O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF (Supremo
Tribunal Federal) parecer defendendo que Renato Duque, ex-diretor de
serviços da Petrobras, volte à prisão.
Segundo Janot, as medidas de substituição à prisão, como apreensão de
passaporte e proibição de viajar para fora do país, são insuficientes
para evitar uma fuga de Duque, que é investigado na Operação Lava Jato.
Ele diz que Duque "possui inúmeras possibilidades de se evadir por
inúmeros meios e sem mínimo controle seguro, especialmente se
consideradas as continentais e incontroladas fronteiras brasileiras".
Ele também contesta o argumento dos advogados de que o juiz Sérgio Moro,
do Paraná, não teria competência para comandar a investigação já que a
sede da Petrobras fica no Rio de Janeiro.
Duque chegou a ser preso em novembro do ano passado e foi liberado no
começo de dezembro, após decisão do ministro do STF Teori Zavascki, que
considerou sua prisão irregular. Agora, o caso será analisado por outros
ministros do Supremo.
Mônica Bergamo, jornalista, assina coluna diária com informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999.
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