O governo brasileiro deposita em um julgamento marcado para hoje as esperanças de conseguir extraditar o ex-diretor do BANCO DO BRASIL
Henrique Pizzolato. Condenado pela Justiça Federal do Espírito Santo a
20 anos de prisão por tráfico de drogas, o desfecho do caso envolvendo o
holandês Ronald van Coolwijk pode ser a chave para que o mensaleiro
volte ao país. O argumento de ambos é o mesmo: não podem ser enviados ao
Brasil devido às más condições das penitenciárias brasileiras -
classificadas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, como
"masmorras medievais". Caso os magistrados italianos autorizem a
extradição de Coolwijk, o caminho para punir Pizzolato, condenado a 12
anos e 7 meses de prisão, estará aberto.
Pautados no mesmo argumento de Pizzolato, os advogados de Coolwijk
conseguiram reverter a extradição concedida em primeira instância. Para
rebater os argumento da defesa do holandês - condenado em 1995 em posse
de 625 quilos de cocaína -, o governo brasileiro enviou para Roma o
chefe de gabinete da Procuradoria-Geral da República, Eduardo Pelella,
que deve fazer a sustentação contra as alegações do condenado. De acordo
com a Advocacia-Geral da União (AGU), a negativa da extradição não pode
ser justificada apenas na "percepção generalizada" sobre as condições
das cadeias brasileiras. "A Corte de apelação de Roma têm uma estrutura
especializada em matéria internacional. E suas decisões costumam ser
seguidas com atenção por outras cortes da Itália", explicou o
procurador, que também acompanhará o julgamento de Pizzolato, em 11 de
fevereiro.
No caso do condenado no mensalão, a Justiça italiana negou o pedido de
extradição em outubro depois que a defesa apresentou imagens da
decapitação de presos, ocorrida no presídio de Pedrinhas (MA). O governo
brasileiro entregou à Justiça italiana documentos que comprovam as boas
condições dos presídios da Papuda (DF) e das penitenciárias de Santa
Catarina, onde Pizzolato tem domicílio.
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