"A eleição é uma disputa entre dois
projetos. Não trabalho com a ideia de que apoios sejam o único fator
relevante pra enfrentar no segundo turno", disse Berzoini pouco antes do
início da reunião com lideranças, governadores e senadores eleitos da
base aliada, que foi convocada por Dilma. A reunião começou na tarde
desta terça-feira (7), em Brasília.
O governador da Bahia,
Jaques Wagner (PT), minimizou o peso que um possível apoio de Marina a
Aécio teria na definição dos votos no segundo turno.
6.out.2014
- Candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) discursa nesta
segunda-feira (6) no Palácio da Alvorada, em Brasília. Além de anunciar
que começará a campanha do segundo turno pelo Nordeste, a presidente
voltou a criticar seu adversário, Aécio Neves (PSDB), após o tucano
rebater a afirmação dela feita neste domingo (5) de que o país teria
medo dos "monstros do passado", em referência ao desempenho do PSDB à
frente do governo brasileiro. "Compare a minha recessão com a dele.
Compare os 'monstros do passado' com o que está acontecendo no meu
governo. Ele pode usar retórica, mas a realidade se imporá", afirmou
Pedro Ladeira/Folhapress
"Eu acho que os votos da Marina não têm patrimonio, não são carimbados.
Os que votaram na Marina coma ideia da mudança, mudança no sentido de
uma nova forma de fazer política, não olham pro Aécio e enxergam isso. O
Aécio é alternância, não é mudança", disse Wagner.
O governador
eleito da Bahia, Rui Costa (PT), também disse acreditar que uma
declaração de apoio de Marina a Aécio tenha pouco impacto no âmbito
regional. "Na Bahia, acho difícil. Não é isso (declaração de apoio) que
vai definir). Porque o perfil do eleitor não tem o perfil de aguardar a
decisão da liderança para uma tomada de decisão", disse Alencar.
As declarações dos líderes petistas chegam em um momento em que as
principais indicações são as de que Marina deverá apoiar Aécio no
segundo turno.
Derrota no ABC
O presidente nacional do
PT e coordenador-geral da campanha à reeleição de Dilma, Rui Falcão,
saiu em defesa do coordenador da campanha em São Paulo, o prefeito de
São Bernardo do Campo, o petista Luiz Marinho. Falcão isentou Marinho de
culpa pela derrota de Dilma na região do ABC paulista, tradicional
reduto do partido em São Paulo.
"Não há nenhuma crítica nossa à
condução do Marinho na campanha. Ele fez uma ótima condução e continua
na condição de coordenador e ampliando (as alianças) com quem ele achar
que é conveniente. O que eu quero dizer é que não há crítica à condução
que ele deu à campanha. O resultado lá não pode ser atribuído ao
Marinho", disse Falcão.
Aécio venceu Dilma em cidades como São
Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul, berço do
sindicalismo que deu origem ao PT no final dos anos 80
Fonte: Uol
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