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Empreiteiros presos preventivamente na Operação Lava Jato, da Polícia
Federal, manifestaram nesta terça-feira (24) a preferência por
permanecer na carceragem da PF de Curitiba (PR) ao invés de serem
transferidos ao sistema prisional estadual.
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelas processos criminais da
operação, havia intimado, na segunda, os advogados de defesa a comunicar a preferência de seus clientes.
O questionamento foi feito depois que a Folha publicou relatos sobre as condições dos executivos que estão sob custódia da polícia.
Os advogados de Erton Medeiros Fonseca e Eduardo Hermelino Leite responderam sucintamente ao despacho.
Já os defensores de Agenor Franklin Magalhães Medeiros, José Adelmário
Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli e Mateus Coutinho De
Sá Oliveira afirmaram não existir, no Brasil, presídio com condições
dignas.
Depois da ressalva, acrescentaram: "As condições oferecidas pela Polícia
Federal são dignas diante do holocausto que se vivencia no sistema
carcerário brasileiro".
A ala onde eles estão presos é formada por três celas de paredes
brancas, unidas por uma sala comum. Com um beliche, uma mesa e banco de
concreto, cada uma delas está preparada para receber duas pessoas, mas
estão superlotadas.
Cada cela tem um vaso sanitário de aço pregado no chão e uma pia. Na
hora da refeição, os empresários têm que pegar a carne com as mãos, já
que a faca de plástico não corta.
Estão presos preventivamente na carceragem da PF, sob suspeita de
envolvimento no esquema de desvio de recursos da Petrobras, os
executivos Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC Engenharia, Eduardo Hermelino
Leite, Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler (Camargo Corrêa),
José Ricardo Nogueira Breghirolli, Agenor Franklin Magalhães Medeiros,
Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Aldemário Pinheiro Filho (OAS),
Sergio Cunha Mendes (Mendes Júnior), Gerson de Mello Almada (Engevix) e
Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia.
Também estão lá o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da Petrobras
Nestor Cerveró e o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano.
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