Representantes de entidades da sociedade civil instalaram nesta
terça-feira (24) 200 sacos simbolizando dinheiro no gramado em frente ao
Congresso Nacional.
O protesto é contra o financiamento privado de campanhas, que está em
discussão por deputados na proposta de reforma política. A medida é
considerada a principal polêmica do debate, colocando em lados opostos
PT e PMDB, os dois maiores partidos do Congresso.
Segundo o integrante da Comissão para Reforma Política da CNBB, Marcello
Lavenère, a ideia é mostrar para os congressistas a importância de
banir o financiamento privado de campanhas.
"Nós estamos com 200 sacos simbolizando dinheiro numa manifestação
contra essas propostas que constitucionalizam, que põem pessoas
jurídicas, empreiteiras, financiando as eleições com consequências
nefastas", disse.
O financiamento das eleições divide até mesmo o PMDB, partido do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e que tem garantido que dará
prioridade ao texto.
A maior parte dos peemedebistas que respondeu a uma sondagem interna
declarou que prefere que as doações a candidatos sejam restritas a
pessoas físicas ou que seja exclusivamente público. Mas a cúpula do
PMDB, Cunha incluído, é a favor de que as empresas, hoje as maiores
financiadoras das disputas eleitorais, continuem podendo fazer doações.
O STF (Supremo Tribunal Federal) caminha para proibir essa
possibilidade, mas a Câmara pretende aprovar mudança na Constituição
para incluir a doação de empresas antes que o tribunal conclua o
julgamento.
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