30 janeiro, 2015

PT mapeia cargos para pressionar deputados na eleição da Câmara

O comando da campanha do candidato do PT à presidência da Câmara elaborou uma planilha com o mapa dos cargos de deputados no governo e escalou ministros para pressioná-los a votar em Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Os principais alvos são deputados da base aliada do governo Dilma Rousseff simpáticos à candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), principal adversário de Chinaglia.

A planilha obtida pela Folha registra a atuação direta de ministros como Pepe Vargas (Relações Institucionais) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência).

A lista é atualizada em tempo real pelos coordenadores da campanha de Chinaglia, mostrando a tarefa cumprida pelos ministros ou a missão atribuída a cada um.

O nome do deputado Celso Maldaner (PMDB-SC), por exemplo, é acompanhado da observação "Rossetto ligou". Seu voto é contabilizado na planilha para Chinaglia.

No caso de Adelson Barreto (PTB-SE), a tabela traz a recomendação: "Ministro tem que ligar (Pepe)".

Renato Molling (PP-RS), que na lista da campanha petista figura ao lado do nome "Rossetto", confirma ter sido procurado pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência na semana passada.

"Ele ligou para colocar seu gabinete à minha disposição", disse, negando que a eleição da Câmara tenha sido objeto da conversa.

Também listado na cota de Rossetto, o deputado Dilceu Sperafico (PP-PR) afirma que o ministro o procurou, mas disse que "a ligação caiu".

Um dos coordenadores da campanha de Chinaglia, Vicente Cândido (PT-SP), afirmou que a lista foi produzida para acompanhar a busca por votos. Chinaglia, no entanto, nega sua existência.

"Não conheço essa planilha. A planilha não é comigo. Não trabalho assim", disse o petista.

Citado na lista como responsável por contatar deputados, o ministro Pepe Vargas informou, por meio de sua assessoria, que outras candidaturas também elaboraram planilhas semelhantes. E que foi consultado pela campanha de Chinaglia sobre a intenção de voto de congressistas.

A Secretaria-Geral da Presidência não se manifestou até a conclusão desta edição.

CARGOS

O PT também listou deputados que indicaram nomes para cargos no governo federal. Mauro Mariani (PMDB-SC), cuja intenção de voto consta como ªindefinidaº, aparece ao lado da anotação "tem cargo no governo".

A mesma observação foi incluída ao lado do nome do deputado Fabio Reis (PMDB-SE). Os petistas escalaram o ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) para convencê-lo a desistir de votar em Eduardo Cunha. O nome de Berzoini é grafado na lista petista como 'Bersoine".

A planilha do PT também apresenta a deputada Gorete Pereira (PR-CE) como eleitora de Cunha, apesar de ter indicado um dirigente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em seu Estado.

"Dep. Gorete recém indicou Dnit", diz a anotação.

A deputada, que admite a indicação, afirma ter sido procurada "por todo mundo" durante a campanha.

"Se quiserem usar o cargo [para me pressionar], vão quebrar a cara. Esse cargo do Dnit é meu desde o governo passado, quando o César Borges era o ministro", argumenta.

O líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), é apontado na relação como eleitor de Cunha, mas o PT tenta reverter seu voto. "Ligar para o ministro do PP. Integração", destacam os petistas, em referência ao ministro Gilberto Occhi.





Quando Dilma Rousseff e Michel Temer estiverem viajando, o presidente da Câmara assume.
PreferênciaTemopoderdedefinirosprojetosqueirãoparavotaçãonoplenário
A Lei da Ficha Limpa, proposta de iniciativa popular que reuniu 1,5 milhão de assinaturas para chegar ao Congresso, dependeu do então presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), para ser votada em maio de 2010.
'Timing'Decidequandoumprojetovaiaoplenário
O presidente da Câmara pode escolher só colocar um projeto em votação depois que já estiverem concluídas as negociações para aprová-lo. O Marco Civil da Internet, proposta enviada por Dilma ao Congresso, só foi colocado em votação por Henrique Eduardo Alves depois que o governo conseguiu articular uma maioria.
CassaçãoPodearquivaroudarseguimentoapedidosdecassação
O desfecho dos pedidos de cassação dos deputados Luiz Argôlo (SDD-BA) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) só deve ser definido pelo próximo comando da Câmara.
Além disso, a Procuradoria deve acusar diversos deputados de participar de esquemas de desvio de dinheiro da Petrobras. Eles terão seus mandatos questionados.
daCâmarapara2015
O presidente controla toda a administração da Casa Legislativa. Cerca de 20% do orçamento não é comprometido com despesas obrigatórias.
Impeachment DecidedarounãoandamentoaeventualpedidodeimpeachmentcontraopresidentedaRepública
A abertura do processo de impeachment do hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) foi aprovada pela Câmara em 29 de setembro de 1992. O então presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro, conduziu o processo.
CPIsDecidedarounãoandamentoapedidosdeinstalaçãodeComissõesParlamentaresdeInquérito
Já existe um pedido de criação de nova CPI da Petrobras que será decidido pelo próximo presidente da Câmara.
Carreira políticaQuemocupaocargoganhainfluência,projeçãoeexposiçãonamídia

Já estiveram no posto o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o senador e ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB). Ambos são hoje presidentes dos seus partidos.


MONTAGEM: Alan Marques/Zanone Fraissat/Folhapress e Fernanda di Castro/Divulgação Câmara dos Deputados; PLENÁRIO: Divulgação/Congresso Nacional; VOTAÇÃO DO MARCO CIVIL: Pedro Ladeira/Folhapress; MONTAGEM: Alan Marques/Folhapress; CARRETEIRO NA CÂMARA: Alan Marques/Folhapress; IMPEACHMENT: Valter Campanato/Agência Brasil; DEPOIMENTO DE COSTA À CPI DA PETROBRAS: Pedro Ladeira/Folhapress; MONTAGEM: Eduardo Anizelli/Sérgio Lima/Folhapress || Folha de S.Paulo






Quando Dilma Rousseff e Michel Temer estiverem viajando, o presidente da Câmara assume.
PreferênciaTemopoderdedefinirosprojetosqueirãoparavotaçãonoplenário
A Lei da Ficha Limpa, proposta de iniciativa popular que reuniu 1,5 milhão de assinaturas para chegar ao Congresso, dependeu do então presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), para ser votada em maio de 2010.
'Timing'Decidequandoumprojetovaiaoplenário
O presidente da Câmara pode escolher só colocar um projeto em votação depois que já estiverem concluídas as negociações para aprová-lo. O Marco Civil da Internet, proposta enviada por Dilma ao Congresso, só foi colocado em votação por Henrique Eduardo Alves depois que o governo conseguiu articular uma maioria.
CassaçãoPodearquivaroudarseguimentoapedidosdecassação
O desfecho dos pedidos de cassação dos deputados Luiz Argôlo (SDD-BA) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) só deve ser definido pelo próximo comando da Câmara.
Além disso, a Procuradoria deve acusar diversos deputados de participar de esquemas de desvio de dinheiro da Petrobras. Eles terão seus mandatos questionados.
daCâmarapara2015
O presidente controla toda a administração da Casa Legislativa. Cerca de 20% do orçamento não é comprometido com despesas obrigatórias.
Impeachment DecidedarounãoandamentoaeventualpedidodeimpeachmentcontraopresidentedaRepública
A abertura do processo de impeachment do hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) foi aprovada pela Câmara em 29 de setembro de 1992. O então presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro, conduziu o processo.
CPIsDecidedarounãoandamentoapedidosdeinstalaçãodeComissõesParlamentaresdeInquérito
Já existe um pedido de criação de nova CPI da Petrobras que será decidido pelo próximo presidente da Câmara.
Carreira políticaQuemocupaocargoganhainfluência,projeçãoeexposiçãonamídia

Já estiveram no posto o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o senador e ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB). Ambos são hoje presidentes dos seus partidos.


MONTAGEM: Alan Marques/Zanone Fraissat/Folhapress e Fernanda di Castro/Divulgação Câmara dos Deputados; PLENÁRIO: Divulgação/Congresso Nacional; VOTAÇÃO DO MARCO CIVIL: Pedro Ladeira/Folhapress; MONTAGEM: Alan Marques/Folhapress; CARRETEIRO NA CÂMARA: Alan Marques/Folhapress; IMPEACHMENT: Valter Campanato/Agência Brasil; DEPOIMENTO DE COSTA À CPI DA PETROBRAS: Pedro Ladeira/Folhapress; MONTAGEM: Eduardo Anizelli/Sérgio Lima/Folhapress || Folha de S.Paulo

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