Congresso Nacional
Em seu primeiro discurso como presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já anunciou que colocará em votação, assim que
possível, o projeto que obriga o governo federal a liberar verbas para
as emendas que os congressistas fazem ao Orçamento.
Eleito na noite deste domingo (1) por 267 votos contra 136 do petista
Arlindo Chinaglia (SP), Cunha é mal visto pelo Palácio do Planalto, que
tentou nas últimas semanas derrubar a sua candidatura.
A proposta de emenda à Constituição chamada de "orçamento impositivo" ainda precisa de ser votada em segundo turno pela Câmara.
Em sua fala após a vitória, que foi comemorada com fogos de artifício na
Esplanada dos Ministérios, Cunha manifestou incômodo pela interferência
do governo federal na disputa.
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), novo presidente da Câmara, na sessão que abriu a Legislatura |
"Assistimos à tentativa de interferência do governo, mas o parlamento,
por sua independência, sabe reagir. E ele soube reagir pelo voto",
afirmou. Ele ressaltou, entretanto, que não haverá sequelas na relação.
"Nunca, em nenhum momento, disse que faria uma gestão de oposição",
discursou.
Nas últimas semanas, o governo mobilizou ministros em favor de
Chinaglia, o que incluiu promessas de cargos e ameaças de retaliação em
casos de traição.
Mas a operação fracassou, já que Chinaglia obteve menos votos do que o
total de deputados que compunham os partidos que o apoiavam
oficialmente. Enquanto essas siglas somam 160 cadeiras, Chinaglia teve
apenas 136 votos.
Ainda em sua fala, Cunha prometeu priorizar a reforma política e o pacto
federativo, sem entrar em detalhes. O peemedebista, que substitui o
colega de partido Henrique Eduardo Alves (RN), já se declarou favorável a
uma nova CPI para investigar o escândalo da Petrobras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O Blog Olhar de Coruja deseja ao novo Presidente Jair Messias Bolsonaro tenha grande êxito no comando do nosso País.