29 fevereiro, 2016

Previ fecha 2015 com déficit atuarial de R$ 16 bi

"Nunca na história deste país"  uma ilusão custou tão caro para os aposentados associados de Fundos de Pensão. Literalmente passaram suas mãos sujas nos nossos Fundos, passaram-nos a perna  e ainda posam de ofendidos quando os denunciamos. 

Arrependidos pelos danos causados a uma classe tão indefesa? É ruim. Talvez estejam arrependidos por não terem liquidado-nos de  vez. Mas estamos juntos. Estamos unidos!!!
 

 A combinação de inflação elevada com uma queda expressiva no valor dos ativos de renda variável levou a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, a fechar 2015 com déficit atuarial de R$ 16,56 bilhões, conforme dados preliminares que constam do balanço do banco. Os números oficiais devem ser divulgados pela entidade de previdência em março, após aprovação dos dados por seus órgãos de governança. 

Ao fim de 2014, a Previ ostentava um superávit de R$ 12,37 bilhões, já bastante inferior ao número do fim de 2013, que havia ficado em R$ 24,59 bilhões. 

A inversão de superávit para déficit entre 2014 e 2015 se deve ao fato de o valor dos ativos ter diminuído de R$ 134,45 bilhões para R$ 119,3 bilhões entre um ano e outro, enquanto o valor presente dos compromissos com as aposentadorias aumentou de R$ 122,07 bilhões para R$ 135,86 bilhões em igual período. 

Esses dados acima constam de notas explicativas do balanço do banco e se referem a déficits e superávits apurados segundo os critérios da própria Previ, embora a entidade não confirme os números de 2015. 

Para registrar os ativos e passivos atuariais a que está sujeito por ser patrocinador dos planos de aposentadoria, o BB precisa adaptar uma série de premissas e critérios, conforme determinam as normas contábeis a que está sujeito. E a instituição financeira apresenta as duas apurações em notas explicativas. 

Entre as diferenças estão os critérios de avaliação da participação que a Previ tem na Vale e na Neoenergia - a entidade de previdência usa o valor econômico apurado por laudo e o banco o valor de mercado - e também a taxa de desconto usada para trazer o passivo atuarial a valor presente, sendo que quanto maior ela for, menor o passivo. A Previ usa a taxa real de 5%, conforme determina o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) e o BB adotou taxa de 7,35%, de acordo com a realidade atual no mercado de títulos públicos. 

Feitos os ajustes, aos olhos do banco o déficit fica muito menor, de R$ 2,95 bilhões, sendo que a parte que lhe cabe é de 50% do total. No balanço do BB, portanto, o ativo atuarial de R$ 6,13 bilhões referente ao Plano 1 existente em dezembro de 2014 virou um passivo de R$ 1,47 bilhão no fim do ano passado. 

Conforme as regras contábeis atuais, essa variação total negativa de R$ 7,6 bilhões é registrada diretamente no patrimônio líquido do BB, sem transitar pela conta de resultados.
O déficit da Previ foi abordado por analistas na teleconferência de resultados do BB na manhã de sexta-feira. "Não vemos nenhuma mudança em termos da nossa contribuição para Previ no curto prazo. Essa foi a primeira vez que mudamos de superávit para déficit naquele plano em particular. Há muito espaço para a Previ gerenciar isso", disse Bernardo Rothe, gerente geral de relações com investidores do BB, ao ser questionado sobre o assunto. "As posições de ativos e passivos da Previ vão mudar com o tempo, dado vários impactos de mercado. Até agora, eles foram negativos, mas podem ser positivos dependendo de como eles gerenciarem o portfólio."
 
 
 

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