13 janeiro, 2015

Em defesa de Anastasia, Aécio ataca vazamentos da Lava Jato

Escândalo na Petrobras

Em defesa de seu aliado, o senador eleito e ex-governador mineiro Antonio Anastasia (PSDB-MG), o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), disse nesta terça (13) que as "falsas acusações" que ligam o tucano à Operação Lava Jato têm como objetivo "minar a credibilidade" das investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras. 

Aécio divulgou nota para denunciar o que chama de "farsa" e "manobras em curso" para enfraquecer as investigações da Lava Jato. A reação ocorre após o advogado do doleiro Alberto Youssef, Antônio Figueiredo Basto, ter dito que seu cliente não tem "negócios" com Anastasia e nem com o deputado federal Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB e candidato à presidência da Câmara. 

Em estratégia semelhante à de Aécio, Cunha disse na manhã desta terça que o envolvimento de seu nome no esquema foi uma "alopragem que foi desmoralizada". 
 

Edson Silva/Folhapress

O senador Aecio Neves ao lado do senador eleito ex-governador de MG, Antonio Anastasia
O senador Aécio Neves (e), ao lado do senador eleito e ex-governador de MG Antonio Anastasia

Na nota, Aécio afirma que o policial Jayme Alves Filho "mentiu" quando envolveu Anastasia como um dos beneficiários da organização criminosa, o que revela a "gravidade e o alcance dessas articulações". 

"Misturar falsas acusações com fatos reais já comprovados é estratégia de quem tenta minar a credibilidade das investigações. A oposição permanecerá atenta, denunciando todas as tentativas de impedir que a Operação Lava Jato atinja o seu objetivo de apresentar ao país a verdade sobre o maior escândalo de corrupção da nossa história, revelando seus mentores e beneficiários", afirma o tucano.

Segundo Aécio, o PSDB considera "fundamental que sejam identificados responsáveis pela mesma e as suas motivações". 

ACUSAÇÃO
 
A Folha revelou na semana passada que o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, que fazia entregas de dinheiro a mando de Youssef, disse em depoimento que entregou R$ 1 milhão a uma pessoa que reconheceu como sendo o "candidato que ganhou a eleição em Minas Gerais" em 2010 –Anastasia. 

No mesmo depoimento, o policial citou o nome de Cunha, dizendo que Youssef teria lhe mandado entregar dinheiro numa casa que seria do deputado. Tanto Anastasia quanto Cunha negaram qualquer participação no esquema e disseram que não conhecem Oliveira Filho ou Youssef. 

Segundo o advogado de Youssef, estão acontecendo vazamentos "frutos de interesses políticos para tumultuar investigações", por isso, ele irá protocolar na Justiça uma petição dizendo que Youssef não determinou remessas de dinheiro para os dois. 

"Meu cliente não tem negócios com Anastasia e nem com Eduardo Cunha. Meu cliente mandou dinheiro para Belo Horizonte, mas não mandou entregar para Anastasia [...] Fazemos uma colaboração correta, evitamos atribuir fatos a terceiros. Qualquer envolvimento de políticos agora é precipitado e perigoso", disse Basto. 

 

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