O Planalto reconheceu nesta segunda-feira (26) que a equipe do
ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) trabalhou na elaboração das medidas
que alteram a concessão de direitos trabalhistas como o
seguro-desemprego, o abono salarial e o seguro-defeso, pago a
pescadores, conforme informou a a reportagem da Folha "Revisão de regras trabalhistas foi planejada antes da eleição".
"O diagnóstico obtido pela equipe do então ministro Guido Mantega
mostrou que três de cada quatro beneficiários do seguro-desemprego ao
longo de 2014 estavam entrando no mercado de trabalho. As medidas de
correção desta distorção foram estudadas em conjunto pelas equipes do
ministro Mantega e Joaquim Levy. A necessidade de correções da concessão
dos benefícios do Seguro Defeso foram registradas ao longo de 2014",
informa a nota.
A Secom informou também "que os programas do governo federal passam por constantes correções e atualizações".
"Em maio do ano passado, por exemplo, o Ministério do Desenvolvimento
Social retirou 1,290 milhão de famílias do cadastro do Bolsa Família. Ou
seja, cinco meses antes das eleições, o governo federal fez o maior
corte de beneficiários do Bolsa Família na história - o que comprova que
a campanha não pautou, e não pauta, o cronograma de medidas do
governo", afirmou a Secom na nota.
"Por fim, para não restar dúvidas sobre o compromisso deste governo com
os direitos dos trabalhadores, destacamos a fala da presidenta Dilma
Rousseff no seu discurso de posse no Parlatório: 'Nenhum direito a
menos, nenhum passo atrás! Só mais direitos e só o caminho à frente!'."
ERRO
Na nota, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República
prestou uma informação equivocada sobre o seguro-desemprego.
Editoria de Arte/Folhapress |
De acordo com a nota, o Projeto da Lei Orçamentária Anual de 2015
(Ploa), enviado pelo governo ao Congresso em agosto do ano passado,
previa redução nas despesas com seguro-desemprego "porque o crescimento
destes gastos é incompatível com um momento de economia em pleno
emprego".
Na verdade, o Ploa de 2015 prevê um aumento nominal de R$ 9,1 bilhões
nas despesas com o seguro-desemprego para este ano, para R$ 36,8 bilhões
no total. No PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias), a
estimativa de despesa com a mesma rubrica era de R$ 27,7 bilhões.
O PLDO é uma estimativa inicial de receitas e despesas para o exercício
do ano seguinte. Já o PLOA é a previsão final. Com base nos números do
PLOA, o Congresso aprova, ainda que com alterações, a LOA (Lei
Orçamentária Anual) do ano subsequente. O Congresso ainda não aprovou a
LOA deste ano.
Segundo a reportagem da Folha, o Ploa de 2015 prevê redução, de R$ 8,8 bilhões, no abono salarial, não no seguro-desemprego.
Diante do dado de que houve aumento na previsão de gastos no
seguro-desemprego, e não redução, as explicações do Planalto ficaram
desencontradas com os números.
PLOD, LOA, PLOA, LDE, PSI, PDO, PAC,I, PAC II, PNDE. É assim que se governa. E mais os pacotes. Pacote para a educação, pacote econômico, pacote para a saúde, e mais pacotes. Somo o País das emergências e das improvisações.
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