O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi reeleito neste
domingo (1º) e vai comandar a Casa e o Congresso por mais dois anos. O
alagoano recebeu o apoio de aliados da presidente Dilma Rousseff (PT).
Este é o terceiro mandato de Renan no comando do Legislativo. A votação
foi secreta.
Renan venceu o senador Luiz Henrique (PMDB-SC), que
recebeu apoio de senadores que fazem oposição ao governo de Dilma. O
nome de Renan chegou a ser citado na Operação Lava Jato, da Polícia
Federal, que investiga irregularidades na Petrobras, segundo informações
publicadas pela revista "Veja" e pelo jornal "O Estado de São Paulo".
Não há nenhuma denúncia formal contra ele. Renan nega qualquer tipo de
evolvimento com o caso.
A candidatura de Henrique é um reflexo
do racha do PMDB e descontentamento de parte do Senado com Renan na
presidência. Henrique obteve apoio de partidos da oposição e dos
chamados independentes. Nesta semana, declararam apoio a ele três
senadores do PMDB e membros do PSB, do PDT, do PSDB, do PP, do PSOL e do
DEM. Mesmo com o apoio, Henrique não obteve maioria dos votos.
Renan tem apoio do Palácio do Planalto e do PT. Após a ala rebelde do
PMDB lançar a candidatura avulsa de Henrique, membros do governo atuaram
nos bastidores em favor de Renan.
Para pedir votos aos
congressistas, Renan destacou os trabalhos do Senado Federal no último
biênio e a economia de recursos com os cortes de cargos comissionados.
Também afirmou que é independente dos outros Poderes e que desempenhou
uma "presidência coletiva".
"Senadoras e senadores o voto da
confiança de todos. Os daqui são testemunhas que sou um homem de equipe e
que jogo para o time e não para a plateia. Tenho por princípios dar
oportunidades a todos. A presidência continuará a ser coletiva",
discursou Renan.
Luiz Henrique foi o único senador citado
nominalmente por Renan durante seu discurso para rebater as críticas
veladas feitas pelo concorrente ao presidente do Senado.
Henrique disse que se fosse eleito seria independente e não indicaria nomes para ocupar cargos em ministérios e estatais do governo para que o Senado não fique subordinado aos desmandos do Palácio do Planalto.
Henrique disse que se fosse eleito seria independente e não indicaria nomes para ocupar cargos em ministérios e estatais do governo para que o Senado não fique subordinado aos desmandos do Palácio do Planalto.
"Quando o
presidente se verga para pedir favores ao executivo, ele perde
autonomia", declarou Luiz Henrique. Foi uma crítica direta a Renan que
foi responsável por diversas indicações de cargos do governo.
Suspeita-se que entre as nomeações está o ex-diretor da Petrobras Nestor
Cerveró, preso em Curitiba, mas Renan nega que tenha feito a indicação.
Esta é terceira vez que Renan é eleito para o cargo. Ele já ocupou o
cargo em 2005, mas deixou a presidência em 2007 após escândalos
envolvendo seu nome. Na época, surgiram denúncias de que ele usou
dinheiro de lobista para pagar pensão de uma filha fora do casamento.
Renan chegou a sofrer um processo de cassação, mas foi absolvido pelo
plenário do Senado. Em 2013, ele voltou a presidir a Casa.
O
presidente do Senado também é do Congresso e coordena os trabalhos e as
pautas das duas Casas. Também o terceiro na linha sucessória da
Presidência da República, depois do vice-presidente e do presidente da
Câmara.
UOL
INFELIZMENTE!!!
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