31 março, 2015

Janot diz a deputados da oposição que não há motivos para investigar Dilma


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse a um grupo de deputados da oposição, nesta terça-feira (31), que não encontrou elementos nas delações da Operação Lava Jato que justificassem a abertura de uma investigação sobre a presidente Dilma Rousseff. 

A posição de Janot foi divulgada pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE) ao final de uma reunião que ele e os líderes do PSDB, Carlos Sampaio (SP), e do DEM, Mendonça Filho (PE), tiveram com o procurador no final desta tarde. 

"Viemos aqui solicitar que o procurador revise sua posição de não investigar a presidente Dilma. O procurador nos disse que não vê motivos fáticos para investigar a presidente e que segue com o ponto de vista de que a Constituição não permite tal investigação", comentou. 

Segundo Jungmann, o procurador ainda disse aos deputados que vai enviar um parecer ao STF (Supremo Tribunal Federal) com sua posição, e que o caso deverá ser debatido pelo plenário da corte. 

Apesar da falta de elementos para a abertura de um inquérito, o deputado avalia que o simples fato do STF debater se é possível investigar um presidente é algo positivo, pois novos elementos podem surgir ao longo dos processos da Lava Jato. 

"Se o STF retirar esse óbice [colocado por Janot], fica aberta a possibilidade. O procurador não tem elementos hoje, mas pode vir a ter num segundo momento e poderá investigar", disse. 

O pedido feitos pelos opositores a Janot é semelhante a um feito recentemente ao ministro do STF Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato na corte. 

Na peça, os deputados argumentam que delações da Lava Jato indicam uso de dinheiro do esquema na campanha de Dilma de 2010, por isso seria necessária a investigação. Eles ainda rebatem o argumento de Janot, de que a Constituição não autoriza a investigação de um presidente no cargo por atos que não estejam ligados a seu mandato. 

"Para nós a fase de instrução, de inquérito, a investigação inicial, deve acontecer. Tudo antes da apresentação da denúncia é válido", disse.



Youssef diz em depoimento que deixou R$ 400 mil na porta do diretório do PT 36



O doleiro Alberto Youssef, delator no caso da operação Lava Jato, afirmou, em novo depoimento à Justiça Federal nesta terça-feira (31), que entregou cerca de R$ 800 mil para o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. O dinheiro seria fruto de propina paga no contrato para obras do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), entre 2009 e 2010. A Lava Jato apura o desvio de verbas na Petrobras para favorecer servidores públicos e políticos da base aliada e também da oposição.

O valor, segundo o doleiro, foi dividido em dois --metade, diz ele, foi deixado na porta do diretório nacional do partido, localizado na Rua Silveira Martins, em São Paulo. A outra metade foi retirada no escritório de Youssef, afirma o delator.

Por conta de um processo sobre operações ilegais de câmbio realizadas pelo laboratório Labogen --empresa que ele tentou infiltrar no Ministério da Saúde na gestão do então ministro Alexandre Padilha (PT)-- Youssef disse que fez dois pagamentos para o tesoureiro "a mando da Toshiba (Infraestrutura)".

"Eu entreguei esse valor pessoalmente. O segundo valor foi entregue na porta do diretório do PT nacional pelo meu funcionário Rafael Ângulo para o funcionário da Toshiba para que ele pudesse entregar o valor para o Vaccari", afirmou Youssef em seu depoimento.

Outro lado

Por meio de nota da Secretaria de Finanças do PT,Vaccari Neto, "nega veementemente que tenha recebido qualquer quantia em dinheiro por parte do senhor Alberto Youssef ou de seus representantes".

"Chama a atenção o fato de que, na delação realizada em fevereiro, Youssef afirmou que uma suposta entrega do dinheiro teria sido feita em um restaurante em São Paulo. No depoimento de hoje, se contradiz e afirma que foi na frente da sede do PT", informa a nota petista. 

O partido diz ainda que "Youssef também afirma que um funcionário dele teria entregue o dinheiro a um representante da empresa Toshiba [investigada na Lava Jato], e não diretamente a Vaccari ou a outro representante do PT". "A Toshiba nega veementemente que algum dos seus funcionários tenha repassado recursos para representantes do PT", informa o PT.

"A afirmação de Youssef causa ainda mais estranheza porque sua contadora, Meire Bonfim Poza, declarou à CPI Mista da Petrobras, no último dia 8 de outubro, que não conhece e que nunca fez transações financeiras com Vaccari Neto. Essa Secretaria de Finanças reitera que todas as doações que o Partido dos Trabalhadores recebe são feitas na forma da lei e declaradas à Justiça", diz a secretaria do PT na nota.

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Operação Lava Jato da PF

24.mar.2015 - O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque deixa a custódia da Polícia Federal em Curitiba (PR) rumo ao complexo médico-penal de Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. A Justiça Federal do Paraná determinou a transferência de 12 presos da Operação Lava Jato para o presídio Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo
 
 

CNPC : sem maiores avanços

Abrapp SINDAPP

 Publicada em: 31/3/2015

Reunido ontem, o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) analisou e deliberou sobre três temas: compartilhamento de riscos, mudanças nas regras que regem os fundos instituídos e certificação de dirigentes. Algumas das decisões trouxeram avanços normativos, mas tendo os representantes do governo, que são maioria dos votos, votado de comum acordo entre si, sem buscar convergir com as posições defendidas pelas representações da sociedade civil (Abrapp, Sindapp, ICSS, participantes e patrocinadores/instituidores), o resultado no geral foi claramente frustrante.
 “O que sempre foi crucial no relacionamento entre a sociedade e o governo, o diálogo, hoje sucumbiu diante de representantes do Executivo que votaram de forma articulada”, observou o Presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto.

Na questão do compartilhamento de risco é onde se observou provavelmente o maior avanço normativo. José Ribeiro lembra que mesmo nesse caso saímos todos com o sentimento de que restou à Previc um espaço maior do que seria desejável, mas ainda assim é inegável que se abriu uma janela para o mercado, com a possibilidade de surgirem vários novos produtos.


Relativamente às mudanças esperadas nas regras dos instituídos, o CNPC as discutiu em duas partes. Foi aprovada a possibilidade de aderirem aos planos também os familiares e dependentes dos atuais participantes, além dos empregados dos entes instituidores. “Esta foi sem dúvida uma decisão muito feliz e que aponta na direção do fomento”, resumiu José Ribeiro. Mas não prosperou a discussão que gostaríamos de ter travado sobre o resgate parcial das reservas constituídas a partir das contribuições do participante, caso este viesse a enfrentar uma emergência financeira e não desejasse - única opção que lhe é oferecida hoje - retirar-se completamente do plano.

Quanto à certificação, o fato é que a proposta apresentada pela sociedade civil sequer foi distribuída para exame pelos conselheiros. A discussão girou, então, exclusivamente em cima da minuta apresentada anteriormente pelo governo. Nesse caso, os dois únicos pontos positivos foram, de um lado, o prazo de 1 ano para que a habilitação seja conseguida após a posse, no lugar de ser exigida previamente, condição que só continua prevalecendo, o que era esperado, em se tratando de AETQs e, de outro lado, o custeio do processo de certificação pela entidade. Claramente negativa, no entanto, foi a decisão do CNPC de exigir certificação de todos os conselheiros, condição difícil de cobrar, por exemplo, de altos executivos de patrocinadoras, reconhecidos por sua elevada qualificação.

O tratamento dado à questão da solvência trouxe mais decepção. Tinhamos o compromisso de ao menos termos tempo para uma apresentação técnica de nossa proposta, que sabíamos não seria votada. Pelo menos apresentá-la, contudo, seria algo importante na medida em que se ganharia tempo para que fosse apreciada em uma nova reunião do CNPC em data próxima. Mas o que prevaleceu foi a vontade do governo, que numa atitude que nos pareceu protelatória propôs a formação de um grupo de trabalho para examinar esse ponto ao longo de 2015.

É de se lamentar na medida em que as regras atuais que regem a solvência não dão sequência aos avanços conseguidos no que diz respeito à precificação de ativos e passivo, cujas normas permanecem assim sem o seu desdobramento natural. (Abrapp)

Previc - O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) aprovou hoje importantes resoluções para ampliar o fomento e a segurança dos participantes das entidades fechadas de previdência complementar. Buscando cada vez mais uma gestão profissional das entidades, o CNPC resolveu estender para o administrador responsável pelos planos de benefícios, assim como para a totalidade dos membros do Conselho Fiscal e todo o Conselho Deliberativo, a exigência de certificação.

A certificação já era exigida para o administrador estatutário, a diretoria-executiva e os membros do comitê de assessoramento que atuam na avaliação e aprovação de investimento, assim como os demais empregados diretamente responsáveis pela aplicação dos recursos garantidores dos planos (resolução 4.275/2013, do Conselho Monetário Nacional). O motivo para a extensão para todos os membros do Conselho Deliberativo e não a maioria, como era até agora, é simples: Cabe ao Conselho Deliberativo estabelecer as diretrizes de funcionamento da entidade e aprovar as políticas de investimentos. Já os membros do Conselho Fiscal, também abrangidos pela medida, devem possuir conhecimentos adequados para realizar o controle efetivo dos atos de gestão da entidade.

Os planos de benefícios poderão contratar seguro para a cobertura do risco de longevidade. Até então essa contratação estava limitada aos seguros para fazer frente à cobertura dos riscos de morte e invalidez. Acontece que o risco de longevidade – viver mais do que o previsto nas tábuas de mortalidade – é uma realidade cada vez mais presente para os planos devido ao aumento da expectativa de vida dos associados. Outra novidade das novas resoluções do CNPC é a ampliação do conceito de membro participante do plano. Os familiares, cônjuges e filhos, também passarão a ter a opção de fazer parte do plano instituído. (Previc)

 

Lula pede que dirigentes petistas 'levantem a cabeça'

Em meio à crise que traga o Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclamou dirigentes petistas a "levantarem a cabeça" e "irem à luta" na criação de uma estratégia para reduzir os danos causados à imagem do partido. 

"O PT não pode ficar acuado diante dessa agressividade odiosa", disse o ex-presidente, segundo relatos de alguns dos presentes. 

Com o aval de Lula e do presidente nacional do PT, Rui Falcão, os dirigentes estaduais petistas aprovaram um manifesto no qual defendem que é hora de a legenda "sair da defensiva", "assumir responsabilidades" e "corrigir erros". 

Entre as medidas, Lula pediu o aprofundamento das relações do PT com os movimentos sociais via CUT (Central Única dos Trabalhadores), apoiando as manifestações organizadas pelas centrais e ampliando as alianças petistas. 

Falcão afirmou que o PT já pediu à presidente Dilma Rousseff (PT) que volte a receber lideranças dos movimentos sociais e recrie as chamadas conferências nacionais, promovidas durante os dois mandatos de Lula. 

Outra defesa de Falcão foi o fim das doações empresariais para o partido. A proposta foi debatida no encontro desta segunda mas só será discutida formalmente na reunião do diretório nacional do PT, nos dias 16 e 17 de abril. 

O manifesto reconhece ainda que o partido cometeu erros e deve retomar os valores que pautaram sua criação em 1980. "A fim de que retome sua radicalidade política, seu caráter plural e não dogmático", diz o texto. 

Um dos temas caros ao PT, a corrupção está no documento baseada na tese "nós contra eles", utilizada na campanha à reeleição de Dilma. Para os petistas, "querem fazer do PT bode expiatório da corrupção nacional e de dificuldades passageiras da economia." 

As lideranças do partido comparam os ataques sofridos pela sigla em meio às investigações do esquema de corrupção na Petrobras ao sequestro do empresário Abílio Diniz, em 1989, que, segundo eles, foi "imputado ao PT". 

Para Falcão, a sigla é alvo de uma campanha de "cerco" e "aniquilamento". "Faço um chamamento a nós sairmos da defensiva, enfrentarmos de cabeça erguida àqueles que nos atacam, porque é impensável que a gente possa ser acusado de corrupção", disse o presidente do PT em entrevista à imprensa após a reunião. 

Os petistas ainda defendem dez bandeiras tradicionais da esquerda para reaproximar o partido e, consequentemente, o governo Dilma da base social do partido. 

As principais propostas são: a orientação da bancada do PT no Congresso a aprovar proposta de taxação das grandes fortunas, que sofre resistência de setores do governo federal, a aprovação das reformas política e tributária, a aplicação dos direitos trabalhistas, na contramão do ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, entre outras. 

Fazendo coro ao discurso mais otimista de Lula, o texto afirma: "A hora não é de recuo, é de avançar com coragem e determinação". 

Nos bastidores, porém, aliados do ex-presidente afirmam que ele vê o cenário de uma perspectiva mais desanimadora. Avalia que o governo está paralisado e que Dilma precisa retomar as concessões e as obras pelo país, além de resolver a crise política com o pacto definitivo com o PMDB. 

VACCARI
 
Réu por suspeitas de receber propina no esquema da Petrobras, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, não compareceu à reunião. Foi a primeira vez este ano que ele se ausentou de um encontro da executiva nacional do partido, instância da qual faz parte. 

Petistas afirmam que Vaccari temia alguma manifestação pela sua saída. 

Segundo a Folha apurou, Lula defende o afastamento imediato de Vaccari e tem dito a aliados que, se permanecer no cargo, o tesoureiro não consegue nem se defender nem ajudar o partido. 

Após uma reunião com Lula pela manhã, o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) defendeu que o partido afaste Vaccari do cargo preventivamente caso ele não o faça de maneira voluntária. 

O presidente do PT, no entanto, ponderou que só pode deliberar sobre o que chega oficialmente ao partido e que, até agora, Tarso Genro não fez qualquer encaminhamento formal sobre o caso de Vaccari. 



 

EXCLUSIVO: MANUAL DO CARREGADOR DE PROPINA > Dinheiro viajava escondido sob as roupas

Petrolão



A rotina dos entregadores do doleiro Alberto Youssef envolvia o desconforto para levar centenas de notas presas ao corpo e situações como o encontro com um político odiado e uma confusão com a tripulação de um avião. 


Em depoimentos e conversas com investigadores e advogados, Rafael Angulo Lopez, funcionário de Youssef que fez acordo para colaborar com as apurações, explicou como era possível levar até € 1 milhão (cerca de R$ 3,5 milhões) em notas de € 500, ou R$ 500 mil em notas de R$ 100. 


A estratégia dos entregadores era compactar ao máximo o dinheiro, envolvendo as notas com filme plástico usado para embalar alimentos e furando os volumes para tirar o ar e compactá-los. Meias elásticas e coletes ortopédicos ajudavam a ocultar os pacotes sob as roupas. 


Lopez disse que uma vez ficou contrariado ao levar dinheiro para o senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que foi afastado por corrupção em 1992 e hoje é investigado por suspeita de envolvimento com o esquema na Petrobras. 


Lopez disse a Youssef que não iria fazer a entrega, mas o chefe insistiu. Lopez afirmou que entregou o dinheiro a Collor em seu apartamento e, ao se dirigir para a saída, resmungou: "Velho gordo!" 


O delator também relatou uma ocasião em que outro emissário de Youssef, Adarico Negromonte, foi encarregado de levar R$ 500 mil a Salvador. Ele embarcou no avião errado, rumo a Maringá (PR), e discutiu com os tripulantes do avião, mas não conseguiu trocar de aeronave e foi obrigado a ir até o Paraná e voltar. 

O ex-presidente Collor nega ter recebido propina do esquema de corrupção e diz que o encontro relatado por Lopez não aconteceu. Negromonte afirma que o episódio descrito por Lopez não ocorreu. 

Luciano Veronezi/Editoria de arte/ Folhatress


FOLHA

 E o povo, dono do dinheiro, morrendo de BALA PERDIDA nas ruas, morrendo nos corredores dos hospitais "assistido" pelo Mais Médicos Cubanos, os  médicos brasileiros desprezados obrigados a ceder seus empregos a estrangeiros, as crianças do Norte estudando em escolas miseráveis, professores mal remunerados, sem falara crise da água no Sul do país, e por aí vai... aqui fica uma pergunta que não quer calar: nós temos uma mulher ou um monstro na presidência do nosso país cometendo todos estes crimes contra a humanidade?


MESMO EM CRISE, Petrobras quer reajuste de 13% para chefes

Em meio à maior crise de sua história, a Petrobras pede aos acionistas que aprovem, na assembleia do próximo dia 29, um teto de remuneração 13% acima do que foi pago em 2014 para executivos que dirigem a empresa, considerando a média por executivo. 

Além disso, num momento de resultados financeiros em risco, quer aumentar a proporção de salário fixo e reduzir a de remuneração variável, atrelada a resultados. 

O teto médio fixo proposto, considerando os oito atuais diretores, é R$ 1,6 milhão para cada um por ano, 22,7% acima do R$ 1,3 milhão pago em 2014 e 9% acima do teto pedido no ano passado. 

Dividido por 12 meses mais o 13º salário, o valor de 2015 equivale a um salário médio mensal de R$ 123 mil. 

Em bônus por desempenho, a proposta é zero. Em participação nos resultados, é pagar, em média, R$ 92 mil a cada um dos oito diretores, 64% abaixo de 2014. 

As informações constam do manual para participação de acionistas na assembleia.



"PREVENTIVO"
A Petrobras afirma que a proposta de 2015 contempla inflação de 8,09% prevista pelo BC para este ano. Em 2014, a inflação oficial, medida pelo IPCA, foi de 6,41%. Também seriam incluídos itens não previstos, como passagens aéreas e auxílio moradia. A estatal diz, ainda, que reduziu as remunerações variáveis "preventivamente", diante das incertezas do resultado de 2014. 

Entre janeiro e setembro de 2014, a Petrobras lucrou R$ 13,4 bilhões, 22% abaixo de igual período de 2013. A produção cresceu 3% e a geração de caixa, afetada pela defasagem do preço dos combustíveis que vigorou até outubro, caiu 11%. 

De 2013 para 2014, a Petrobras aumentou em 18% a remuneração total paga aos sete executivos que dirigiam a empresa. O salário fixo (incluindo férias e 13º) de todos os diretores foi 10,7% maior –avançou de R$ 8,25 milhões para R$ 9,13 milhões. 

O total pago aos então sete executivos, entre eles a então presidente Graça Foster e seis diretores, subiu de R$ 13,1 milhões, para R$ 15,4 milhões. Na média, cada um fez jus a R$ 2,2 milhões em 2014, contra 1,87 milhões em 2013. Graça e cinco deles deixaram a empresa há dois meses. O maior incremento na remuneração veio da participação nos resultados: entre 2013 e 2014, o valor pago aos diretores foi multiplicado por três, de R$ 606 mil (R$ 86 mil por diretor), para R$ 1,790 milhão (R$ 256 mil por diretor). 

O bônus por desempenho foi 0,1% menor, de R$ 631 mil em 2013, para R$ 615 mil. 

Um conselheiro da Petrobras, que pediu anonimato, disse que valores relativos a desempenho (bônus e participação nos resultados) pagos em 2014 referem-se aos resultados de 2013. Naquele ano, o lucro aumentou 11%. 

Os valores pagos em 2014 obedeceram aos tetos aprovados na assembleia de acionistas realizada em abril do ano passado, quando os principais desdobramentos da Operação Lava Jato ainda estavam por acontecer. 

A proposta para 2015 propõe um teto 1,1% maior para a remuneração média de cada diretor e 13% a mais do que foi efetivamente pago a cada executivo em 2014.


Isso é um despautério com o povo brasileiro. O povo paga salário para os saqueadores o saquearem. Êh, êh!!!

30 março, 2015

MUITO IMPORTANTE >Grupos antigoverno querem 'união racial' contra Dilma e rejeitam oposição


Em debate promovido pelo UOL e a "Folha de S.Paulo" na tarde desta segunda-feira (30) com líderes de dois movimentos populares antigoverno --o advogado Cláudio Camargo, do grupo QueroMeDefender, o estudante Fernando Holiday, do MBL (Movimento Brasil Livre)-- defenderam a união de diversas classes sociais e raciais em prol de uma grande onda de oposição à presidente Dilma Rousseff.


Os representantes dos movimentos, que ajudaram a levar cerca de 2 milhões de pessoas para as ruas no último dia 15 de março, explicaram suas respectivas reivindicações políticas e econômicas para o país. Em comum, afirmaram que o sentimento de descrença com o PT não existe apenas da elite econômica ou entre os brancos. "Não vemos brancos ou negros, pobres e ricos, mas pessoas que estão sofrendo com tanta incompetência", diz Holiday.


O jornalista do UOL Josias de Souza e a repórter especial da "Folha" Patrícia Campos Mello mediaram o debate, que marcou outro ponto em comum entre os dois movimentos: a atual falta de representatividade nos políticos eleitos nas últimas eleições. "Não me sinto representado por nenhum deles a nível federal", disse Camargo.


Holiday concordou, aproveitando para atacar a atual bancada da oposição: "Queremos que eles façam seu trabalho, pois estão ganhando boladas [sic] pra ver o povo sofrer. Eles mantêm uma postura frouxa".


No entanto, o líder do MBL tentou defender a importância dos líderes do PMDB no Legislativo, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, fazerem algum tipo de contraponto a Dilma mesmo que estejam sendo acusados de crimes na Operação Lava Jato. "A corrupção do PT é pior", justificou.


Perguntados se um político como o ex-candidato a presidente do PSDB, Aécio Neves, seria hostilizado nos atos de 15 de março, Cláudio Camargo disse crer que não aconteceria, mas ele "não o representa". Já Fernando Holiday disse que outros políticos foram aos protestos, "mas pra participar dentro de um movimento, não como líderes. Não me sinto representado pela oposição hoje".


Enquanto Camargo se diz um opositor moderado e não crê por enquanto no impeachment de Dilma por não haver ainda provas de improbidade administrativa contra ela, o MBL de Holiday defende a saída do PT do comando do país como sua principal bandeira, pois para ele, a presidente supostamente tem crime de responsabilidade na crise da Petrobras quando ocupou cargo no conselho da estatal.


Holiday disse ainda que o protesto contra o governo, marcado para o próximo dia 12, irá pedir a saída da presidente e que a oposição precisa escutar as vozes das ruas. "O povo não aguenta mais incompetência", diz.



UOL

Eduardo Cunha volta a ser vaiado, agora em evento no RS


O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), foi recebido na manhã desta segunda-feira (30) com vaias e xingamentos por um grupo de cerca de 30 militantes que defendem a causa LGBT na abertura de um fórum sobre reforma política na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.


Enquanto alguns ativistas promoviam um "apitaço", outros entoavam gritos como "fora, Cunha", "não, não me representa, não" e "Cunha, seu machista, tu és corrupto e ainda moralista". O parlamentar classificou a manifestação como "intolerância". 


A manifestação começou com a chegada de Cunha ao Teatro Dante Barone, onde o evento é realizado, e não parou nem mesmo durante a execução do Hino Nacional.


O presidente da Assembleia gaúcha, deputado estadual Edson Brum (PMDB), pediu para que os militantes cessassem com os protestos, mas não foi atendido.


Os militantes disseram que só parariam se o presidente da Câmara deixasse a mesa. Desta forma, Brum optou por transferir o evento para o plenário da Assembleia, com acesso restrito a poucos participantes.


"Os que não respeitam nem o hino não podem se permitir nenhum tipo de protesto", disse Cunha no início de seu discurso depois que o fórum foi retomado, longe dos ativistas, lembrando que, mais cedo, os militantes mantiveram as vaias mesmo durante a execução do hino nacional.


"Foi lamentável a intolerância", disse Cunha, acrescentando que está disposto a debater o contraditório, mas "com respeito".




O vice-presidente da República, Michel Temer, e o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, ambos do PMDB, também compõem a mesa. 

Reforma política


Cunha também voltou a dizer que pretende votar em maio a PEC 352, projeto de reforma política proposto pelo PMDB, e atualmente discutido em comissão especial na Câmara dos Deputados.


Ele explicou que, se não conseguir votar na quadragésima sessão da legislatura, fará um esforço concentrado para que a pauta avance. "Faremos uma semana só para isso, para votar a reforma política", explicou.


Segundo Cunha, se não houver uma definição sobre o tema, o Brasil terá, em 2016, uma eleição no mesmo "patamar de confusão" que foi a de 2014.


"Ninguém aguenta mais uma eleição assim", relatou. Ele também disse que é imprescindível estipular um prazo para a votação, pois o Parlamento só funciona com data marcada.

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UOL 

A conta do estelionato

A forte queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff neste primeiro trimestre deve-se à percepção pela população de que foi enganada. A presidente teve que desfazer cada uma das promessas feitas ao longo da campanha e tomar o caminho que falara que seria tomado pelos seus adversários. 


Como argumentei há algumas semanas, o estelionato eleitoral de Dilma é qualitativamente diferente da alteração do regime cambial na virada de 1998 para 1999.

Do ponto de vista das regras de funcionamento da democracia, não há problemas. Estelionato faz parte do jogo. Se houver retomada da economia, haverá tempo suficiente para a recuperação da popularidade. O forte crescimento já em 2000 promoveu a recuperação da popularidade de FHC e, provavelmente, Serra somente não foi eleito em 2002 em razão da forte desaceleração da economia em 2001, fruto do racionamento energético. 


No entanto, as implicações para o jogo da política no Congresso Nacional de tal estratégia não tinham sido previstas pelo comando de campanha petista ao definir o estelionato como o recurso maior da estratégia de campanha. 


No início do mês, o presidente do Senado, Renan Calheiros, devolveu a MP (medida provisória) que aumentava para diversos setores a alíquota da contribuição sobre o faturamento para o financiamento da Previdência Social. 


O objetivo da MP é desfazer um erro que foi cometido no governo anterior. A troca, para financiar a Previdência, da contribuição sobre a folha de salários por contribuição sobre o faturamento com alíquota menor gerou enorme perda de receita. Não há nem havia espaço fiscal para avançarmos nas desonerações. 


De fato, trabalho recente publi- cado no quarto fascículo do ano passado da "Revista Brasileira de Economia", a mais conceituada publicação acadêmica brasileira, in- titulado "A Substituição da Con- tribuição Patronal para o Fatu- ramento: Efeitos Macroeconômicos, sobre a Progressividade e Distri- buição de Renda no Brasil", documenta que não há efeitos econômicos positivos da política. Em par- ticular, a política não reduz as distorções de nosso complexo sistema tributário. Faz todo o sentido desfazer a desoneração. 


O problema é que o Senado havia aprovado no dia 29 de outubro do ano passado a medida provisória que o ministro Mantega enviara ao Congresso Nacional em julho, tornando permanente a desoneração da folha. Evidentemente a aprovação da MP envolveu algum tipo de negociação política. 


O que exatamente ocorreu entre o fim de outubro e fevereiro que justifique desfazer o que foi feito? 


O mesmo ocorre com a aprovação na Câmara, na terça-feira passada, do projeto de lei que obriga a União em um mês a assinar aditivos contratuais de alteração do indexador das dívidas dos Estados e municípios. 


A alteração do indexador foi aprovada no início de novembro no Senado e foi sancionada pela presidente em 26 de novembro. A presidente poderia ter vetado. O que ocorreu entre 26 de novembro de 2014 e agora que justifique a não regulamentação da lei complementar aprovada no fim do ano? 


A menos que acreditemos que a presidente não conhecia a real situação das contas públicas do país, talvez encantada pelas mágicas do secretário do Tesouro Arno Augustin, não houve alteração apreciável da situação fiscal de lá para cá. 


O jogo do Executivo de "agora vota A" e quatro meses depois "agora vota o oposto de A" é tratar o Congresso como marionete. A presidente terá que fazer mais política para explicar aos congressistas os motivos que explicam "A" seguido do "oposto de A". 


João Santana, em entrevista ao jornalista Luiz Maklouf Carvalho no livro "João Santana – Um Marqueteiro no Poder", da editora Record, afirma que não é possível traçar linha clara entre manipulação e informação política. De fato, é difícil haver critérios objetivos que permitam essa distinção. 


O que talvez não constasse do cálculo do marqueteiro é a conta que fica para o dia seguinte de estelionato dessa dimensão. 

Como afirmava Marina Silva, não é bom ganhar perdendo. Não é bom para o governo e não é bom para o país. A conta do estelionato ficou cara demais.

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Mercadante transmite a Levy irritação de Dilma



Dilma Rousseff irritou-se ao saber que Joaquim Levy dissera que ela nem sempre age da forma mais simples e eficaz. Abespinhou-se tanto que determinou ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que transmitisse sua contrariedade ao colega. O recado da presidente foi repassado por Mercadnate a Levy por telefone, no sábado —dia em que a notícia sobre o sincericídio de Levy veio à luz.

Deve-se aos repórteres Ricardo Della Coletta e Fábio Brandt a informação sobre a reação de Dilma. O comentário que desagradou a presidente escorregou dos lábios de Levy na terça-feira da semana passada. Deu-se a portas fechadas, numa conversa com ex-alunos da Universidade de Chicago.

Expressando-se em língua inglesa, Levy disse: “Acho que há um desejo genuíno da presidente de acertar as coisas, às vezes, não da maneira mais fácil… Não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuíno''. Para infortúnio do ministro, suas palavras foram gravadas. E a repórter Joana Cunha fez soar o áudio no site da Folha.

Após conversar com Mercadante, Levy tentou, sem muito sucesso, reposicionar-se em cena. 

Mandou divulgar uma nota. No miolo do texto, anotou:
“O ministro sublinha que os elementos dessa fala são os seguintes: aqueles que têm a honra de encontrarem-se ministros sabem que a orientação da política do governo é genuína, reconhecem que o cumprimento de seus deveres exige ações difíceis, inclusive da Exma Sra. Presidente, Dilma Rousseff, e eles têm a humildade de reconhecer que nem todas as medidas tomadas têm a efetividade esperada”.

O receio do governo é o de que a crítica mal explicada sirva de munição para opositores e governistas rebelados que conspiram no Congresso contra o ajuste fiscal do governo. Um risco que Dilma preferia não correr numa semana em que o Senado ameaça aprovar proposta que obriga o governo a tirar do papel, em 30 dias, a lei que renegocia as dívidas de Estados e municípios com índices menores de correção.

O ruído provocado pela revelação da frase de Levy ecoa às vésperas do comparecimento do ministro à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Conforme compromisso que assumira na semana passada, Levy vai expor aos senadores, nesta terça-feira, os planos econômicos do governo.

Levy espera que suas palavras inspirem o presidente do Senado, Renan Calheiros, e seus pares a retirar de pauta de votações do Senado a proposta que dá um refresco anual de R$ 3 bilhões a Estados e municípios endividados até a raiz dos cabelos dos contribuintes. A hipótese de isso ocorrer parece, por ora, remota.

Para complicar, argumenta-se no Planalto, os comentários de Levy levaram água para o moinho dos contrários. Ora, se nem o ministro da Fazenda considera eficazes as ações de sua chefe, por que os congressistas deveriam dar crédito ao governo?

A despeito da alegada irritação, Dilma optou por não divulgar uma reprimenda pública a Levy. Cogita tratar do assunto quando for provocada por repórteres, numa de suas aparições públicas. Mas parece ter optado pela contemporização. Natural. A eventual saída de Levy criaria dificuldades bem maiores que os sapos que Dilma vê-se obrigada a engolir. Melhor dissolver um Alkaseltzer e reduzir tudo a uma tempestade em copo d'água.

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29 março, 2015

PREVI: Carta ao Presidente




Prezados colegas,

É com satisfação que repasso carta encaminhada pelo grupo "Meia-Dúzia..." ao presidente da PREVI. 
Leitura obrigatória para todos os que se preocupam com o assunto. Longo, porque muitos são os nossos problemas.  Mas, conciso, simples e objetivo. 

Para os que não se lembram, o "Grupo Meia-Dúzia..." é aquele que, no ano passado, recusou-se a ouvir passivamente a apresentação burocrática dos resultados da PREVI, na apresentação em Salvador.

Cordialmente

Ebenézer





Senhor
 
GUEITIRO MATSUO GENSO
Presidente da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil. 

 
Prezado Senhor,
A PREVI é uma entidade privada, criada há mais de 100 anos para administrar o “fundo previdenciário” dos funcionários do Banco do Brasil. Nada obstante estar submetida a regulação específica de leis, resoluções, etc., mais ainda pelo fato do patrocinador (Banco do Brasil) ser uma empresa de Economia Mista, tem dono. Os ASSOCIADOS são os seus verdadeiros PROPRIETÁRIOS.

Desde a fundação a PREVI constituiu o FUNDO PREVIDENCIÁRIO, formado pelo sacrifício de contribuições mensais - por 30 anos ou mais -, de cada um dos seus ASSOCIADOS, todos preocupados em proteger a si e suas famílias ao final dos seus dias e, ao mesmo tempo, protegerem-se de sazonalidades de decisões governamentais - independentemente de partidos políticos -, de planos econômicos e, porque não dizer , do Patrocinador que, por ora, representa.
 
Esse conceito, muitas vezes esquecido, merece ser assimilado por todos aqueles que queiram ou venham a ocupar os cargos de dirigentes da PREVI, indicados ou eleitos. Tentar desconhecer tais conceitos demonstra, no mínimo, falta de qualificação para o exercício do cargo. O que, pelo currículo, parece-nos que não é o seu caso, acrescido de que, também, é um dos ASSOCIADOS.
 
A opulência dos recursos acumulados na PREVI – estimados em R$ 168 bilhões ou quase três vezes o Patrimônio Líquido do Patrocinador - é motivo de cobiça de muitos – políticos, empresários, etc. - que acreditam poder lançar mão – e vêm fazendo - desses recursos como se proprietários fossem, com projetos questionáveis... Essa situação precisa de um basta.

Igualmente, insistir na “reversão” dos excedentes financeiros para o Patrocinador demonstra má fé, ou, no mínimo, desconhecimento dos benefícios fiscais decorrentes da contabilização como “despesa operacional” do montante dos recursos direcionados para a formação do FUNDO. Além disso, soa estranho não reconhecer que essa contribuição integra o “Contrato de Trabalho”, estipulado como contrapartida nos Dissídios Coletivos.

Em carta endereçada ao Administrador anterior, reproduzimos a frase de um ex-Ministro da Educação, o baiano Eduardo Portela, que profetizava: “Eu não sou Ministro, eu ESTOU Ministro”. Isto, para lembrar que todos os ocupantes de cargos públicos, ou privados, têm a transitoriedade como única certeza. Por similaridade, também se aplica aos ocupantes dos cargos da PREVI, indicados ou eleitos.

Essa máxima nem sempre foi observada, principalmente a partir de 1995, quando “interesses externos” passaram a interferir com maior intensidade na gestão da PREVI, com direcionamento dos recursos financeiros, alocação de recursos em participações, aquisições e afins, além da revisão, questionável, da política de benefícios.

Alguns dos dirigentes, eleitos e indicados, subverteram a lógica, ultrapassando a barreira que limita as atribuições de um “administrador”, para atuar como se fossem “únicos proprietários” dos recursos acumulados por todos, numa completa inversão de valores.
 
A condição de boa-fé da maioria dos funcionários do Banco não percebia, ou dava pouca significância, delegando cegamente para alguns a responsabilidade por sua representação sem, no entanto, acompanhar as articulações de “forças estranhas”, internas e externas. Forças essas que se predispõem a interferir no direcionando dos recursos financeiros para aplicação em ativos cujo retorno é incerto, ou de rentabilidade questionável e pouco preocupada com a sobrevivência, perpetuidade e finalidade da PREVI.
 
Tentar desconhecer isso, demonstra alheamento incomum para qualquer Administrador, em especial, aquele que dirige, hoje, um dos maiores fundos de pensão do mundo – a PREVI -, e a tudo que ocorre em tão bem esclarecedora matéria publicada no Correio Brasiliense:
“Donos de R$ 702,3 bilhões, fundos de pensão serão cobiçados no novo Governo”, a qual ressalta: “Além de financiadores de projetos de infraestrutura, fundações de previdência têm participação estratégica em grandes empresas. Só nas oito maiores entidades mantidas por estatais, 70 vagas de diretores serão trocadas nos próximos dois anos” 

(http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2014/10/27/in ternas_economia,454547/donos-de-r-702-3-bilhoes-fundos-de-pensao- serao-cobicados-no-novo-governo.shtml)

Ressalte-se, ainda, que nesses interesses externos concorrem, naturalmente, os grandes empresários e governantes, independente da coloração partidária. Mas cabe aos dirigentes da PREVI manterem-se firmes na defesa intransigente do nosso patrimônio.

É certo e cristalino que existe uma decepção generalizada dos ASSOCIADOS com a maioria dos dirigentes eleitos que, a partir de 1995, sob o argumento de promoverem um saneamento na conturbada relação com o Patrocinador, quedaram-se. Apesar dos discursos inflamados, distanciaram-se da defesa dos interesses dos LEGITIMOS PROPRIETÁRIOS ao defender uma atuação monolítica em conjunto com os representantes do Patrocinador, proporcionando uma “UNANIMIDADE” que, muitas vezes, contraria os interesses daqueles aos quais juraram representar. Exemplos não faltam:
 
a) não esboçaram qualquer reação contra a Lei Complementar 108/2001 que extinguiu a consulta ao CORPO SOCIAL e instituiu o VOTO DE QUALIDADE (apelidado de “voto mi-inerva”) para o Patrocinador decidir, sempre a seu favor, qualquer tipo de matéria, inclusive instituir de forma ditatorial o abominável “BÔNUS” para os dirigentes, com base no desempenho do Banco, no valor semestral de até R$ 500.000,00;
 
b) não esboçaram qualquer reação contra a Resolução CGPC/PREVIC/MPS 26/2008, que instituiu a “reversão de superávit” para o Patrocinador permitindo a transferência de 7,5 bilhões de reais, contrariando o que determina a Lei Complementar 109/2001 que obriga, neste caso, a “revisão do plano de benefícios”, conforme amplamente divulgado no parecer do Ministro do STF, Celso de Mello, demonstrando a ILEGALIDADE da referida resolução;
 
c) não esboçaram qualquer reação pela não implantação do “Teto de Benefícios”, estabelecido desde 2008, homologado pela PREVIC, e, pior, instituíram uma “casta de beneficiários estatutários”, promovendo enriquecimento ilícito e uma verdadeira sangria nos cofres da PREVI, decorrente de ausência de contribuições para fazer jus a este “novo patamar” muito superior ao que corresponde o maior salário do funcionário do quadro de carreira do BB, o NRF-1;

d) não esboçaram qualquer reação para revisão do “Plano de Benefícios” para reverter os prejuízos decorrentes da alteração da metodologia de cálculo, principalmente dos funcionários que se aposentaram no período de 1997 a 2004;

e) demonstram desinteresse na utilização da metodologia de cálculo instituída pela INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES No 45, DE 06 DE AGOSTO DE 2010, que assegura benefício pela média do período contributivo, descartando a fórmula atual de apenas considerar a média dos últimos 36 meses e toda a distorção embutida, inclusive as, eticamente condenáveis, “super-aposentadorias”.

A fórmula dos últimos 36 meses beneficia carreira meteórica decorrente de “fatores extemporâneos” (alinhamento político- partidário ou atitudes antiéticas de práticas de trabalho noturno na DITEC pelo período mínimo necessário para incorporação destes valores na definição do benefício final da PREVI, etc.). Nos casos inversos, penaliza aqueles que muitas vezes por motivos alheios a sua vontade, viram suas carreiras serem encerradas em condições adversas, nada obstante a ocorrência de contribuições superiores na maior parte do período contributivo integral.

A Instrução do INSS instituiu a “Média aritmética de 80% das maiores contribuições, corrigidas, monetariamente, a partir de 1994 até o mês anterior à concessão do benefício” de maior justiça, pois compatibiliza benefício com todo o período de contribução;

f) demonstram desinteresse na discussão do fator previdenciário instituído pela própria PREVI, denominado de “Parcela PREVI”, que penaliza aqueles colegas que recebem os menores benefícios e pensionistas;

g) não demonstraram interesse na revisão e enquadramento do nível de exposição em renda variável (60%) muito superior aos limites previstos na normatização dos Fundos Previdenciários, deixando-nos vulneráveis;

h) não demonstraram interesse na revisão - para baixo - da taxa de administração, atualmente 4%, pela gestão dos recursos pela PREVI, quando instituições financeiras cobram bem menos de 1% (um por cento) ou performance;

i) ainda, ignoram a necessidade de revisão do “Código de Ética” que está funcionando como verdadeira mordaça dos Conselheiros e dirigentes eleitos, reduzindo o “pacto de silêncio” para o estritamente necessário;

j) dificultam ou se recusam a fornecer informações: contábeis, patrimoniais e negociações envolvendo nosso Patrimônio,

principalmente quando existe suspeição. Como exemplo, a negociação das ações da USIMINAS em outubro/2014, quando atingiu a menor média dos últimos 5 anos, para, em seguida, ver que o valor negociado no mercado foi quadruplicado, sinalizando uma perda superior a MEIO BILHÃO de reais;

k) aceitaram, placidamente, a substituição do referendum da “prestação de contas” pela burocrática “apresentação de relatórios” - questionáveis – pois já publicados e homologados, ignorando a opinião e decisão dos legítimos proprietários, etc. Neste ano de 2015, nem mais presencial ocorre, somente pela Internet.

Certamente, as despesas patrocinadoras do “trem da mordomia” não são a maior das justificativas... Talvez o medo de encarar de frente os ASSOCIADOS e demonstrar o pífio desempenho, os “benefícios irregulares”, tipo BÔNUS e as “super-aposentadorias”, venha a se constituir na razão maior. Não é verdade?

Os fatos (mazelas) listados acima, dentre outros, passaram a acender uma “lanterna”, pois sentimos que a perpetuidade do FUNDO está comprometida devido à falta de transparência e a supressão da análise e decisão sobre as contas da PREVI pelo CORPO SOCIAL.

Além disso, os “sinais” emitidos por outros Fundos semelhantes à PREVI, decorrentes de “Gestões Equivocadas”, amplamente divulgados pela imprensa, indicam uma invulgar necessidade de “tomar conta do que é nosso”.

Hoje, o discurso de que os “benefícios” continuam sendo creditados em dia não é mais suficiente para um alto índice de satisfação dos legítimos proprietários dos Fundos de Pensão.

As desconfianças aumentaram quando o Presidente anterior publicou uma Nota Pública dirigida aos associados e aos meios de comunicação, condenando o MANIFESTO dos funcionários eleitos para atuarem como representantes desses legítimos proprietários que, aproveitando o último (35o) Congresso da ABRAPP, somaram-se em número e intenção aos representantes eleitos de legítimos proprietários de outros Fundos de Pensão.
 
Afinal, o que de tão estarrecedor foi dito naquele Manifesto que chocou
tanto?

- reafirmar que cabe aos eleitos manterem-se comprometidos com os destinos dos Fundos de Pensão, em função das ameaças conhecidas e amplamente divulgadas na mídia?
- ratificar a disposição de proteger e salvaguardar os interesses dos participantes (proprietários) dos Fundos?
- reforçar a disposição de rediscutir legislações e mecanismos regulatórios que afetam os direitos dos participantes?

- atuar em defesa da ampliação da transparência, com disponibilidade de informações relevantes em quantidade e qualidade para ampliar a participação na Governança do Fundo Previdenciário, Alocação de Recursos Financeiros e Investimentos, já que somos os seus legítimos proprietários?

Cansados de servir de “massa de manobra”, constituímos o “GRUPO MEIA DÚZIA DE TRÊS OU QUATRO” reunindo colegas de formação pessoal diversa – econômica, política, partidária e social -, para análise, em fóruns próprios, dos aspectos que vêm sendo descumpridos pelos dirigentes da PREVI, bem como as ações administrativas ou judiciais aplicáveis, visando assegurar a perpetuidade do nosso FUNDO DE PREVIDENCIA e, consequentemente, a finalidade para o qual foi criado: garantir a medida contraprestação em forma de benefícios, ou pensões, mensais.
 
O GRUPO MEIA DÚZIA DE TRÊS OU QUATRO, exatamente por não ter compromisso com qualquer viés ou coloração partidária, trará para o centro de discussão todos os assuntos que, mesmo considerados “espinhosos”, devam ser tratados com responsabilidade, lisura, transparência e respeito. Assim, informamos que algumas das questões listadas já estão sendo conduzidas nas esferas administrativa, política e judicial.
 
Endereçamos cartas aos Senadores que demonstraram solidariedade e, ao mesmo tempo, repúdio à interferência e desrespeito àquela Casa Legislativa, decorrente da Resolução CGPC/PREVIC/MPS 26/2008, em completo desacordo com o que estabelece a LC 109/2001, no quesito de reversão de valores para o patrocinador, reconhecida como ILEGAL, em parecer conclusivo emitido pelo Ministro do STF, Celso de Mello.
 
Endereçamos uma carta de repúdio ao Administrador anterior da PREVI, exigindo respeito aos colegas ELEITOS. Afinal, eles estão aí para nos representar – VERDADEIROS PROPRIETÁRIOS DA PREVI -, com os seus OLHOS, OUVIDOS, BOCAS e o que mais julgarem necessário.
 
Esclarecemos que os colegas eleitos - enquanto estiverem reafirmando os propósitos listados no Manifesto divulgado no 35o Congresso da ABRAPP-, contarão com nosso irrestrito apoio e, para defendê-los, iremos às últimas consequências.
 
Desejamos que o colega venha com o espírito desarmado e disposto a reabrir, prontamente, um diálogo com os ASSOCIADOS. Porém, ainda mais importante, criar uma agenda positiva para reverter as “mazelas” descritas acima.
 
Hoje, nós agradecemos àqueles que SONHARAM e viabilizaram a PREVI. Não gostaríamos que o colega fosse lembrado como mais um que está fazendo este sonho ruir...
 
Faz um ano da primeira manifestação pública do GRUPO MEIA DÚZIA DE TRÊS OU QUATRO: proclamação do “GRITO DOS DESASSISTIDOS” para demonstrar toda a nossa indignação contra os desmandos da PREVI. Infelizmente, as mudanças na PREVI foram para pior, muito pior: redução das reservas especiais em R$ 12 bilhões!
 
Ficamos na expectativa e na certeza de que as nossas observações serão do seu interesse e o farão adotar agilidade em dar encaminhamento com brevidade às buscas de soluções para os problemas relatados!
 
Exatamente por não ter nada de pessoal contra você, colega, daremos nosso voto de confiança. Seja muito bem vindo!
 
Um abraço,
 
JOSÉ BEZERRA RODRIGUES
 
Pelo Grupo MEIA DÚZIA DE TRÊS OU QUATRO
 
José Bezerra Rodrigues
 
Coordenador Geral
 
André Luiz Fernandes Mascarenhas
 
Coordenador Relações Jurídicas

Endereço: Travessa Vila Ferraro, 90 apto. 701 - Bairro Canela CEP: 40.110-030
 Salvador (BA) 

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28 março, 2015

A sorte de Dilma será decidida nas ruas

Publicado em 26 de mar de 2015
Marco Antonio Villa, colunista de VEJA e historiador, fala sobre as novas manifestações anti-governo marcadas para o dia 12 de abril. "O processo de 'despetização' do Brasil será árduo", avalia. No 'Aqui Entre Nós', Villa sentencia: "A Páscoa não será doce para o PT". Acompanhe a conversa.



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Dilma, com pires na mão, bate à porta do Congresso… e vai perder mais uma





Publicado em 26 de mar de 2015
A bronca do momento é com a fórmula de reajuste das dívidas de estados e municípios com a União. O juros cobrados pelo governo federal são de agiota. No final do ano passado, o antigo governo topou renegociar. Agora, o novo governo diz que não pode pagar a conta. O detalhe é que a presidente é a mesma.


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'Congresso dá um baile no governo', diz Lauro Jardim

Publicado em 26 de mar de 2015
Colunista do Radar on-line diz que Eduardo Cunha e Renan Calheiros comandam o espetáculo ao tomarem as rédeas da situação. Marcelo Madureira fala sobre a lista de desempregados no governo Dilma. E o colunista de VEJA Augusto Nunes comenta a demissão de Thomas Traumann, ex-secretário de Comunicação Social.


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