Nesse fim de governo do PT, os fundos de pensão estão na berlinda. A
gigante Petros teve contas do último ano rejeitadas pelo conselho
fiscal, e a líder Previ se debate ante ameaças: pagamento de valores
exagerados a executivos, contestadas transferências ao patrocinador
(Banco do Brasil) e bônus altos aos conselheiros. Pouco adianta
questionar, pois a Superintendência de Previdência Complementar (Previc)
não dá respostas com rapidez. Agora, surge nova ameaça: generoso, o
Brasil estaria interessado na aquisição de títulos do governo argentino.
Trata-se de investimento onde a possibilidade de lucrar é ínfima,
diante das enormes perspectivas de perdas, como já ocorreu com o fundo
dos Correios, o Postalis.
A 30 de agosto, publicou o jornal Clarín, em matéria assinada por Marcela Pagano: “Fundos de pensão brasileiros negociando com credores da argentina”. Diz a nota: “Após as frustradas negociações dos bancos estrangeiros para comprar a dívida dos chamados fundos abutres, agora entraram em cena os fundos de pensão brasileiros”. Até a jornalista argentina questiona qual o interesse dos fundos – ou do Governo Dilma, que tem poder sobre os fundos – na compra de um papel de baixo prestígio no mercado internacional. Acrescenta: “A oferta teria sido apresentada pelos fundos do Banco do Brasil (Previ), Petrobras(Petros) e BNDES (Fapes)”. Segundo a nota, os fundos brasileiros teriam oferecido US$ 0,60 por cada dólar de dívida, enquanto os chamados “fundos abutres” querem US$ 0,80.
Por que os brasileiros iriam querer ficar com a dívida da Argentina em mãos dos abutres? De acordo com a informação, esses fundos teriam títulos soberanos argentinos e também investiram em ações de empresas locais. “Se a Argentina continuar em default, e o acordo que o mercado espera que surja antes do fim do ano não for alcançado, então esses ativos financeiros desabarão, gerando grandes perdas para os fundos”.
Após a Copa do Mundo, o Brasil está de olho nas eleições e sequer foi dado destaque a que o ministro da Economia, Axel Kicillof, esteve no Brasil para conversa reservada com seu colega Guido Mantega. E conclui o jornal: “Fontes do mercado financeiro disseram ao Clarín que o verdadeiro motivo da reunião entre os ministros foi analisar a possibilidade de um acordo para que as entidades financeiras brasileiras obtenham a dívida em mãos dos fundos abutres”.
Um porta-voz dos participantes dos fundos disse à coluna que, desta vez, o Postalis ficará de fora por razão simplória: já contabilizou perdas com esses papéis. A fonte questiona: “Os fundos de pensão, que não são entidades financeiras, pretendem ser mais profissionais do que os bancos, que se desinteressaram pelo projeto? A oferta dos fundos brasileiros, se for mesmo de US$ 0,60 por dólar, é o dobro do que o país vizinho oferece aos abutres. Nessas condições básicas pré-conhecidas, mesmo que a proposta seja aceita, já estará configurado um prejuízo de 50%, e ainda sem garantia de recebimento”.
Indo além, outra fonte dos participantes questiona: “Fundos de pensão brasileiros estão investindo em títulos de outros países, como ocorreu com o Postalis? Tais investimentos são secretos? Os gestores dos fundos de pensão não levam em consideração o ‘risco Argentina’? Quem assegura que, mesmo com essa transação, a Argentina não continuará em default, ou seja, ‘tecnicamente quebrada’ ? Quem garante o pagamento dos títulos, se nem um tribunal norte-americano o conseguiu? Que tipo de administrador financeiro arrisca mais dinheiro, com perda já assegurada de 50%, para tentar manter o valor de outros investimentos já em risco?”
Caso os fundos brasileiros estejam mesmo entrando nesse terreno perigoso, é o caso de se perguntar se isso ocorre de forma técnica, na busca arriscada de lucro, ou decorre de pressão do governo brasileiro, interessado em dar respaldo político à companheira Cristina Kirchner. Caso a última opção for correta, haverá aí ação temerária, pois os fundos, obrigados a prover aposentadorias e pensões por séculos à frente – a Previ é de 1904, antes da previdência oficial – jamais deveriam ingressar no sensível setor de papéis de alto risco.
A 30 de agosto, publicou o jornal Clarín, em matéria assinada por Marcela Pagano: “Fundos de pensão brasileiros negociando com credores da argentina”. Diz a nota: “Após as frustradas negociações dos bancos estrangeiros para comprar a dívida dos chamados fundos abutres, agora entraram em cena os fundos de pensão brasileiros”. Até a jornalista argentina questiona qual o interesse dos fundos – ou do Governo Dilma, que tem poder sobre os fundos – na compra de um papel de baixo prestígio no mercado internacional. Acrescenta: “A oferta teria sido apresentada pelos fundos do Banco do Brasil (Previ), Petrobras(Petros) e BNDES (Fapes)”. Segundo a nota, os fundos brasileiros teriam oferecido US$ 0,60 por cada dólar de dívida, enquanto os chamados “fundos abutres” querem US$ 0,80.
Por que os brasileiros iriam querer ficar com a dívida da Argentina em mãos dos abutres? De acordo com a informação, esses fundos teriam títulos soberanos argentinos e também investiram em ações de empresas locais. “Se a Argentina continuar em default, e o acordo que o mercado espera que surja antes do fim do ano não for alcançado, então esses ativos financeiros desabarão, gerando grandes perdas para os fundos”.
Após a Copa do Mundo, o Brasil está de olho nas eleições e sequer foi dado destaque a que o ministro da Economia, Axel Kicillof, esteve no Brasil para conversa reservada com seu colega Guido Mantega. E conclui o jornal: “Fontes do mercado financeiro disseram ao Clarín que o verdadeiro motivo da reunião entre os ministros foi analisar a possibilidade de um acordo para que as entidades financeiras brasileiras obtenham a dívida em mãos dos fundos abutres”.
Um porta-voz dos participantes dos fundos disse à coluna que, desta vez, o Postalis ficará de fora por razão simplória: já contabilizou perdas com esses papéis. A fonte questiona: “Os fundos de pensão, que não são entidades financeiras, pretendem ser mais profissionais do que os bancos, que se desinteressaram pelo projeto? A oferta dos fundos brasileiros, se for mesmo de US$ 0,60 por dólar, é o dobro do que o país vizinho oferece aos abutres. Nessas condições básicas pré-conhecidas, mesmo que a proposta seja aceita, já estará configurado um prejuízo de 50%, e ainda sem garantia de recebimento”.
Indo além, outra fonte dos participantes questiona: “Fundos de pensão brasileiros estão investindo em títulos de outros países, como ocorreu com o Postalis? Tais investimentos são secretos? Os gestores dos fundos de pensão não levam em consideração o ‘risco Argentina’? Quem assegura que, mesmo com essa transação, a Argentina não continuará em default, ou seja, ‘tecnicamente quebrada’ ? Quem garante o pagamento dos títulos, se nem um tribunal norte-americano o conseguiu? Que tipo de administrador financeiro arrisca mais dinheiro, com perda já assegurada de 50%, para tentar manter o valor de outros investimentos já em risco?”
Caso os fundos brasileiros estejam mesmo entrando nesse terreno perigoso, é o caso de se perguntar se isso ocorre de forma técnica, na busca arriscada de lucro, ou decorre de pressão do governo brasileiro, interessado em dar respaldo político à companheira Cristina Kirchner. Caso a última opção for correta, haverá aí ação temerária, pois os fundos, obrigados a prover aposentadorias e pensões por séculos à frente – a Previ é de 1904, antes da previdência oficial – jamais deveriam ingressar no sensível setor de papéis de alto risco.
Fonte: Monitor Digital
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