O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso
durante a Operação Lava Jato, arrolou nesta segunda-feira (26) oito
testemunhas de defesa na ação penal em que é acusado de receber propina
para facilitar a compra de sondas de perfuração, entre elas a presidenta
Dilma Rousseff e o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli.
Por iniciativa do advogado Edson Ribeiro, que defende o ex-diretor,
Dilma e Gabrielli foram indicados para depor a favor de Cerveró por
terem ocupado os cargos de presidenta do Conselho de Administração e de
presidente da Petrobras, respectivamente. De acordo com Código de
Processo Penal, o acusado tem direito de arrolar testemunhas e requerer
sua indicação, quando necessário, mas todas as testemunhas podem se
recusar a comparecer.
Na resposta à abertura da ação penal, a defesa também pediu a
absolvição sumária do ex-diretor da Petrobras, por entender que não há
provas contra ele. Cerveró está preso na Superintendência da Polícia
Federal em Curitiba, mas por outro motivo. Segundo a Justiça, ele tentou
se desfazer de bens para evitar o confisco.
De acordo com o advogado, os depoimentos de delação premiada que
incriminaram Cerveró não são válidos. "A expectativa de uma prisão em
razão da prática de diversas condutas delituosas o colocou em condições
de pressão extrema, fazendo com que suas declarações não possam ser
consideradas voluntárias, espontâneas, livres de constrangimento, como
determina a lei. Portanto, a obtenção de sua colaboração, nessas
condições de constrangimento, não se coaduna com os preceitos
constitucionais, sendo nula de pleno direito", argumentou Ribeiro,
referindo-se a depoimento de Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal.
Na ação penal, além de Cerveró, foram denunciados o doleiro Alberto
Youssef, o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e
Júlio Camargo, um dos delatores do esquema de corrupção. Na denúncia, o
Ministério Público (MP) afirma que Cerveró, Soares e Júlio Camargo
acertaram o pagamento de propina em contratos com a Petrobras.
De acordo com o MP, houve pagamento de US$ 15 milhões, em 2008, para
que a Petrobras contratasse um navio-sonda a ser usado na perfuração de
petróleo em águas profundas na África. O valor do contrato era US$ 586
milhões. Segundo a denúncia, após a confirmação de que a propina seria
paga, Cerveró atuou para fechar o negócio com o estaleiro Samsung Heavy.
Após o acerto, Fernando Soares recebeu os valores indevidos e repassou
parte para Cerveró.
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14.jan.2015
- O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró chega
ao IML (Instituto Médico Legal) de Curitiba onde passa por exame de
corpo de delito, antes de ser encaminhado para a Delegacia da Polícia
Federal da capital paranaense, nesta quarta-feira (14). Cerveró foi
preso ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no
Rio de Janeiro, no início da madrugada. Cerveró é acusado de
envolvimento no suposto esquema de corrupção na estatal apurado pela
Operação Lava Jato. Ele responde pelos crimes de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro Leia mais Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo
FOLHA
COMENTÁRIO DA BLOGUEIRA : depois de MENTIR muito em campanha dilma não terá dificuldade de repetir o feito na Operação lava Jato.
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