O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai indicar todos os
políticos que serão investigados, incluindo os crimes de que são
suspeitos, no bloco de denúncias e pedidos de abertura de apuração
relativos à Operação Lava Jato que irá apresentar em fevereiro ao STF
(Supremo Tribunal Federal).
Janot participou nesta terça-feira (27) da abertura dos trabalhos do
CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Nesta tarde, também
realiza a primeira reunião com o grupo de trabalho que criou para
auxiliá-lo nas investigações.
Paulo Lisboa - 11.dez.14/Brazil Photo Press/Folhapress | ||
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dá entrevista para falar sobre a Lava Jato, em Curitiba |
A partir desta reunião serão definidas as tarefas de cada dos oito
procuradores do grupo. Ainda não está certo se as primeiras denúncias e
pedidos de abertura de inquérito serão apresentadas antes ou depois do
Carnaval, que neste ano acontece no dia 17 de fevereiro. Na
Procuradoria, o mês é tido como limite para o envio do material.
Quando os pedidos forem feitos ao Supremo, Janot revelará a lista com
todos os denunciados e indiciados. Serão apresentadas denúncias contra
políticos que o Ministério Público considera já ter provas de
participação no esquema.
Os inquéritos, por sua vez, serão abertos contra as autoridades em que só há indícios de participação.
Ao abrir a lista, o procurador-geral também deve dar publicidade a parte
dos processos, mantendo em sigilo somente os casos em que o segredo de
se faça necessário para não atrapalhar a produção de provas.
Dentro dos processos da Lava Jato, Janot ainda trabalhará na produção de
sugestões a serem enviadas ao Legislativo. Sua intenção é, a partir das
fragilidades identificadas, propor leis que possam evitar futuros casos
de corrupção como os identificados na Lava Jato.
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