozinha na floresta com os escudeiros que a acompanham desde que assumiu o Ministério do Meio Ambiente, há 12 anos. 

Marina quer registrar a Rede Sustentabilidade em março. O partido nascerá nanico: segundo dirigentes, deve atrair até cinco deputados federais, menos de 1% dos 513. Sem mandato, a ex-senadora será representada pela 18ª bancada da Câmara, ao lado de PSOL e PHS. É muito pouco para influenciar votações e pressionar o governo Dilma. 

No Congresso, o embate com o Planalto tende a ser liderado por Aécio Neves. Ele terá a tribuna do Senado, a infantaria do PSDB e a força dos 51 milhões de votos no segundo turno, quando Marina o apoiou. 

Diante deste quadro, alguns aliados entendem que a acriana deveria fazer um recuo estratégico e disputar a Prefeitura do Rio ou a de São Paulo no ano que vem. Ela desautoriza as conversas, indicando que seu projeto é nacional e mira 2018. 

A sobrevivência da terceira via marineira dependerá de fatores ainda imponderáveis, como os danos que a Operação Lava Jato causará aos grandes partidos e a decisão do ex-presidente Lula de entrar ou não em uma nova disputa presidencial. 

Em público, a ex-senadora desconversa sobre a hipótese de disputar o Planalto pela terceira vez seguida. "Não consigo ficar na cadeira cativa de candidata. Meu objetivo de vida não é ser presidente do Brasil", disse, na segunda-feira. 





bernardo mello franco Bernardo Mello Franco é jornalista. Foi correspondente em Londres, editor interino da coluna Painel e repórter de "Poder" e da Sucursal do Rio. Também trabalhou no "Jornal do Brasil" e no jornal "O Globo". Escreve às terças, quartas, quintas, sextas e domingos.

"Dilma é agente 171: licença para mentir", diz Marcelo Madureira



Publicado em 30 de jan de 2015
Lauro Jardim, no Radar Online, explica a importância das eleições para as presidências das Comissões de Constituição e Justiça da Câmara e do Senado. Para Marcelo Madureira, o plano de Dilma não é resolver os problemas do país, é apenas mentir deslavadamente contra os fatos e a realidade. Marco Antonio Villa comenta a batalha sangrenta na disputa pela Câmara. Felipe Moura Brasil conta porque os políticos brasileiros deveriam se inspirar em Paolla Oliveira.


PT mapeia cargos para pressionar deputados na eleição da Câmara

O comando da campanha do candidato do PT à presidência da Câmara elaborou uma planilha com o mapa dos cargos de deputados no governo e escalou ministros para pressioná-los a votar em Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Os principais alvos são deputados da base aliada do governo Dilma Rousseff simpáticos à candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), principal adversário de Chinaglia.

A planilha obtida pela Folha registra a atuação direta de ministros como Pepe Vargas (Relações Institucionais) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência).

A lista é atualizada em tempo real pelos coordenadores da campanha de Chinaglia, mostrando a tarefa cumprida pelos ministros ou a missão atribuída a cada um.

O nome do deputado Celso Maldaner (PMDB-SC), por exemplo, é acompanhado da observação "Rossetto ligou". Seu voto é contabilizado na planilha para Chinaglia.

No caso de Adelson Barreto (PTB-SE), a tabela traz a recomendação: "Ministro tem que ligar (Pepe)".

Renato Molling (PP-RS), que na lista da campanha petista figura ao lado do nome "Rossetto", confirma ter sido procurado pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência na semana passada.

"Ele ligou para colocar seu gabinete à minha disposição", disse, negando que a eleição da Câmara tenha sido objeto da conversa.

Também listado na cota de Rossetto, o deputado Dilceu Sperafico (PP-PR) afirma que o ministro o procurou, mas disse que "a ligação caiu".

Um dos coordenadores da campanha de Chinaglia, Vicente Cândido (PT-SP), afirmou que a lista foi produzida para acompanhar a busca por votos. Chinaglia, no entanto, nega sua existência.

"Não conheço essa planilha. A planilha não é comigo. Não trabalho assim", disse o petista.

Citado na lista como responsável por contatar deputados, o ministro Pepe Vargas informou, por meio de sua assessoria, que outras candidaturas também elaboraram planilhas semelhantes. E que foi consultado pela campanha de Chinaglia sobre a intenção de voto de congressistas.

A Secretaria-Geral da Presidência não se manifestou até a conclusão desta edição.

CARGOS

O PT também listou deputados que indicaram nomes para cargos no governo federal. Mauro Mariani (PMDB-SC), cuja intenção de voto consta como ªindefinidaº, aparece ao lado da anotação "tem cargo no governo".

A mesma observação foi incluída ao lado do nome do deputado Fabio Reis (PMDB-SE). Os petistas escalaram o ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) para convencê-lo a desistir de votar em Eduardo Cunha. O nome de Berzoini é grafado na lista petista como 'Bersoine".

A planilha do PT também apresenta a deputada Gorete Pereira (PR-CE) como eleitora de Cunha, apesar de ter indicado um dirigente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em seu Estado.

"Dep. Gorete recém indicou Dnit", diz a anotação.

A deputada, que admite a indicação, afirma ter sido procurada "por todo mundo" durante a campanha.

"Se quiserem usar o cargo [para me pressionar], vão quebrar a cara. Esse cargo do Dnit é meu desde o governo passado, quando o César Borges era o ministro", argumenta.

O líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), é apontado na relação como eleitor de Cunha, mas o PT tenta reverter seu voto. "Ligar para o ministro do PP. Integração", destacam os petistas, em referência ao ministro Gilberto Occhi.





Quando Dilma Rousseff e Michel Temer estiverem viajando, o presidente da Câmara assume.
PreferênciaTemopoderdedefinirosprojetosqueirãoparavotaçãonoplenário
A Lei da Ficha Limpa, proposta de iniciativa popular que reuniu 1,5 milhão de assinaturas para chegar ao Congresso, dependeu do então presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), para ser votada em maio de 2010.
'Timing'Decidequandoumprojetovaiaoplenário
O presidente da Câmara pode escolher só colocar um projeto em votação depois que já estiverem concluídas as negociações para aprová-lo. O Marco Civil da Internet, proposta enviada por Dilma ao Congresso, só foi colocado em votação por Henrique Eduardo Alves depois que o governo conseguiu articular uma maioria.
CassaçãoPodearquivaroudarseguimentoapedidosdecassação
O desfecho dos pedidos de cassação dos deputados Luiz Argôlo (SDD-BA) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) só deve ser definido pelo próximo comando da Câmara.
Além disso, a Procuradoria deve acusar diversos deputados de participar de esquemas de desvio de dinheiro da Petrobras. Eles terão seus mandatos questionados.
daCâmarapara2015
O presidente controla toda a administração da Casa Legislativa. Cerca de 20% do orçamento não é comprometido com despesas obrigatórias.
Impeachment DecidedarounãoandamentoaeventualpedidodeimpeachmentcontraopresidentedaRepública
A abertura do processo de impeachment do hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) foi aprovada pela Câmara em 29 de setembro de 1992. O então presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro, conduziu o processo.
CPIsDecidedarounãoandamentoapedidosdeinstalaçãodeComissõesParlamentaresdeInquérito
Já existe um pedido de criação de nova CPI da Petrobras que será decidido pelo próximo presidente da Câmara.
Carreira políticaQuemocupaocargoganhainfluência,projeçãoeexposiçãonamídia

Já estiveram no posto o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o senador e ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB). Ambos são hoje presidentes dos seus partidos.


MONTAGEM: Alan Marques/Zanone Fraissat/Folhapress e Fernanda di Castro/Divulgação Câmara dos Deputados; PLENÁRIO: Divulgação/Congresso Nacional; VOTAÇÃO DO MARCO CIVIL: Pedro Ladeira/Folhapress; MONTAGEM: Alan Marques/Folhapress; CARRETEIRO NA CÂMARA: Alan Marques/Folhapress; IMPEACHMENT: Valter Campanato/Agência Brasil; DEPOIMENTO DE COSTA À CPI DA PETROBRAS: Pedro Ladeira/Folhapress; MONTAGEM: Eduardo Anizelli/Sérgio Lima/Folhapress || Folha de S.Paulo






Quando Dilma Rousseff e Michel Temer estiverem viajando, o presidente da Câmara assume.
PreferênciaTemopoderdedefinirosprojetosqueirãoparavotaçãonoplenário
A Lei da Ficha Limpa, proposta de iniciativa popular que reuniu 1,5 milhão de assinaturas para chegar ao Congresso, dependeu do então presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), para ser votada em maio de 2010.
'Timing'Decidequandoumprojetovaiaoplenário
O presidente da Câmara pode escolher só colocar um projeto em votação depois que já estiverem concluídas as negociações para aprová-lo. O Marco Civil da Internet, proposta enviada por Dilma ao Congresso, só foi colocado em votação por Henrique Eduardo Alves depois que o governo conseguiu articular uma maioria.
CassaçãoPodearquivaroudarseguimentoapedidosdecassação
O desfecho dos pedidos de cassação dos deputados Luiz Argôlo (SDD-BA) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) só deve ser definido pelo próximo comando da Câmara.
Além disso, a Procuradoria deve acusar diversos deputados de participar de esquemas de desvio de dinheiro da Petrobras. Eles terão seus mandatos questionados.
daCâmarapara2015
O presidente controla toda a administração da Casa Legislativa. Cerca de 20% do orçamento não é comprometido com despesas obrigatórias.
Impeachment DecidedarounãoandamentoaeventualpedidodeimpeachmentcontraopresidentedaRepública
A abertura do processo de impeachment do hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) foi aprovada pela Câmara em 29 de setembro de 1992. O então presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro, conduziu o processo.
CPIsDecidedarounãoandamentoapedidosdeinstalaçãodeComissõesParlamentaresdeInquérito
Já existe um pedido de criação de nova CPI da Petrobras que será decidido pelo próximo presidente da Câmara.
Carreira políticaQuemocupaocargoganhainfluência,projeçãoeexposiçãonamídia

Já estiveram no posto o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o senador e ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB). Ambos são hoje presidentes dos seus partidos.


MONTAGEM: Alan Marques/Zanone Fraissat/Folhapress e Fernanda di Castro/Divulgação Câmara dos Deputados; PLENÁRIO: Divulgação/Congresso Nacional; VOTAÇÃO DO MARCO CIVIL: Pedro Ladeira/Folhapress; MONTAGEM: Alan Marques/Folhapress; CARRETEIRO NA CÂMARA: Alan Marques/Folhapress; IMPEACHMENT: Valter Campanato/Agência Brasil; DEPOIMENTO DE COSTA À CPI DA PETROBRAS: Pedro Ladeira/Folhapress; MONTAGEM: Eduardo Anizelli/Sérgio Lima/Folhapress || Folha de S.Paulo