18 março, 2015

Após fala na Câmara, Casa Civil confirma saída de Cid Gomes de ministério 56


O ministro Cid Gomes (Educação) pediu demissão nesta quarta-feira (18) à presidente Dilma Rousseff. A informação foi confirmada pela Casa Civil. A saída dele ocorreu após uma fala do ministro na Câmara. 



Cid foi convocado pelo Legislativo para explicar uma  declaração dada por ele na Universidade Federal do Pará em que disse: "Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas".


Ao pedir desculpas aos parlamentares, Cid cobrou da base aliada novamente o apoio a matérias de interesse do governo. "Partidos de oposição têm o dever de fazer oposição. Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o osso, saiam do governo", disse Cid.

 

As declarações de Cid incomodaram os deputados e foi criticada por vários parlamentares. Alguns deles chegaram a recomendar sua saída na tribuna.

 

Ele disse ainda, ao se referir ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),  que era preferível ser mal-educado do que ser acusado de achaque. "Prefiro ser acusado por ele de mal-educado do que ser acusado como ele de achaque", disse Cid, apontado para a Mesa Diretora onde estava Cunha.

 

Pouco depois, ao retomar a fala, Cid fez novas acusações e abandonou o plenário da Câmara quando foi acusado de fazer "papel de palhaço" pelo deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ), partido da base aliada. 

 

Antes da saída de Cid do Ministério da Educação, o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), condicionou o apoio do partido ao governo a sua demissão. Após a demissão, Picciani disse que não haveria outra saída para o agora ex-ministro. 

 

"Não esperávamos outra atitude que não fosse essa. O que ele demonstrou aqui foi falta de formação democrática, de formação republicana. Ele saiu daqui como um fanfarrão porque veio aqui, falou o que quis, ouviu o que não quis, saiu como menino mimado. Fiquei com uma péssima impressão dele como homem publico. Agente incapaz de exercer a função pública", disse o líder do PMDB após a demissão de Cid.

 

Pouco antes da confirmação da informação pelo Planalto, o presidente da Câmara já havia antecipado na tarde desta quarta-feira (18) que o ministro sairia do cargo.

 

Ex-integrante do PSB, Cid Gomes chegou ao ministério por ter se mantido fiel a Dilma Rousseff. Ele rejeitou a ideia de candidatura própria do partido à presidência – a legenda teve a ex-senadora Marina Silva como candidata após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. O grupo ligado a Cid Gomes, que inclui o irmão Ciro Gomes, deixou o PSB em setembro de 2013 e se filiou ao PROS (Partido Republicano da Ordem Social).

 E assim, a casa vai caindo... falta pouco para desmoronar



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