Pelo menos 6.000 pessoas protestam contra o governo de Dilma Rousseff e
contra os escândalos de corrupção da Petrobras neste sábado (15), em
São Paulo, segundo estimativa da Polícia Militar. O protesto acontece na
avenida Paulista, e segue em dois grupos: um que parte da avenida rumo à
praça da Sé e outro que segue até o Segundo Comando Militar do Sudeste,
próximo ao parque Ibirapuera, na zona sul.
O tom do protesto,
no entanto, mudou em relação às últimas manifestações contra a petista,
que pediam o impeachment ou anulação do pleito. Auto-falantes de carros
de som avisam que respeitam os resultados eleitorais e que não vão pedir
pela saída da presidente. "Hoje só queremos o fim da corrupção e zelar
pela democracia", bradam.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que
foi candidato à vice-presidência na chapa de Aécio Neves, participa do
evento. Segundo o tucano, o protesto "é uma oportunidade da população
protestar contra os recentes escândalos da Petrobras".
O
deputado federal Jair Bolsonaro e o filho Eduardo Bolsonaro (PSC-SP)
estão em um dos cinco carros de som que andam no sentido da avenida
Brigadeiro Luis Antônio, na região central.
Grande parte dos
manifestantes seguram bandeiras do Brasil e usam roupas nas cores verde e
amarela. Alguns deles queimaram uma bandeira da campanha de Dilma e
pisaram no que restou dela aos gritos "Fora Dilma", "fora PT".
Avenida parcialmente interditada
A avenida Paulista está interditada a partir do Museu de Arte de São
Paulo (Masp) até a avenida Brigadeiro Luís Antônio, nos dois sentidos. A
PM mantém uma unidade móvel em frente ao museu com câmeras, e dois PMs
filmam os manifestantes.
Na última manifestação semelhante cerca
de 2.500 pessoas participaram do protesto, segundo estimativa da
Polícia Militar. Além do impeachment de Dilma, parte dos presentes
defendeu um golpe militar para retirar Dilma do poder.
Esquerda versus direita
Na quinta-feira (13), diversas organizações de esquerda, entre elas o
MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e a CUT (Central Única dos
Trabalhadores) fizeram um protesto em resposta à manifestações pela derrubada do governo. Segundo a PM, cerca de 12 mil pessoas foram ao protesto.
No ato, os manifestantes defenderam a realização de uma série de
reformas populares, entre elas a política --por meio de uma constituinte
e de um plebiscito--, a urbana, a agrária e a tributária. Os presentes
também defenderam a democratização da comunicação e a desmilitarização
da polícia.
Ampliar
13.nov.2014
- Manifestantes concentrados em frente ao vão livre do Masp, na
avenida Paulista, em São Paulo, exibem réplicas de machados durante ato
por "reformas populares" nesta quinta-feira (13). De acordo com
policiais militares que acompanham o ato, cerca de 12 mil pessoas estão
presentes. Os organizadores estimam em 15 mil Leia mais Fernando Zamoura/ Futura Press/ Estadão Conteúdo
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