Protestos de março de 2015
Manifestações contra o governo de Dilma Rousseff alcançaram 16 Estados, além do Distrito Federal, durante a manhã deste domingo (15). Há novos atos programados para o período da tarde em boa parte do país.
Os manifestantes exibiam faixas com mensagens que pedem o impeachment da
presidente, intervenção militar, o afastamento do PT do poder e
críticas à corrupção na Petrobras. Gritos de "Fora Dilma", além de
ofensas contra a presidente, também foram comuns.
Grande parte vestia as cores verde e amarelo e ostentava a bandeira do
Brasil. O hino brasileiro foi entoado diversas vezes. Até as 13h deste
domingo, não houve relatos de confrontos ou vandalismo.
Ribeirão Preto,
no interior paulista, reuniu uma das maiores manifestações. Segundo a
PM, pelo menos 40 mil pessoas lotaram 13 quarteirões da cidade em ato
que concentrou empresários, estudantes e aposentados.
O cenário foi semelhante em Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar,
por volta das 12h, mais de 24 mil pessoas se aglomeravam na Praça da
Liberdade. Segundo os organizadores, o número chegou a 35 mil. Na
capital mineira, foram vistas várias faixas contra deputados e
senadores, além de pedidos de pena de morte para ladrões, traficantes,
corruptos e corruptores.
A marcha em Belo Horizonte seguiu até o Palácio da Liberdade, uma das
sedes do governo mineiro. Os manifestantes entoaram gritos contra o
governador Fernando Pimentel (PT). No carro de som, um homem dizia que
Pimentel levaria o recado até Dilma.
O do Rio de Janeiro
reuniu Reuniu 50 mil manifestantes em Copacabana, segundo os
organizadores, ou 15 mil, segundo estimativa da PM por volta de 10h30 –o
número não foi atualizado.
À tarde haverá novo protesto no Centro, a partir das 16h, convocado pelo
movimento Legalistas, que defende intervenção militar. A expectativa é
que seja menor que o da manhã. Será coberto por Marco Antônio Martins e
Bruna Fantti, com fotos de Fábio Teixeira.
Em Brasília,
uma multidão tomou o gramado em frente ao Congresso Nacional. A Polícia
Militar do Distrito Federal estima em 40 mil pessoas o público que foi à
manifestação. Os organizadores do protesto dizem que cerca de 100 mil
foram à Esplanada dos Ministérios.
Poucas pessoas que participam da manifestação em Brasília defenderam medidas radicais, como a intervenção militar.
Sérgio Lima/Folhapress | ||
Manifestação contra a presidente Dilma Rousseff na Esplanada dos Ministérios, em Brasília |
NORDESTE
No Recife, o ato reuniu cerca de 5.000 pessoas, segundo a PM. A avenida
Boa Viagem foi quase toda ocupada pela manifestação. Um boneco gigante
vestido de juiz com uma mangueira fazia referência ao juiz Sérgio Moro,
que atua no caso investigação pela Operação Lava Jato. Um morador de
edifício na orla de Boa Viagem exibiu uma bandeira vermelha e foi vaiado
pelos manifestantes.
Na capital baiana, cerca de 7.000 pessoas, segundo a polícia,
participaram do protesto. Os manifestantes exibiram bonecos de Olinda
–um deles do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa.
Em Belém, a polícia estima em 15 mil pessoas o ato que reuniu, também, maçons e sindicatos.
SUL E SP
Já em Porto Alegre, a polícia teme o encontro de dois grupos. Um dos
protestos pede a reforma política, mas é contrário ao impeachment. O
evento chamado "coxinhaço" teve churrasco de coxinhas e foi organizado
pelo Bloco da Diversidade.
À tarde, está agendado protesto pelo impeachment da petista.
Manifestantes já se concentram na av. Paulista para o protesto em São Paulo
contra o governo marcado para a tarde deste domingo (15). O ato está
previsto para as 14h. Eles estão em frente ao Masp, onde um grupo de
motociclistas chegou a bloquear a avenida. Organizadores do ato
distribuem vuvuzelas gratuitamente.
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