13 março, 2015

Impeachment de Dilma é 'inviável e impensável', diz vice Michel Temer

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta sexta-feira (13) que é "absolutamente inviável e impensável" falar em impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo o peemedebista, manifestações são "legítimas" e até boas para a democracia, desde que sejam pacíficas, sem agressões a pessoas e a patrimônios. 

"Sobre essa história de impeachment, eu nem falo nisso, porque é absolutamente inviável, impensável, é uma quebra da institucionalidade que não é útil para o país. Se o país passa uma dificuldade, você supera essa dificuldade, mas não pensa nessa hipótese", disse Temer, primeiro na hierarquia de uma eventual vacância do cargo. 

O deputado Jair Bolsonaro protocolou nesta sexta, na Câmara, um pedido de impeachment da presidente Dilma. 

Considerado um dos deputados mais conservadores e crítico do PT, o congressista recorre principalmente ao esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela operação Lava Jato, da Polícia Federal, para justificar o pedido. 

O Solidariedade, partido do deputado Paulinho da Força (SP), anunciou nesta quinta que pretende usar as manifestações para dar fôlego à campanha pelo impeachment. A meta do partido é reunir 1 milhão de assinaturas para entregar ao Congresso um pedido formal para a retirada da petista do comando do país. 

AMBIENTE POLÍTICO
 
Temer disse que vai trabalhar para que o ambiente político com o Congresso melhore e que isso "facilitará muitíssimo" a sua participação na articulação política do governo.
O vice-presidente só passou a participar mais das articulações políticas por causa da crise e das dificuldades que Dilma tem enfrentado com os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, ambos do PMDB. 

"Há poucos dias visitei o Congresso e disse que o Executivo não governa sozinho. Tem que haver ajustamento entre Executivo e Legislativo e isso está sendo feito", afirmou Temer, dando como exemplo a negociação em torno da correção da tabela do Imposto de Renda. "Vamos seguir nessa linha", emendou. 

O próximo passo é a aprovação das medidas de ajuste fiscal que estão no Congresso e que o governo considera primordiais para a recuperação da economia e das contas públicas. Temer disse haver possibilidades de aprovação por causa "do diálogo", e que fará reunião na próxima semana com líderes no Congresso buscando esse entendimento. 

"Colaborarei muito nesse diálogo institucional. Na conversa, muitas vezes o Executivo tem uma proposta percentual e não é a proposta desejada pelo Congresso, nesse momento é preciso fazer o ajustamento", afirmou. 

Segundo ele, não está em pauta o Executivo dar mais cargos para o PMDB para ajustar o apoio do partido ao governo, mas deixou a questão para Dilma. "Não está em pauta isso, isso é uma decisão, no regime presidencial, da presidente. É ela que decide", afirmou.
 
PROTESTO
 
Temer participou de um encontro dos presidentes dos Tribunais de Justiça do país representando a presidente Dilma Rousseff. 

Dilma cancelou sua participação na noite desta quinta-feira (12), quando já havia manifestações em redes sociais para vaiá-la na entrada do prédio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, no centro de Belo Horizonte. 

Apesar da previsão de protestos, apenas três idosos fizeram um ato do outro lado da rua durante o evento. Eram dois homens e uma mulher aposentados. Ela era a única que gritava, falando palavras de ordem como "ladrão", "saúde" e "educação". Temer não viu a manifestação porque entrou por outra rua. Havia policiais e seguranças no entorno do prédio. 

Na saída, o grupo ganhou a adesão de mais duas mulheres do interior de Minas que estavam na cidade para tratamento médico. Enquanto os convidados da Justiça deixavam o evento, as três mulheres gritavam. 

Dilma cancelou sua ida ao evento por causa da saúde da mãe, segundo informou a assessoria do Planalto.




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