Diretor do Instituto Lula, o ex-ministro Paulo Vannuchi (Direitos
Humanos) rompeu o silêncio no PT sobre as críticas recentes da senadora
Marta Suplicy (PT-SP) aos colegas de partido.
Em comentário para a Rede Brasil Atual (rádio ligado à CUT) e em entrevista à Folha,
Vannuchi classificou como "sórdida", "chocante", "condenável" e
"inaceitável" –entre outros adjetivos– a "manobra" usada por Marta ao
revelar conversas particulares que ela teve com Lula.
"O elemento sórdido –sem dúvida é um elemento sórdido, condenável,
inaceitável da entrevista de Marta– [...] foi expor Lula publicamente na
versão de que o Lula, no fundo, é o grande adversário da [presidente]
Dilma [Rousseff]", disse Vannuchi.
Gabo Morales - 1º.mar.2012/Folhapress | ||
Ex-ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, diretor do Instituto Lula |
Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" no dia 10, Marta disse
que, num jantar organizado por ela com empresários, Lula "entrou nas
críticas" dos presentes e "decepava [sic] ela [Dilma]".
Marta disse ainda ter ouvido Lula reclamar de dificuldade de ser ouvido
por Dilma. "Estou conversando com ela, mas não adianta, ela não ouve",
teria dito o petista.
"A manobra de Marta é sórdida porque deixa para Lula duas opções", disse
Vannuchi. "Ou a de ficar quieto, e, ao ficar quieto, deixa a mídia
alimentar que tudo o que ela fala é verdade; ou Lula se rebaixa,
rigorosamente se rebaixa, e vem a público dizer 'olha, a Marta não me
entendeu bem, nunca disse isso'".
Para Vannuchi, Lula acerta ao não responder: "Lula realmente não tem que
se colocar no mesmo nível de Marta, muito menos nesse momento de
atitudes sórdidas".
Para ele, Marta violou "uma regra ética" da política, que é não sair
falando publicamente de conversas reservadas. Segundo ele, Lula já teve
várias conversas assim com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso,
"mas nunca nenhum dos dois saiu contando o que o outro falou".
"Ela [Marta] tem direito de divergir e sair do partido. Mas não o de fazer isso de uma maneira desastrada", disse.
O ex-ministro avalia que Marta agiu assim porque quer sair do partido
para ser candidata a prefeita de São Paulo em 2016 e "deve ter se
sentido desestabilizada" com a escolha do deputado Gabriel Chalita
(PMDB-SP) para a secretaria de Educação do prefeito Fernando Haddad
(PT).
Foi "uma jogada brilhante", disse, "que fechou a porta para o maior
interesse de Marta agora, que era se filiar ao PMDB", completou.
Vannuchi também classificou como "descabido" Marta chamar o ministro da
Casa Civil, Aloizio Mercadante, de "inimigo de Lula". E protestou pelo
fato de a senadora ter chamado o presidente do partido, Rui Falcão, de
"traidor".
Em outro trecho, também reprovou a forma como Marta articulou, ainda no
cargo de ministra da Cultura, a tentativa de lançar Lula candidato em
2014 no lugar de Dilma.
"Ela coordenou a campanha do 'volta Lula' que, se tivesse tido a
concordância de Lula, teria virado um processo rapidíssimo", disse.
À Folha, Paulo Vannuchi ressaltou que não fala em nome do ex-presidente Lula. Marta foi procurada para comentar, mas não respondeu.
COMENTÁRIO DA BLOGUEIRA: a rataiada tá se pegando... êh, êh. Já está chovendo aranha, quero ver já, já, chover gafanhoto!!!
Dilma não tem estofo de estadista, foi escolhida na ocasião, por conveniência, tratando-se de uma mulher sem a rejeição que Marta despertava. Ela renuncia este ano. O PT se desintegra corroído pelos próprios germes de sua podridão. Em teste, está a competência da oposição, que enquanto governo, antes de Lula, qual czares deitaram e rolaram em berços de ouro sem se preocupar com o bem estar das camadas sociais mais pobres. Aconteceu aqui, o mesmo que aconteceu na Russia nos tempos dos czares. Como lá, deu-se aqui também o enriquecimento ilícito dos líderes que acabaram se comendo uns aos outros.
ResponderExcluirConcordo!
ExcluirOs "castelos" ruíram. A casa caiu. Não restará nem os casebres do PT. Caiu de PODRE! Já era...