Em defesa de seu aliado, o senador eleito e ex-governador mineiro
Antonio Anastasia (PSDB-MG), o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG),
disse nesta terça (13) que as "falsas acusações" que ligam o tucano à
Operação Lava Jato têm como objetivo "minar a credibilidade" das
investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras.
Aécio divulgou nota para denunciar o que chama de "farsa" e "manobras em
curso" para enfraquecer as investigações da Lava Jato. A reação ocorre
após o advogado do doleiro Alberto Youssef, Antônio Figueiredo Basto,
ter dito que seu cliente não tem "negócios" com Anastasia e nem com o
deputado federal Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB e candidato à
presidência da Câmara.
Em estratégia semelhante à de Aécio, Cunha disse na manhã desta terça
que o envolvimento de seu nome no esquema foi uma "alopragem que foi
desmoralizada".
Edson Silva/Folhapress |
O senador Aécio Neves (e), ao lado do senador eleito e ex-governador de MG Antonio Anastasia |
Na nota, Aécio afirma que o policial Jayme Alves Filho "mentiu" quando
envolveu Anastasia como um dos beneficiários da organização criminosa, o
que revela a "gravidade e o alcance dessas articulações".
"Misturar falsas acusações com fatos reais já comprovados é estratégia
de quem tenta minar a credibilidade das investigações. A oposição
permanecerá atenta, denunciando todas as tentativas de impedir que a
Operação Lava Jato atinja o seu objetivo de apresentar ao país a verdade
sobre o maior escândalo de corrupção da nossa história, revelando seus
mentores e beneficiários", afirma o tucano.
Segundo Aécio, o PSDB considera "fundamental que sejam identificados responsáveis pela mesma e as suas motivações".
ACUSAÇÃO
A Folha revelou na semana passada que o policial federal Jayme
Alves de Oliveira Filho, o Careca, que fazia entregas de dinheiro a
mando de Youssef, disse em depoimento que entregou R$ 1 milhão a uma
pessoa que reconheceu como sendo o "candidato que ganhou a eleição em
Minas Gerais" em 2010 –Anastasia.
No mesmo depoimento, o policial citou o nome de Cunha, dizendo que
Youssef teria lhe mandado entregar dinheiro numa casa que seria do
deputado. Tanto Anastasia quanto Cunha negaram qualquer participação no
esquema e disseram que não conhecem Oliveira Filho ou Youssef.
Segundo o advogado de Youssef, estão acontecendo vazamentos "frutos de
interesses políticos para tumultuar investigações", por isso, ele irá
protocolar na Justiça uma petição dizendo que Youssef não determinou
remessas de dinheiro para os dois.
"Meu cliente não tem negócios com Anastasia e nem com Eduardo Cunha. Meu
cliente mandou dinheiro para Belo Horizonte, mas não mandou entregar
para Anastasia [...] Fazemos uma colaboração correta, evitamos atribuir
fatos a terceiros. Qualquer envolvimento de políticos agora é
precipitado e perigoso", disse Basto.
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