Publicação britânica The Economist comparou o mensalão às denúncias do megaesquema de propina na Petrobras
Dilma Rousseff durante desfile em comemoração da independência brasileira em Brasília (DF) - 07/09/2014
(Fernando Bizerra Jr./EFE)
A presidente Dilma Rousseff (PT) pode não ter a mesma sorte do
ex-presidente Lula (PT), que saiu "ileso" do escândalo do mensalão,
segundo a revista britânica The Economist, em artigo publicado em sua edição online. A publicação compara o mensalão às denúncias de um esquema de propina na Petrobras e diz que a delação do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa pode afetar o resultado das eleições.
"Lula teve um ano para sacudir a poeira, enquanto desta vez Dilma tem somente um mês até o dia do pleito", afirma a Economist,
destacando que vencer Marina Silva (PSB) já era um forte desafio para a
petista. O artigo aponta que o nome de Eduardo Campos também foi citado
por Costa, mas argumenta que nenhum outro nome ligado ao PSB foi
envolvido e que Marina é vista como uma pessoa "ética" pela maioria dos
brasileiros.
A revista destaca que a delação de Costa precisará ser
"cuidadosamente corroborada". "Mas a questão deve despertar memórias de
deslizes do PT que a presidente vem tentando arduamente colocar para
trás", diz a publicação. "Não ajuda a presidente o fato de que, se forem
verdade, os desvios alegados na Petrobras aconteceram debaixo do seu
nariz, primeiro como ministra de Minas e Energia de Lula, depois como
presidente do conselho administrativo da companhia."
Segundo a Economist, a campanha eleitoral, que já havia recomeçado do zero após a morte de Eduardo Campos, foi "sacudida" novamente.
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