O Brasil tem um sério problema pela frente. O Partido
dos Trabalhadores (PT) simplesmente não está, em termos emocionais e
políticos, preparado para a alternância do poder. Na hipótese – já não
tão mais remota – de que a Presidente Dilma saia derrotada nas próximas
eleições, vai haver muito choro e ranger de dentes e, o que promete ser
mais grave, muitas ameaças e tentativas de desestabilização do futuro
(se assim o decidir a maioria dos votos) novo governo.
Como deixou claro Daniel Domingues Monteiro (Gramsci e a questão democrática no Brasil) uma
parcela considerável da esquerda considera a democracia apenas como um
instrumento para a conquista do poder: adotaram “as conquistas
democráticas – pluripartidarismo, liberdade de expressão etc. – como
parte inalienável da futura sociedade socialista e, por outro lado, da
radicalização democrática como meio de transformar revolucionariamente o
país”.
Líderes e base petistas sempre se perceberam como que ungidos pelo
povo e que, portanto, sua chegada ao poder teria sido para sempre.
Aproxima-se a hora, portanto, de que talvez seja a Nação chamada a
enfrentar, de maneira decisiva, a questão da relação entre a democracia e
o projeto socialista de transformação social. Aflora, novamente a
questão que há meio século atrás tanto angustiou o Partido Comunista
Brasileiro , tema da famosa declaração de março de 1958.
Quem João Pedro Stédile, o presidente do MST, pensa que é? Antes
prometia guerra se Aécio ganhasse. Agora ameaça com terremotos se a
vitória ficar com Marina. A Centra Única dos Trabalhadores (CUT), por
intermédio de um de seus líderes, Adi dos Santos Lima, promete, no caso
da derrota do PT “fazer o que fazíamos no governo Fernando Henrique
Cardoso”.
DP
Editorial
DIÁRIO DO PODER
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