20 setembro, 2014

Delação: políticos pedem acesso para fazer cena

  • 20 de setembro de 2014
    A presidenta Dilma pediu acesso à delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, e até recorre ao Supremo Tribunal Federal, mesmo sabendo que o processo está sob segredo de Justiça e não pode ser compartilhado. O “jogo de cena” é igual ao das demais autoridades que pretendem a mesma coisa: todos fingem que não temem o que deveras temem, que seus nomes tenham sido citados.

  • Além de Dilma, outros órgãos federais solicitaram acesso à delação premiada, como Ministério da Justiça e Petrobras. Foram indeferidos.

  • A Controladoria-Geral da União, que nada controla e sempre age após a “porteira arrombada”, também pediu e teve negado acesso à delação.

  • Alguns líderes da oposição, que também temem o teor da delação, queriam saber o que foi revelado por Paulo Roberto Costa. Negado.

  • Só na primeira fase de depoimentos da delação premiada, o ex-diretor citou 49 deputados federais, senadores e ministros. Há mais.

  • Além da conhecida repulsa por diplomatas brasileiros e pelo Ministério das Relações Exteriores, a presidenta Dilma Rousseff também não dá a menor pelota para diplomatas de outros países, negligenciando um dos seus papéis institucionais mais importantes: receber credenciais de embaixadores designados para atuar no Brasil. Até agora, 22 embaixadores estrangeiros aguardam que Dilma agende a cerimônia.

  • O embaixador do Paraguai, Manuel Cáceres, chegou ao Brasil em novembro de 2013. Até hoje não conseguiu entregar as credenciais.

  • O embaixador paraguaio anterior, Evelio Arévalos, chegou em março de 2012 e foi embora há um ano sem conseguir entregar credenciais.

  • Para Dilma, todos diplomatas são como o ex-ministro Antônio Patriota. Ignora que o Itamaraty é um centro de excelência do serviço público.

  • O mundo jurídico em Brasília sabe que, reeleita, Dilma deve indicar em novembro o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) para a vaga de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal. É uma das razões de crítica do ex-presidente Lula à sucessora. Ele não gosta de Cardozo.

  • Apesar das mágoas em relação a Marina Silva, que disputou em 2010 a Presidência da República pelo PV, dirigentes do partido não veem outro caminho a não ser apoiá-la em no segundo turno contra Dilma.

  • Está marcado para quarta (24) o julgamento no Tribunal de Contas da União do presidente da Fecomércio do Ceará, Luiz Gastão. O processo pede o ressarcimento de mais de R$ 4 milhões ao erário, por contratos e pagamentos irregulares durante a gestão de Gastão no Sesc-CE.

  • Candidato à reeleição, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB-PR) decidiu apertar o passo para derrotar Roberto Requião (PMDB) já no primeiro turno. Sabe que é grande a chance de liquidar a fatura logo.

  • Com habilidade e diálogo, o diretor regional dos Correios no Rio Grande do Norte, José Alberto Brito, evitou pela terceira vez em menos de dois anos que a população sofresse com greve nos Correios.

  • O PT não quer Dilma ajudando Armando Monteiro (PTB) na briga pelo governo de Pernambuco. “A gente não pode, agora, desagradar o eleitor de Eduardo Campos”, explica um coordenador nacional do PT.

  • Na briga para tentar aumentar a bancada federal em 2015, o PV agora ameaça expulsar prefeitos, vereadores e dirigentes que apoiarem candidatos de outros partidos. A ordem é ser “implacável contra infiéis”.

  • Após ganhar fôlego nas últimas pesquisas, Aécio Neves (PSDB) deverá subir o tom contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) e segurar um pouco ataques contra Marina Silva (PSB).

  • Nada como uma campanha eleitoral no meio para explicar por que a pesquisa do IBGE mostrando que aumentaram as desigualdades mudou de repente para “caíram as desigualdades”.

    Cláudio Humberto

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