Responsável pelas ações judiciais da Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro (foto) aceitou
nesta segunda-feira a denúncia da Procuradoria da República contra dois
personagens que vinculam o PT ao escândalo da Petrobras: o tesoureiro
da legenda, João Vaccari Neto; e o ex-diretor de Serviços e Engenharia
da estatal, Renato Duque, indicado para o antigo posto pelo grão-petista
José Dirceu.
Com essa decisão, Vaccari e Duque passaram da
condição de indiciados para a de réus. Junto com os dois, desceram ao
banco dos réus na nova ação penal 25 pessoas. Entre elas o ex-diretor de
Abastecimento Paulo Roberto Costa, o ex-gerente Paulo Barusco e o
doleiro Alberto Youssef.
São acusados de três crimes: corrupção,
lavagem de dinheiro e formação de quadrilha (Youssef livrou-se da
acusação de corrupção por já responder pelo mesmo crime noutro
processo). A denúncia havia sido protocolada pelos procuradores da Lava
Jato há uma semana.
Dias antes, Renato Duque fora preso pela
segunda vez. Voltou para a cadeia porque foi pilhado realizando
movimentações bancárias no estrangeiro. Transferiu da Suíça para Mônaco
cifras superiores a 20 milhões de euros. Ele nega a propriedade do
dinheiro e o cometimento de crimes.
Na denúncia que virou ação
penal, a Procuradoria sustenta que Duque se reunia com o tesoureiro
petista Vaccari para acertar o rateio das propinas auferidas na
Petrobras. A verba migrava para a caixa registradora do PT na forma de
doações oficiais de fornecedores da Petrobras para o partido. Coisa de
R$ 4,2 milhões, em 18 meses.
Vaccari e o PT alegam que tudo foi
feito dentro da lei. O procurador Deltan Dallagnol, que integra a
força-tarefa da Lava Jato, contesta: “Vaccari tinha consciência de que
os pagamentos eram feitos a título de propina.''
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17.mar.2015
- Ex-diretor da Área Serviços e Engenharia da Petrobras Renato Duque,
chega ao Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba (PR), onde realizou
exame de corpo de delito nesta terça-feira (17). Ele foi detido na 10ª
fase da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na
estatal Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo
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