A prisão de Renato Duque, ex-diretor da Petrobras ligado ao PT, nesta
segunda-feira (16), foi classificada dentro do governo como uma "notícia
ruim depois da outra" para os petistas, numa alusão ao fato de que a
detenção vem um dia depois das manifestações em todo o país contra a
presidente Dilma e contra seu partido.
O temor entre petistas é que Duque seja levado a tomar o mesmo caminho
do ex-diretor Paulo Roberto Costa, que, preso pela segunda vez, acabou
fechando um acordo de delação premiada e revelando como funcionava o
esquema de corrupção em sua diretoria.
Tão logo foi divulgada a prisão de Renato Duque,
petistas reclamavam não compreender a nova detenção do ex-diretor, já
que ele havia sido liberado por uma decisão do STF (Supremo Tribunal
Federal). Mais uma vez o juiz Sérgio Moro, que comanda o inquérito da
Lava Jato, foi alvo de críticas da parte de petistas.
Segundo a Polícia Federal, a prisão foi decretada porque o ex-diretor
estaria movimentando dinheiro depositado em contas no exterior. A PF
afirmou que Duque transferiu 20 milhões de euros (cerca de R$ 68
milhões) de contas na Suíça para contas no principado de Mônaco.
O dinheiro foi bloqueado por autoridades de Mônaco, segundo decisão do juiz Sergio Moro, que decretou a prisão de Duque.
Além de Duque, já foram presos nesta manhã do empresário Adir Assad
-investigado sob suspeita de manter empresas laranjas e usá-las para
lavar dinheiro- e Lucélio Roberto von Lehsten Góes, filho de Mario Góes,
que já está preso em Curitiba e é apontado como operador do esquema de
corrupção na Petrobras.
Os outros alvos dos mandados de prisão temporária são Sonia Mariza
Branco, Dario Teixeira Alves Junior e Sueli Maria Branco. Eles são
investigados por terem ligações com empresas que teriam sido usadas no
esquema de lavagem de dinheiro, como Rockstar, Legend e Power.
O advogado de Duque,Alexandre Lopes, nega que seu cliente tenha feito a
transferência do dinheiro. "A história dessas contas é muito estranha,
eu não tenho conhecimento disso, acho que não aconteceu", afirmou.
PROTESTOS
As manifestações de rua
realizadas neste domingo (15) contra o governo da presidente Dilma
Rousseff e o PT alcançaram todos os Estados do país, com protestos
reunindo milhares de pessoas mesmo em redutos petistas.
Os atos ocorreram em pelo menos 152 municípios brasileiros -incluindo
todas as capitais exceto Palmas (TO)- e, em geral, tiveram um perfil
pacífico, sem confrontos violentos entre opositores e partidários do
governo.
O maior ato ocorreu em São Paulo, onde 210 mil pessoas passaram pela avenida Paulista ao longo do dia, segundo o Datafolha, apesar da chuva intermitente.
Pelo país, quase 1 milhão de pessoas foram às ruas.
É assim, contestando prisão de corruptos, que os petistas querem que acreditemos que vão combater a corrupção
FOLHA
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