03 fevereiro, 2015

Dilma já sonda nomes para substituir Graça Foster na Petrobras

Em águas profundas A avalanche de más notícias dadas por Graça Foster na última semana removeu sua rede de proteção. Dilma Rousseff deflagrou ainda no fim da semana passada o processo de seleção do substituto da presidente da Petrobras. Joaquim Levy (Fazenda) esteve em São Paulo nesta segunda-feira com a missão de sondar nomes para ocupar o posto, depois que a executiva se mostrou incapaz de contornar a crise na estatal, de acordo com a avaliação de um ministro palaciano.

Sem… O plano inicial do Planalto era usar as vagas de Miriam Belchior e Guido Mantega no conselho de administração da Petrobras para nomear dois conselheiros e, depois, conduzir um deles à presidência da estatal, após um período de “aclimatação”.

… soft landing Mas o imbróglio em torno do balanço da empresa e os números desencontrados sobre o rombo causado pelos desvios investigados na Operação Lava Jato tiraram a margem para uma transição lenta na estatal, segundo auxiliares de Dilma.

Vem aqui Os vereadores do PT na Câmara paulistana começam nesta terça a coletar assinaturas para que a Casa convide o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) a falar no plenário sobre a crise de abastecimento de água.

Dois em um A intenção dos petistas é expor o tucano, mas o partido decidiu incluir o convite ao prefeito e pedir a assinatura de outras bancadas para tentar evitar que o governador rejeite o chamado com a justificativa de que se trata de ação política.

Horizontal Prefeitos da Grande São Paulo não gostaram do formato proposto por Alckmin para o comitê de acompanhamento da crise, com representantes de universidades e da sociedade civil. Acham que o “inchaço” impedirá decisões rápidas.

No mérito 1 José Serra (PSDB-SP) quer marcar sua volta ao Senado com a apresentação de dois projetos de lei já nas primeiras semanas.

No mérito 2 O primeiro será o que estabelece voto distrital para vereador em cidades com mais de 200 mil habitantes. O outro fixará limite para a dívida da União, tanto líquida quanto bruta.

Sem chororô Em reunião na noite de domingo no Alvorada, Dilma e seu conselho político decidiram não valorizar a derrota para Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na eleição da Câmara e tocar adiante a recomposição da base aliada.

Clemência Dilma decidiu que não seria prudente punir os partidos traidores com a perda de espaço no governo, como propunha parte dos ministros, por acreditar que a medida aprofundaria a crise com o Legislativo.

Monitor O plano do governo é mapear o comportamento dos deputados na próxima grande votação aberta na Câmara e dar início à reaglutinação da base aliada. Os termômetros devem ser a votação das medidas econômicas editadas pelo Executivo.

Apelo final Lula sondou Eduardo Paes (PMDB) na semana passada sobre a possibilidade de um acordo entre PT e PMDB na reta final da disputa da Câmara. O prefeito do Rio levou a ideia a Eduardo Cunha, mas as conversas não avançaram.

É nossa O grupo de Renan Calheiros (PMDB-AL) está disposto a abrir espaço para o PSDB na Mesa do Senado em uma única situação: se a indicada for Lúcia Vânia (GO).

Traição cruzada Ao contrário do que o PT alardeia, o QG de Renan acredita que ao menos quatro petistas deixaram de votar no presidente reeleito. A compensação teria vindo de partidos que apoiaram Luiz Henrique, onde teria havido deserções pró-Renan.

Mãos à obra Em meio ao barata voa que se seguiu à eleição do comando do Congresso, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) escolhe até esta quarta-feira a lista de 130 projetos prioritários para o setor em 2015.


TIROTEIO
No nosso bloco parlamentar, só conseguimos o apoio das letras: PR, PSD, Pros… A maioria dos deputados não veio junto.

DE SILVIO COSTA (PSC-PE), sobre a votação, muito aquém da esperada, do petista Arlindo Chinaglia (SP) na disputa pela presidência da Câmara.


CONTRAPONTO
Sem perder a piada
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Amigos desde a Assembleia Constituinte, em 1988, o senador José Serra (PSDB-SP) e o deputado Miro Teixeira (Pros-RJ) se encontraram no Congresso nesta segunda-feira.

Em tom descontraído, o tucano fez uma provocação ao colega:
—Vou trazer uma tesourinha pra cortar essa sua sobrancelha! —disse.
Miro respondeu:
—Só se for para colar na sua cabeça!



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