27 setembro, 2014

O osso do PT


O Brasil tem um sério problema pela frente. O Partido dos Trabalhadores (PT) simplesmente não está, em termos emocionais e políticos, preparado para a alternância do poder. Na hipótese – já não tão mais remota – de que a Presidente Dilma saia derrotada nas próximas eleições, vai haver muito choro e ranger de dentes e, o que promete ser mais grave, muitas ameaças e tentativas de desestabilização do futuro (se assim o decidir a maioria dos votos) novo governo.

Como deixou claro Daniel Domingues Monteiro (Gramsci e a questão democrática no Brasil) uma parcela considerável da esquerda considera a democracia apenas como um instrumento para a conquista do poder:  adotaram “as conquistas democráticas – pluripartidarismo, liberdade de expressão etc. – como parte inalienável da futura sociedade socialista e, por outro lado, da radicalização democrática como meio de transformar revolucionariamente o país”.

Líderes e base petistas sempre se perceberam como que ungidos pelo povo e que, portanto, sua chegada ao poder teria sido para sempre. Aproxima-se a hora, portanto, de que talvez seja a Nação chamada a enfrentar, de maneira decisiva, a questão da relação entre a democracia e o projeto socialista de transformação social. Aflora, novamente a questão que há meio século atrás tanto angustiou o Partido Comunista Brasileiro , tema da famosa  declaração de março de 1958.

Quem João Pedro Stédile, o presidente do MST, pensa que é?  Antes prometia guerra se Aécio ganhasse. Agora ameaça com terremotos se a vitória ficar com Marina. A Centra Única dos Trabalhadores (CUT), por intermédio de um de seus líderes, Adi dos Santos Lima, promete, no caso da derrota do PT “fazer o que fazíamos no governo Fernando Henrique Cardoso”.

DP
Editorial

DIÁRIO DO PODER

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