O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, relator dos
processos da Operação Lava Jato, não aceitou um pedido feito pelo PPS
para que a presidente Dilma Rousseff fosse investigada nos inquéritos
que correm na corte.
Em linguagem jurídica, Zavascki não "conheceu" o pedido, ou seja, sequer
avaliou os argumentos que justificavam o pleito do PPS. Na petição enviada à corte pelo deputado Raul Jungmann
(PPS-PE) era dito que as delações da Lava Jato apontavam a entrega de
recursos desviados da Petrobras para a campanha de Dilma de 2010.
O pedido ainda dizia que, ao contrário do que sustentou o Ministério
Público quando disse que não investigaria Dilma, a Constituição permite
apurações sobre os atos do presidente, mesmo que estes não estejam
ligados ao mandato.
Zavascki, no entanto, considerou a peça enviada pelo PPS como apócrifa,
uma vez que não possuía assinatura nem de Jungmann e nem de um advogado.
"A petição de agravo regimental é apócrifa e sequer indica quem seria o
possível subscritor, se advogado ou não (...) ante o exposto, não
conheço do requerimento", diz trecho da decisão.
Após tomar conhecimento da posição de Zavascki, o deputado Jungmann divulgou nota dizendo que irá recorrer da decisão.
APOIO
Nesta manhã, antes da decisão de Zavascki, partidos de oposição haviam
combinado de subscrever a petição do PPS enviada ao Supremo. Na situação
atual, as siglas terão de decidir se apresentam um novo pedido de
investigação ou se assinam conjuntamente o recurso do PPS.
A oposição considera que as investigações contra Dilma ganharam força
após o Ministério Público denunciar o tesoureiro do PT, João Vaccari
Neto, na Lava Jato. O Ministério Público Federal denunciou nesta segunda
(16) mais 27 pessoas, entre elas o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto,
e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque por corrupção, lavagem de
dinheiro e formação de quadrilha no esquema de corrupção da Petrobras.
Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) disse que o fato de Dilma
ser presidente da República não impede o STF de investigar sua conduta
em relação ao esquema de propinas na Petrobras.
"Não há ninguém imune a qualquer tipo de investigação. Lamentavelmente,
nem a presidente da República e nem o seu governo compreendeu a dimensão
do que está acontecendo no Brasil", afirmou.
O tucano articulou reunião dos principais líderes da oposição nesta
terça (17) em que ficou decidido o pedido de investigações sobre Dilma.
Derrotado pela petista nas eleições de outubro, Aécio e os partidos de
oposição querem aproveitar o sentimento "anti-PT" demonstrado nas
manifestações de domingo para mobilizarem a oposição contra o governo
federal.
Além do PSDB, DEM, PPS e Solidaridade, representantes do PSB, PMDB e PP
participaram do encontro –os chamados "dissidentes" dos partidos aliados
do governo.
A depender de Zavascki a vaca vai para o brejo mas Dilma não será investigada!
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