23 fevereiro, 2015

Com vitória de "Birdman", Oscar 2015 destaca atores veteranos

"Birdman (Ou a Inesperada Virtude da Ignorância)" foi eleito o melhor filme no Oscar 2015. O longa do mexicano Alejandro González Iñárritu foi o destaque da noite, e levou também melhor fotografia, roteiro original e direção, somando quatro prêmios --mesmo número de "O Grande Hotel Budapeste", que venceu em categorias mais técnicas.

Estrelado por Michael Keaton, "Birdman" retrata um ator que fez sucesso no passado interpretando um super-herói e tenta retomar a carreira montando uma peça na Broadway. Keaton era um dos favoritos ao prêmio de melhor ator, mas acabou perdendo para Eddie Redmayne, de "A Teoria de Tudo".

"Quero agradecer a todas as pessoas que acreditaram nesta ideia. Atrás deste filme há heróis", disse Iñárritu ao receber o prêmio de melhor filme. "Quero dedicá-lo a meus amigos mexicanos, e a todos os mexicanos que fizeram deste país uma grande nação imigrante", finalizou.

Com o Oscar de melhor diretor, Iñárritu se torna o segundo mexicano a vencer na categoria, repetindo o feito de Alfonso Cuarón ("Gravidade") em 2014.

Destaque para os veteranos

Em uma noite de prêmios que seguiram, em sua maioria, os scripts das previsões, o Oscar 2015 ficou marcado por premiar atores veteranos, em vez dos jovens que vinham dominando nos últimos anos.


A premiação deste ano será lembrada também como o Oscar com menos representatividade feminina e de negros, fato que foi lembrado no aplaudido discurso de Arquette, que dedicou seu prêmio "a toda mulher que já deu à luz, todo cidadão que paga impostos. Esse é a hora de ter igualdade de direitos para as mulheres", bradou a atriz, saudada com entusiamo por Meryl Streep e Jennifer Lopez.

Como tentativa de "reparar" o que foi apontado como injustiça com o filme "Selma", sobre as marchas de Martin Luther King Jr. no Alabama, esnobado nas categorias de direção e atuação, a Academia preparou um grande número musical muito aplaudido para "Glory", interpretada por Common e John Legend, que também ficou com o Oscar de canção original.

O discurso de Legend ao aceitar o prêmio teve forte apelo político: "Sabemos que hoje a luta por liberdade e justiça é real. Vivemos em um país com a maior população carcerária do mundo. Há mais homens negros sob regime correcional hoje do que havia sob a escravidão em 1850", disse.

Na distribuição de prêmios, o Oscar 2015 foi equilibrado, sem que um único filme se destacasse pelo grande número de estatuetas recebidas. "O Grande Hotel Budapeste" e "Birdman" ficaram com quatro; "Whiplash", com três; "Boyhood", "Sniper Americano", "O Jogo da Imitação", "A Teoria de Tudo", "Selma" e "Para Sempre Alice", um.

A seção "In Memorian", que homenageia as personalidades do cinema que morreram no último ano, destacou nomes como o ator Robin Williams, o cineasta Mike Nichols e o escritor Gabriel García Márquez, mas deixou de fora a comediante Joan Rivers, que morreu em setembro, aos 80 anos.



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