"Nunca na história deste país" uma ilusão custou tão caro para os aposentados associados de Fundos de Pensão. Literalmente passaram suas mãos sujas nos nossos Fundos, passaram-nos a perna e ainda posam de ofendidos quando os denunciamos.
Arrependidos pelos danos causados a uma classe tão indefesa? É ruim. Talvez estejam arrependidos por não terem liquidado-nos de vez. Mas estamos juntos. Estamos unidos!!!
A combinação de inflação elevada com uma queda expressiva no valor dos ativos de renda variável levou a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil,
a fechar 2015 com déficit atuarial de R$ 16,56 bilhões, conforme dados
preliminares que constam do balanço do banco. Os números oficiais devem
ser divulgados pela entidade de previdência em março, após aprovação dos
dados por seus órgãos de governança.
Ao fim de 2014, a Previ
ostentava um superávit de R$ 12,37 bilhões, já bastante inferior ao
número do fim de 2013, que havia ficado em R$ 24,59 bilhões.
A
inversão de superávit para déficit entre 2014 e 2015 se deve ao fato de
o valor dos ativos ter diminuído de R$ 134,45 bilhões para R$ 119,3
bilhões entre um ano e outro, enquanto o valor presente dos compromissos
com as aposentadorias aumentou de R$ 122,07 bilhões para R$ 135,86
bilhões em igual período.
Esses dados acima constam de
notas explicativas do balanço do banco e se referem a déficits e
superávits apurados segundo os critérios da própria Previ, embora a entidade não confirme os números de 2015.
Para
registrar os ativos e passivos atuariais a que está sujeito por ser
patrocinador dos planos de aposentadoria, o BB precisa adaptar uma série
de premissas e critérios, conforme determinam as normas contábeis a que
está sujeito. E a instituição financeira apresenta as duas apurações em
notas explicativas.
Entre as diferenças estão os critérios de avaliação da participação que a Previ
tem na Vale e na Neoenergia - a entidade de previdência usa o valor
econômico apurado por laudo e o banco o valor de mercado - e também a
taxa de desconto usada para trazer o passivo atuarial a valor presente,
sendo que quanto maior ela for, menor o passivo. A Previ
usa a taxa real de 5%, conforme determina o Conselho Nacional de
Previdência Complementar (CNPC) e o BB adotou taxa de 7,35%, de acordo
com a realidade atual no mercado de títulos públicos.
Feitos
os ajustes, aos olhos do banco o déficit fica muito menor, de R$ 2,95
bilhões, sendo que a parte que lhe cabe é de 50% do total. No balanço do
BB, portanto, o ativo atuarial de R$ 6,13 bilhões referente ao Plano 1
existente em dezembro de 2014 virou um passivo de R$ 1,47 bilhão no fim
do ano passado.
Conforme as regras contábeis atuais, essa
variação total negativa de R$ 7,6 bilhões é registrada diretamente no
patrimônio líquido do BB, sem transitar pela conta de resultados.
O déficit da Previ
foi abordado por analistas na teleconferência de resultados do BB na
manhã de sexta-feira. "Não vemos nenhuma mudança em termos da nossa
contribuição para Previ no curto prazo. Essa foi a
primeira vez que mudamos de superávit para déficit naquele plano em
particular. Há muito espaço para a Previ
gerenciar isso", disse Bernardo Rothe, gerente geral de relações com
investidores do BB, ao ser questionado sobre o assunto. "As posições de
ativos e passivos da Previ vão mudar com o tempo,
dado vários impactos de mercado. Até agora, eles foram negativos, mas
podem ser positivos dependendo de como eles gerenciarem o portfólio."
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