Apostas na divisão
Dirigentes do PT e do PSDB preveem um cenário tumultuado seja
quem for o vencedor da corrida presidencial. O tom agressivo da campanha
e a diferença apertada nas pesquisas prorrogariam a disputa para 2015. O
vice de Aécio Neves, Aloysio Nunes, diz que Dilma Rousseff terá um
reinício de governo “turbulento” se ganhar hoje, devido ao escândalo da
Petrobras. Se o tucano se eleger, petistas afirmam que ele começará o
governo sob forte pressão dos movimentos sociais.
TIROTEIO
CONTRAPONTO
O Fla-Flu da ministra
No último debate de TV, os apoiadores que Dilma Rousseff e Aécio Neves levaram ao estúdio torceram como se estivessem em uma arquibancada de estádio de futebol. William Bonner precisou pedir calma algumas vezes.
Ao fim do programa, Miriam Belchior (Planejamento) vestiu a camisa de torcedora. A ministra se recusou a deixar o estúdio pela saída próxima à plateia tucana, como pediam os seguranças da TV Globo.
—Não vamos passar lá de jeito nenhum! Vocês nunca viram estádio de futebol? Cada torcida sai por um lado!
A queixa funcionou: a ministra saiu pelo lado petista.
Não acaba hoje O deputado Marcus
Pestana (PSDB-MG) diz que Aécio está pronto para enfrentar oposição
aguerrida. “O PT não vai se conformar com uma derrota. Sabemos que vão
tentar forçar um terceiro turno”, afirma.
Vem que tem O vice de Aécio desafia
João Pedro Stédile, do MST, que prometeu protestos diários se Dilma for
derrotada. “Muitos movimentos são sustentados com dinheiro público. Sem o
PT no poder, perdem capacidade de mobilização”, diz Aloysio.
Hora do divã Para o ministro Gilberto
Carvalho (Secretaria-Geral), o PT terá que “reverter um certo
esgotamento” mesmo que Dilma vença. “Precisaremos repolitizar nossas
relações internas para reagir”, afirma.
De volta ao front Em caso de vitória
tucana, outros petistas defendem a reaproximação com os sindicatos para
retomar o papel de oposição e organizar protestos contra reformas
liberais na economia e na área trabalhista.
Bala de prata Para a maioria do PT, que
esperava chegar à eleição com Dilma isolada na frente, as acusações do
doleiro Alberto Youssef a Lula e Dilma motivaram a “mexida final” nas
pesquisas a favor de Aécio.
Plim-plim O ex-governador Alberto
Goldman (PSDB) diz que a performance no debate da Globo também ajudou.
Na saída da emissora, a campanha avaliava que o tucano “ganhou a luta
por pontos, mas não por nocaute”.
Reza pelo erro Com a disputa empatada, o
senador José Agripino (DEM-RN) torce para que os eleitores de Dilma se
atrapalhem hoje para votar. “O eleitor dela é menos letrado. Pode errar
mais, ir menos à urna”, diz o aecista.
Marcas de guerra Desabafo de Dilma na
madrugada de ontem, ao ser questionada se havia achado Aécio agressivo
no último debate na TV: “Olha, sinceramente… Eu já não acho mais nada
dele”.
Suíça tropical Na contramão das queixas
dos dois candidatos, o ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento
Agrário) diz que a eleição foi “a mais qualificada” da democracia
brasileira.
Punhos de renda “Ficam falando em
baixaria, mas que baixaria? Em que país do mundo se discute papel do
Banco Central e reforma política?”, questiona o coordenador da campanha
de Dilma.
Chama o capitão O PT espera que Lula
assuma as rédeas da defesa do partido no caso Petrobras. O ex-presidente
deve ter voz ativa nas negociações no Congresso, onde é esperada uma
leva de cassações de mandato.
Drible da vaca Petistas tentaram
convencer Neymar a apoiar a presidente na semana passada, quando a
seleção estava no Japão. Cartolas da CBF sondaram o craque, que
desconversou. Depois, ficaram surpresos com a declaração de voto em
Aécio.
Aparelho móvel De um dirigente do PT,
sobre a conquista do governo de Minas e a possível derrota no Rio Grande
do Sul: “Vamos ter que fretar um avião de Porto Alegre para Belo
Horizonte para levar os funcionários de um palácio para o outro.”
TIROTEIO
Em hora nenhuma do debate houve menção à estrutura de classes e à desigualdade no Brasil. Os conflitos sociais passaram longe.
DO DEPUTADO CHICO ALENCAR (PSOL-RJ), sobre a qualidade da discussão travada por Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) no duelo da TV Globo.
CONTRAPONTO
O Fla-Flu da ministra
No último debate de TV, os apoiadores que Dilma Rousseff e Aécio Neves levaram ao estúdio torceram como se estivessem em uma arquibancada de estádio de futebol. William Bonner precisou pedir calma algumas vezes.
Ao fim do programa, Miriam Belchior (Planejamento) vestiu a camisa de torcedora. A ministra se recusou a deixar o estúdio pela saída próxima à plateia tucana, como pediam os seguranças da TV Globo.
—Não vamos passar lá de jeito nenhum! Vocês nunca viram estádio de futebol? Cada torcida sai por um lado!
A queixa funcionou: a ministra saiu pelo lado petista.
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O Blog Olhar de Coruja deseja ao novo Presidente Jair Messias Bolsonaro tenha grande êxito no comando do nosso País.