Para retomar o diálogo com aliados, a presidente Dilma Rousseff vai
escalar ministros para fazer ''plantão'' no Congresso Nacional e atender
parlamentares.
A ideia, segundo assessores presidenciais, é que os auxiliares ouçam
queixas e discutam projetos em debate na Câmara com a base parlamentar
antes de serem votados, para evitar surpresas.
O "projeto piloto" será testado a partir da semana que vem e deve ser
anunciado a líderes durante encontro com Dilma, na quarta-feira (25).
A primeira leva de ministros que irá à liderança do governo é ligada às
reformas de seguro-desemprego e Previdência: Miguel Rossetto
(Secretaria-Geral), Carlos Gabbas (Previdência), Manoel Dias (Trabalho),
Nelson Barbosa (Planejamento) e Pepe Vargas (Relações Institucionais).
Alan Marques - 9.fev.2015/Folhapress |
A presidente Dilma Rousseff durante reunião em Brasília
Outra medida adotada pelo conselho político do governo é buscar
inaugurações nos Estados, "umas três ou quatro vezes por semana", para
mostrar a presidente em ação, ao lado do povo.
Desde que foi reeleita, Dilma isolou-se no Palácio do Planalto e tem
sido alvo de críticas de aliados pela condução da articulação política e
pela demora em reagir à queda de sua popularidade.
Na semana passada, o ex-presidente Lula disse à sucessora que o governo
precisa conter a inflação e garantir a aprovação das medidas de ajuste
fiscal da equipe econômica. Por isso não pode viver em "guerra" com o
Congresso. Da mesma forma, o petista também sugeriu que Dilma rode o
país cumprindo agenda fora do gabinete.
Na quarta-feira (18), após viagem para a Bahia, onde passou o Carnaval,
ela discutiu com seu núcleo político do governo medidas para melhorar a
relação de sua gestão com os aliados e se reaproximar da população.
No encontro da última quarta, que teve a presença de Aloizio Mercadante
(Casa Civil), do assessor especial Giles Azevedo, Jaques Wagner
(Defesa), Ricardo Berzoini (Comunicações), José Eduardo Cardozo
(Justiça) e Pepe Vargas, Dilma avaliou pesquisas internas do governo que
mostram a gestão petista em seu pior momento.
O escândalo de corrupção na Petrobras é o principal motivo de abalo na
imagem da presidente, seguido por dados de piora na economia.
Para tentar reverter o quadro, a presidente vai investir em viagens e aparições públicas nas próximas semanas.
A sugestão de aparecer cercada por populares tem o objetivo de afastar a
imagem de ela está isolada no Palácio do Planalto em meio à crise.
Na agenda, estão previstas uma viagem para o Rio Grande do Sul e para a posse de Tabaré Vázquez, eleito presidente no Uruguai.
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