08 janeiro, 2015

Aécio chama de farsa denúncia contra Anastasia



Presidente do PSDB federal, Aécio Neves classificou de “farsa” a acusação de que seu amigo Antonio Anastasia, senador eleito e ex-governador de Minas Gerais, recebeu R$ 1 milhão proveniente do propinoduto da Petrobras. “Se o objetivo dessa farsa é intimidar e constranger a oposição, informamos que o efeito será justamente o contrário”, escreveu Aécio em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (8).

Ele acrescentou: “O PSDB redobrará os esforços no sentido de continuar exigindo uma profunda e isenta investigação, que tenha como compromisso único revelar à população a verdade e os responsáveis pelo maior escândalo de corrupção na história do país, ocorrido ao longo dos últimos doze anos durante a administração do PT na Petrobras.”

O tom adotado por Aécio em defesa de Anastasia é muito diferente daquele que o senador havia utilizado ao lidar com o caso do ex-deputado Sérgio Guerra, primeiro tucano a ser mencionado na Operação Lava Jato. Num depoimento de outubro passado, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, hoje um delator premiado, citou Guerra, morto sete meses antes, vítima de um câncer no pulmão.

Paulo Roberto disse que, em 2010, providenciara o repasse de R$ 10 milhões a Sérgio Guerra, então senador e presidente do PSDB, para que ele ajudasse a sepultar uma CPI que varejava a Petrobras no Congresso desde 2009. Abalroado pela notícia em plena campanha presidencial, Aécio também mandou soltar uma nota. “O PSDB defende que todas as denúncias sejam investigadas com o mesmo rigor, independente da filiação partidária dos envolvidos e dos cargos que ocupam”, escreveu há três meses.

No caso de Anastasia, a acusação foi feita em depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, em novembro. Ele sustentou ter repassado, também em 2010, R$ 1 milhão a Anastasia, na época candidato à reeleição ao governo mineiro. Na sua versão, a entrega foi determinada pelo doleiro Alberto Youssef e teria ocorrido numa casa, em Belo Horizonte. A diferença está na cifra e na reação. Agora, o tucanato faz uma incisiva defesa de Anastasia. Algo que se abstivera de faze rem relação a Guerra, o correligionário morto.

“O PSDB refuta com absoluta veemência a suposta afirmação feita por um dos policiais presos na Operação Lava Jato, envolvendo o nome do senador eleito e ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia”, diz o texto divulgado por Aécio. “A falsa e covarde acusação não se sustenta em pé, seja pelo caráter e honestidade pessoal do senador, reconhecidos até mesmo por seus adversários políticos, seja pela falta de nexo na história apresentada: Um nome de clara oposição ao governo federal sendo financiado por uma organização criminosa, formada por pessoas e diretores ligados à gestão do PT na Petrobras.”

Aécio pergunta: “Alguém acredita que um governador de Estado se reuniria pessoalmente numa garagem com um emissário desconhecido para receber dinheiro?” Também poderia ter indagado há três meses, quando Sérgio Guerra foi pendurado nas manchetes de ponta-cabeça: alguém acredita que o presidente do principal partido da oposição pediria a um diretor da Petrobras propina de R$ 10 milhões para conspirar contra uma CPI? Preferiu defender a investigação da denúncia, não o alvo.

“O senador Anastasia já constituiu advogado que solicitará o aprofundamento das investigações, com a certeza de que elas mostrarão o absurdo dessas supostas afirmações”, afirma Aécio sobre a nova acusação. “Não permitiremos que biografias honradas, como a do senador eleito de Minas Gerais, se confundam com a daqueles que vêm assaltando os cofres públicos no país.”

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