Roosewelt Pinheiro/ABr
Geddel: o texto quer criar novas regras para escolha e atuação de
diretores-executivos e conselheiros de fundos de previdência
complementar vinculados a entes públicos
Brasília - Depois de mais de duas horas reunido com líderes da base aliada do governo interino de Michel Temer na Câmara,
o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA),
disse que, mesmo com urgência já aprovada, o projeto que trata dos fundos de pensão (PL 268/16) não será votado hoje.
O acordo com lideranças partidárias foi o de votar, ainda hoje, em
sessão extraordinária, apenas o texto que cria o estatuto jurídico das
empresas estatais e define critérios para a nomeação de diretores e
membros do conselho de administração, para governança corporativa e para
todas as licitações feitas por empresas públicas e sociedades de
economia mista.
Os dois textos têm sido tratados como prioridade para o Planalto, mas
Geddel explicou que, no caso dos fundos de pensão, ainda é precisao
discutir detalhes para unificar uma posição sobre a proposta.
O texto cria novas regras para escolha e atuação de diretores-executivos
e conselheiros de fundos de previdência complementar vinculados a entes
públicos, aumentando algumas restrições.
O ministro explicou que, apesar de defender alguns pontos, o governo
quer “a melhor legislação para o país”. “Não é uma queda de braço entre
governo e o Congresso. O debate precisa ser mais aprofundado”, afirmou.
O PL dos fundos de pensão ainda aumenta as restrições para a escolha dos
dirigentes dos fundos, que tomam as decisões sobre os investimentos
para ampliar os recursos da previdência complementar, necessários ao
pagamento dos benefícios aos participantes.
Se o acordo firmado hoje for cumprido pela Câmara, a estratégia será
votar amanhã duas medidas provisórias (MP): a MP 713, que reduz de 25%
para 6% a alíquota do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre as
remessas de dinheiro ao exterior para pagar gastos pessoais em viagens
de turismo e negócios, a serviço, e para treinamento ou missões
oficiais, até o limite de R$ 20 mil ao mês; e a MP 714, que aumenta o
limite de participação do investimento estrangeiro na aviação civil para
49 % do capital com direito a voto, entre outros pontos.
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