Desde o último final de semana, José Eduardo Cardozo tem sido alvo de
críticas depois que reportagens do jornal "Folha de S.Paulo" e da
revista "Veja" revelaram que o ministro teria tido encontros com
advogados de empreiteiras e executivos investigados pela operação da
Polícia Federal. Cardozo disse que teve apenas um encontro com advogados
da empreiteira Odebrecht sobre o tema. Entre os críticos de Cardozo
estão o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, que chegou a pedir a demissão do ministro, e o juiz federal Sérgio Moro, que conduz o processo da Lava Jato na primeira instância.
"Não é possível que se criminalize os advogados. As autoridades têm, sim, que receber advogados", afirmou o ministro.
Cardozo disse que as críticas referentes à audiência que teve com
advogados da Odebrecht ofenderam a classe dos advogados. "Recentemente
um parlamentar disse que o ministro da Justiça não pode receber membros
de quadrilha. Considero isso uma ofensa aos advogados do Brasil",
afirmou. "Advogados no exercício de sua profissão que advogam para
clientes que estão sendo processados, pouco importa se são culpados ou
não, não são membros de quadrilha por serem advogados", afirmou.
O ministro afirmou que a reunião com advogados da Odebrecht foi
registrada em ata e que nenhum deles o pediu que intercedesse em favor
dos réus presos. "Nenhum advogado me pediu que eu intercedesse para
liberar réu preso, que eu fosse falar com o juiz Moro, que eu fosse
falar com o MPF (Ministério Público Federal). Porque, se o fizessem, eu
teria tomado as medidas cabíveis, seja do ponto de vista penal, seja do
ponto de vista ético."
Entre os pedidos feitos pelos advogados
da Odebrecht, segundo o ministro, está a averiguação sobre o andamento
de um inquérito sobre o vazamento dados e depoimentos referentes à
investigação da Lava Jato. Um segundo pedido feito pelos advogados foi
submetido à PGR (Procuradoria Geral da República) e, segundo Cardozo,
não pode ser revelado por envolver informações sob sigilo.
Questionado sobre a possibilidade de ser convocado a depor na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras
na Câmara, Cardozo disse que sua convocação seria desnecessária pois
ele iria ainda que fosse apenas convidado. "Sempre fui ao Congresso
Nacional. Não precisam nem me convocar. [Se eu for] Convidado, vou",
disse.
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