Em 2010, de cima do palanque, o então candidato ao governo de Minas
Gerais Antonio Anastasia (PSDB) viu uma concentração inusitada de
chapéus na plateia. Saudou o grupo: "Está aqui a turma do chapéu". Os
voluntários que vestiam o acessório –para avistar uns aos outros mais
facilmente na multidão– curtiram e adotaram o apelido.
Foi a primeira campanha da Turma do Chapéu, coletivo de jovens criado em
Belo Horizonte que reúne tucanos filiados e simpatizantes do partido.
Neste ano, eles fizeram dois sites a favor do presidenciável Aécio Neves
(PSDB), "Conhecendo Aécio" e "Aécio de Verdade", ambos feitos
voluntariamente.
O segundo começou a fazer sucesso quando o tucano gravou um vídeo de divulgação para ser distribuído pelo WhatsApp, serviço de mensagem mais popular no país, após ser interpelado por um dos integrantes em uma entrevista no Rio de Janeiro.
"O Aécio nem tinha visto o site ainda", afirma Alberto Lage, 20, estudante de direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e um dos criadores do projeto. "Mas, como ele já nos conhecia de eventos do PSDB, gravou mesmo assim", conta.
O conceito surgiu em encontro de voluntários no comitê tucano em Belo Horizonte, na semana passada. "Cada um foi dando uma ideia, aí o pessoal começou a reclamar que, às vezes, não sabia como responder às críticas na internet", conta Marcel Beghini, 22, jornalista pela PUC-MG e estudante de direito na Faculdade Milton Campos.
Na madrugada de terça (7) para quarta-feira (8), junto com a estudante de direito Guilhermina Abreu, 21, e a designer Sam Jovana, 24, eles puseram o site no ar. A princípio, a repercussão ocorreu apenas entre simpatizantes tucanos –até que Aécio gravou o vídeo para o WhatsApp.
Simpatizantes do PSDB, o grupo chegou a ajudar a campanha de Márcio Lacerda (PSB) à reeleição pela Prefeitura de Belo Horizonte, em 2012. Mesmo sendo integrante da Juventude Tucana, Alberto prefere atuar fora do partido. "A máquina dos partidos hoje é muito pouco atraente para quem é jovem."
ADVERSÁRIOS
Logo a campanha de Dilma Rousseff (PT) percebeu a existência do site para defender Aécio. O PT entrou com uma representação, no sábado (11), no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo que a página fosse tirada do ar.
O argumento é que sites de campanha devem ser registrados na Justiça, caso em que se enquadraria, segundo os petistas, a página. Na terça (14), o ministro Herman Benjamin negou o pedido, uma vez que o site está registrado em nome de Alberto.
Em setembro, o TSE determinou a saída do ar do site Muda Mais, de apoio a Dilma, a pedido do PSB, com base no mesmo argumento. Criado por um grupo liderado pelo ex-ministro Franklin Martins, a página era registrada em um serviço anônimo nos Estados Unidos. Ela foi incluída como site oficial de campanha e voltou ao ar.
As campanhas de Aécio e Dilma gastaram milhões com as equipes que cuidam das páginas oficiais na web. Ambas não informam o número de funcionários da área.
Segundo a prestação de contas mais recente, o PSDB gastou R$ 1,065 milhão, pagos a cinco empresas. Esse valor não inclui peças de propaganda, que podem ser usadas em todas as plataformas, e serviços como monitoramento de redes sociais.
A campanha do PT declara ter gasto R$ 100 mil com a criação de sites. Entretanto, a empresa de João Santana, que centraliza a publicidade petista em todas as plataformas –TV, rádio e internet–, recebeu R$ 25 milhões.
FOLHA - UOL
O segundo começou a fazer sucesso quando o tucano gravou um vídeo de divulgação para ser distribuído pelo WhatsApp, serviço de mensagem mais popular no país, após ser interpelado por um dos integrantes em uma entrevista no Rio de Janeiro.
"O Aécio nem tinha visto o site ainda", afirma Alberto Lage, 20, estudante de direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e um dos criadores do projeto. "Mas, como ele já nos conhecia de eventos do PSDB, gravou mesmo assim", conta.
Alexandre Rezende/Folhapress | ||
Militantes do PSDB em Minas, que fizeram um site a favor de Aécio com o objetivo de responder críticas de petistas |
O conceito surgiu em encontro de voluntários no comitê tucano em Belo Horizonte, na semana passada. "Cada um foi dando uma ideia, aí o pessoal começou a reclamar que, às vezes, não sabia como responder às críticas na internet", conta Marcel Beghini, 22, jornalista pela PUC-MG e estudante de direito na Faculdade Milton Campos.
Na madrugada de terça (7) para quarta-feira (8), junto com a estudante de direito Guilhermina Abreu, 21, e a designer Sam Jovana, 24, eles puseram o site no ar. A princípio, a repercussão ocorreu apenas entre simpatizantes tucanos –até que Aécio gravou o vídeo para o WhatsApp.
Simpatizantes do PSDB, o grupo chegou a ajudar a campanha de Márcio Lacerda (PSB) à reeleição pela Prefeitura de Belo Horizonte, em 2012. Mesmo sendo integrante da Juventude Tucana, Alberto prefere atuar fora do partido. "A máquina dos partidos hoje é muito pouco atraente para quem é jovem."
ADVERSÁRIOS
Logo a campanha de Dilma Rousseff (PT) percebeu a existência do site para defender Aécio. O PT entrou com uma representação, no sábado (11), no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo que a página fosse tirada do ar.
O argumento é que sites de campanha devem ser registrados na Justiça, caso em que se enquadraria, segundo os petistas, a página. Na terça (14), o ministro Herman Benjamin negou o pedido, uma vez que o site está registrado em nome de Alberto.
Em setembro, o TSE determinou a saída do ar do site Muda Mais, de apoio a Dilma, a pedido do PSB, com base no mesmo argumento. Criado por um grupo liderado pelo ex-ministro Franklin Martins, a página era registrada em um serviço anônimo nos Estados Unidos. Ela foi incluída como site oficial de campanha e voltou ao ar.
As campanhas de Aécio e Dilma gastaram milhões com as equipes que cuidam das páginas oficiais na web. Ambas não informam o número de funcionários da área.
Segundo a prestação de contas mais recente, o PSDB gastou R$ 1,065 milhão, pagos a cinco empresas. Esse valor não inclui peças de propaganda, que podem ser usadas em todas as plataformas, e serviços como monitoramento de redes sociais.
A campanha do PT declara ter gasto R$ 100 mil com a criação de sites. Entretanto, a empresa de João Santana, que centraliza a publicidade petista em todas as plataformas –TV, rádio e internet–, recebeu R$ 25 milhões.
FOLHA - UOL
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