O arsenal do PT O marketing de Dilma Rousseff vai atacar a promessa de
Aécio Neves de manter o Bolsa Família e outros projetos sociais. O PT já
reuniu discursos e artigos do tucano e de seus aliados com críticas aos
programas lançados desde o governo Lula. O objetivo é tachar o adversário de
elitista e tentar atrair os eleitores mais pobres de Marina Silva. O ministro das
Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, dá o tom da ofensiva que vem por
aí. “O PSDB sempre desmereceu o Bolsa Família”, diz.
Punhos de renda Uma das armas do PT será um artigo publicado em 2004 no site do PSDB, já usado na campanha passada contra José Serra. O texto diz que o Bolsa Família é “assistencialista” e o chama de “Bolsa Esmola”.
Sem diploma O PT também vai atacar o vice de Aécio, Aloysio Nunes, que votou em 2012 contra a criação de cotas em todas as universidades públicas. “Esse projeto atropela e impõe uma camisa da força a todas as universidades brasileiras”, disse o senador na época.
Tudo nosso A campanha de Dilma vai turbinar a divulgação de grifes como Pronatec e ProUni para reduzir a rejeição da classe média a programas sociais. “Vamos mostrar que é um direito, que não há nenhum privilégio nesses projetos”, diz Berzoini.
Razão para sorrir Entre as 17 cidades da Bahia com mais de 100 mil habitantes, a maior votação de Dilma foi em Paulo Afonso: 76%. Foi lá que ela gravou com dona Nalvinha, a agricultora que ganhou uma dentadura para aparecer no horário eleitoral.
Plantão noturno Aécio deixou de prontidão os formuladores de seu programa de governo. Eles foram orientados a mergulhar nas propostas de Marina assim que ela der sinal verde às conversas.
Assina aqui Em troca do apoio, os “sonháticos” querem que Aécio assuma compromissos com metas ambientais, como a redução das emissões de carbono.
Realpolitik verde O marineiro Tasso Azevedo já relativiza a proximidade de Aécio com ruralistas: “Passamos a campanha toda dizendo que a sustentabilidade podia conviver com o agronegócio. Agora chegou a hora de mostrar”.
Vai ou racha Fortalecido pelas urnas, o diretório pernambucano do PSB
espera que o presidente da sigla, Roberto Amaral, não crie resistência à
adesão a Aécio. Caso contrário, voltará a minar sua permanência no cargo. A
eleição do partido será no dia 13.
Dia da caça De Beto Albuquerque, ex-vice de Marina, sobre a hipótese de apoio ao PT: “Não temos síndrome de Estocolmo. Não vamos nos apaixonar por quem tentou sequestrar nossa honra e dignidade na campanha”.
Até a próxima Reclusa desde a derrota, Marina abriu o apartamento na noite de segunda-feira para receber os 20 policiais federais que fizeram sua segurança na campanha. Eles visitaram a ex-senadora para se despedir.
Vida dura Reeleita para o quinto mandato, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) está desanimada com a nova composição da Câmara. “É preocupante. Se a gente já achava o Congresso ruim...”
Dia da caça De Beto Albuquerque, ex-vice de Marina, sobre a hipótese de apoio ao PT: “Não temos síndrome de Estocolmo. Não vamos nos apaixonar por quem tentou sequestrar nossa honra e dignidade na campanha”.
Até a próxima Reclusa desde a derrota, Marina abriu o apartamento na noite de segunda-feira para receber os 20 policiais federais que fizeram sua segurança na campanha. Eles visitaram a ex-senadora para se despedir.
Vida dura Reeleita para o quinto mandato, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) está desanimada com a nova composição da Câmara. “É preocupante. Se a gente já achava o Congresso ruim...”
Fora da tranca Eufórico com a virada de Aécio, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) espera ser liberado nos próximos dias para trabalhar fora da prisão. Ele atuará como auxiliar do advogado Roberto Vitagliano, no Rio.
Começar de novo Jefferson receberá R$ 1.200 mensais. “Ele merece muito mais, mas é o valor do serviço”, diz o futuro chefe. “Ele vai atualizar fichários, digitar documentos, essas coisas.”
TIROTEIO
“Não existem 28 projetos políticos no país. Muitas siglas não têm ideologia, sóbuscam recursos com a venda do tempo de televisão.”
DA DEPUTADA LUIZA ERUNDINA (PSB-SP), sobre o número recorde de legendas que passarão a ter representação na Câmara e verbas do fundo partidário.
CONTRAPONTO
Vice certo no lugar errado
No início do mês, a Câmara Municipal de São Paulo fez uma sessão simbólica para incluir um torneio de kart no calendário oficial da cidade. Da tribuna, o vereador Mario Covas Neto (PSDB) contou que, em 1975, foi campeão brasileiro. Venceu Ayrton Senna, que foi vice.
Diante da incredulidade dos colegas, um representante da Federação de Automobilismo do Estado confirmou o feito. Animado, o vereador Floriano Pesaro (PSDB) brincou com o fato de o colega ter dividido espaço com o tricampeão de F-1 nas pistas, e não em uma eleição.
—Com o Senna de vice, você viraria até governador!
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