30 setembro, 2014

Haverá amanhã! Ou: Chega de especulação!

As contas do governo central — que são compostas pelas contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social — registraram, informa a VEJA.com, um déficit primário de R$ 10,423 bilhões de reais. É o pior resultado fiscal para meses de agosto em 18 anos. Segundo a série histórica do Tesouro Nacional, que começa em 1997, foi a primeira vez que o governo central teve resultado negativo em um mês de agosto. Dá para ser otimista assim? Não dá! Aliás, nem otimista nem pessimista. Cumpre ser realista.

Está na cara que o governo Dilma estourou com as contas públicas; estourou, como disse o ex-presidente FHC, com a boa governança na economia. Mas, atenção!, vamos com calma! Haverá ainda um país no dia 27 de outubro, pouco importa quem seja o eleito.

De fato, quero deixar claro que acho, sim, que há especulação exagerada. Embora eu entenda os motivos — e também os aponte — que fazem os agentes econômicos desconfiar de Dilma, não dá para fazer de conta que o país está à beira do abismo. Porque isso também não é verdade.

Vocês sabem o quanto lastimo a campanha eleitoral terrorista que o PT vem fazendo. Ainda nesta segunda, Dilma afirmou que um de seus adversários, Aécio Neves, é o retrocesso; a outra, Marina Silva, seria a aventura. Só ela própria, Dilma, seria a opção segura. Opção segura de quê? De crescimento perto de zero, de inflação no teto da meta e juros cavalares? Ora, tenha paciência, presidente. Assim, a senhora não consegue pôr os pingos nos is.

Se abomino o terrorismo dilmista, também repudio a especulação desenfreada, que dá a entender que não haverá amanhã se Dilma for reeleita. É claro que haverá. Pessoalmente, acho que, dos três amanhãs possíveis, esse é o pior. Mas o Brasil seguirá ainda como uma das maiores economias do mundo, com um empresariado operoso — embora vivendo dificuldades terríveis — e com uma agropecuária entre as mais competitivas do mundo.

Eu não estou aqui a dizer um “senta que o leão é manso”. Não é manso nada! Ele é até bem rabugento. Mas o Brasil vai superar as dificuldades. Uma coisa importante é a seguinte: qualquer que seja o futuro presidente, que a gente não abandone a política, a crítica permanente e a cobrança de resultados. Dilma só estourou com os fundamentos da economia porque, durante muito tempo, nós todos, inclusive a imprensa, fomos condescendentes com ela.

Nunca um país se beneficiou do amortecimento do espírito crítico. Quem gosta de ditadura de opinião é Lula. Nós gostamos é de pluralidade. O Brasil é maior do que a eventual reeleição de Dilma — que, de resto, está longe de ser garantida. É preciso, em suma, parar com as especulações de um lado e de outro.
Por Reinaldo Azevedo

FHC ironiza Dilma: “Merece o Nobel de Economia; conseguiu arrebentar com tudo ao mesmo tempo”

Na VEJA.com:
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ironizou a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira, em Fortaleza, ao falar para 1.200 empresários. “Ela merece o Prêmio Nobel da Economia, pois conseguiu arrebentar tudo ao mesmo tempo. Isso é muito difícil de fazer em economia”, disse para aplausos dos empresários cearenses. Outra crítica a Dilma foi a passagem dela na Organização das Nações Unidas (ONU) na semana passada. “É triste quando a presidente do Brasil diz que vamos negociar com quem quer degolar”, afirmou, referindo-se à sugestão de Dilma de estabelecer um diálogo com os terroristas do Estado Islâmico.

Acompanhado do candidato ao Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), FHC pediu votos para o presidenciável Aécio Neves, mas admitiu que é muito difícil ele ir para um 2º turno. “Se fosse pelas qualidades dele, iria, mas a máquina federal está muito organizada para reeleger a presidente e o apelo de Marina é forte”, destacou. FHC disse que “infelizmente, o que vale agora nas eleições é o marquetismo que confunde tudo e acaba elegendo presidente”.

O ex-presidente fez referências à corrupção como mal maior hoje no país. “Temos que abrir o jogo da corrupção, mas a crise política é muito maior que a dificuldade econômica “. FHC esteve em Fortaleza para participar do Fórum Brasil em Debate, promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) e pela Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE).


'Presidente não pode mentir, isso é 
A presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, subiu o tom nos ataques à adversária
Marina Silva, do PSB, sobre as votações da então
senadora
na questão da CPMF (Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira). Ao final do ato que participou, nesta terça, 30, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, de apoio dos atletas à sua candidatura, Dilma disse que um presidente "não pode mentir".
"Errar é humano, pode até se confundir, mas não pode mentir. Um presidente não pode mentir. Isso é desvio de caráter", disse.
As acusações de Dilma Rousseff sobre Marina Silva tratam da aprovação da lei que regulamentou o imposto após o processo de discussão em plenário durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na época, Marina votou, em mais de uma ocasião, contra a criação do imposto, seguindo o posicionamento da bancada do PT.
Durante o debate entre os presidenciáveis na Band, na sexta, 26, Marina usou a votação da CPMF no Congresso para falar de sua atuação no Senado e disse: "ainda que meu partido [PT] fosse contra".
No horário eleitoral, a campanha de Dilma Rousseff elaborou uma peça em que diz que Marina "mente".
Marina voltou a ser questionada sobre o tema no debate da Record, no domingo, 28. No ar, ela falou que votou favorável ao imposto, mas para jornalistas, após o encontro, a candidata mudou a versão dizendo ter sido favorável apenas na comissão.
Na segunda (29), o PSB divulgou nota informando que o PT "distorce a realidade e mente sobre a questão da CPMF". O documento segue: " Não houve qualquer alteração no projeto que a Câmara aprovou. O único voto contrário foi do senador Fernando Bezerra (PMDB-RN). A votação foi simbólica, sem registro eletrônico do voto. A bancada do PT no Senado –e
Relatos
Monteiro Lobato: Conta Outra Vez
Caixa reúne oito livros, cada um ilustrado por um artista diferente
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Site
1 de 3 30/09/14 20:05
'Presidente não pode mentir, isso é desvio de caráter', diz Dilm... http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/09/1525055-presid...
Marina era senadora pelo PT no período– foi favorável ao projeto, de maneira contrária ao que decidiram os deputados do partido", completa.
BOLSA DE VALORES
Sobre a queda da Bolsa de Valores a cada pesquisa eleitoral e, principalmente, quando ela sobe nas pesquisas, Dilma Rousseff disse não se importar com isso.
"Que dia é hoje? Hoje é dia 30, certo? O mercado está realizando lucro. Não dou grande importância para isto", afirma Dilma Rousseff.
A presidente também considerou positivo o leilão do 4G realizado nesta terça (30). Para ela, no moimento não se pensa em usar o dinheiro obtido para completar o superavit primário.
"O leilão do 4G foi feito para universalizar a banda larga no país. Qualquer outra consideração, seja para compor o superavit ou não, é secundária. Não há regra de quanto deve render o leilão para ser bem sucedido. Acho R$ 5 bi bem significativo", disse Dilma Rousseff.
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Marina vai à batalha do 1º turno sem ‘infantaria’



O bombardeio dos rivais e as avarias sofridas nos índices de pesquisas não são os únicos problemas de Marina Silva. A cinco dias da eleição, a campanha da presidenciável do PSB exibe nas ruas da maior parte dos Estados uma estrutura precária. Marina virou uma comandante sem exércitos. Julgando-se desprezados, os candidatos aos legislativos estaduais e ao Congresso cuidam dos seus próprios interesses, sem dar atenção à campanha nacional.
 



Campanha presidencial 2014 

29.jul.2014 - O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, participa de caminhada pelo comércio da cidade de Serra, região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, nesta terça-feira PSB
Tomando o caso de São Paulo como exemplo, um aliado de Marina que entende de urnas e sabe fazer contas colecionou os seguintes dados: estão em jogo na disputa paulista 164 cadeiras de deputados federais e estaduais. Há incontáveis postulantes, mas os que têm alguma chance não passam de cinco por vaga. No total, 820 candidatos competitivos em todo o Estado.

Cada um desses 820 candidatos dispõe de pelo menos 300 pessoas contratadas para trabalhar na campanha de rua diariamente. Juntas, somam 246 mil cabeças. Nesta semana, reta final da campanha, esse número é multiplicado por dez. Quer dizer: há hoje nas ruas do Estado de São Paulo cerca de 2,46 milhões de pessoas trabalhando na eleição.

Quantos distribuem santinhos, colam cartazes e transportam cavaletes com propaganda de Marina? Nem mesmo os correlegionários dela. Há no PSB paulista cerca de 160 candidatos. Os mais viáveis somam 20. Mantinham nas ruas algo como 6 mil pessoas. Nesta semana, elevaram o contingente para 60 mil. A grossa maioria ignora Marina.

Por quê? Alegam não ter recebido material de campanha associando suas imagens à de Marina. E sustentam que não obtiveram algo ainda mais trivial: um gesto de apreço da presidenciável.

Um aliado de Marina compara a disputa eleitoral a uma guerra. Começa com o disparo de bombas a partir de navios e aviões. Algo que pode ser feito pelos próprios presidenciáveis e por aliados bem-postos na mídia —de políticos a artistas. Porém, numa disputa acirrada como a atual, afirma o interlocutor do blog, é a infantaria que costuma ganhar a guerra.



Doleiro da ‘Lava Jato’ recusa delação premiada


  • 30 de setembro de 2014
    O doleiro Carlos Habib Chater, um dos personagens da Operação Lava Jato, preso há seis meses pela Polícia Federal, decidiu não fazer delação premiada. “Podem me condenar a 200 anos de cadeia, mas não faço isso”, segundo amigos próximos. O Ministério Público Federal (MPF) pediu sua condenação a 12 anos e 1 mês de prisão por evasão de divisas e por “lavar” dinheiro para o traficante Renê Pereira.

  • Chater confirmou à Justiça que “lavou” US$ 124 mil para o traficante René Pereira, cuja pena solicitada pelo MPF é de 28 anos e 9 meses.

  • O preso Carlos Habib Chater responde a outro processo penal na Lava Jato, por suas conexões com o megadoleiro Alberto Youssef.

  • Outro preso na Lava Jato, André Catão, ligado a Chater, responde por evasão e lavagem de dinheiro. O MPF pediu 9 anos e meio para ele.

  • Alberto Youssef, ao contrário, optou pela “delação total” de políticos e comparsas, como Chater, que estavam no Petrolão e outros esquemas.

  • Somente após as eleições, a direção nacional do Partido Progressista (PP) vai se mexer para expulsar o suplente de vereador Jac Souza Santos, que ontem sequestrou um funcionário do Hotel St. Peter, em Brasília. A alegação de um dirigente do PP é que o presidente nacional, senador Ciro Nogueira (PI), “está muito ocupado” com a campanha. Jac, que se assina “Jack”, tentou ser vereador em Combinado (TO).

  • Jac exigiu a saída de Dilma e a deportação do terrorista de verdade Cesare Battisti, homicida italiano protegido pelo ex-presidente Lula.

  • O sequestrador Jac Souza Santos deverá ser beneficiado pela lei que protege sociopatas e os solta, como o assassino do cartunista Glauco.

  • Joaquim Barbosa chega aos 60 anos no próximo dia 7. Se estivesse na ativa, teria direito a mais dez anos no Supremo Tribunal Federal.

  • A Justiça do Trabalho está sendo usada para um golpe sujo, no DF: o reclamante informa endereço errado da ex-empresa, e o processo corre à revelia. Só na fase de execução ele informa o endereço certo, para notificar o empregador desavisado e tomar dinheiro do otário.

  • O futuro desempregado Guido Mantega se apressou em dizer que a estimativa do Banco Central de crescimento de 0,7% da economia “é só uma projeção”, e que a da Fazenda é de 0,9%. Grande coisa!

  • Após duas semanas de intenso tiroteio, o candidato a governador de Minas, Pimenta da Veiga (PSDB), acumula 10 pontos a mais que o rival Fernando Pimentel (PT), mas em rejeição. Bater, às vezes, é tiro no pé.

  • O PT-PE chega rachado às eleições. A facção PTLM (Lutas e Massas), rompeu com João Paulo, candidato ao Senado, para apoiar Fernando Bezerra Coelho (PSB). Também apoia o socialista Paulo Câmara para o governo, até porque petista não vota no usineiro Armando Monteiro.

  • Deputados do PMDB-PR estão indignados com o vice Michel Temer, que gravou mensagem de apoio à reeleição do petista Zeca Dirceu, filho do ex-ministro José Dirceu, preso no processo do mensalão.

  • O PT não tem do que reclamar da afiliada da Globo no Ceará. O TRE proibiu a veiculação de comerciais do petista Camilo Santana, no sábado, mas a ordem foi ignorada: sete inserções foram exibidas.

  • Políticos potiguares foram pegos de surpresa com a delação premiada do lobista George Olímpio, antecipada nesta coluna. O início das formalidades com o Ministério Público se deu na semana passada.

  • Dilma Rousseff (PT) não quis encarar 28 km de carro para gravar um vídeo nas cercanias de Brasília. Usou helicóptero presidencial nos primeiro 10km e só depois seguiu de carro. Curtos 18 km.

  • …após criticar o combate ao “Estado Islâmico”, Dilma corre o risco de ser convocada pela ONU a liderar uma tentativa de negociação com os terroristas que cortam cabeças.



29 setembro, 2014

Petrobras despenca 11% e puxa maior queda da Bolsa em três anos

Uma forte queda nas ações da Petrobras fez com que o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechasse em queda de 4,52% nesta segunda-feira (29), aos 54.625,35 pontos. É a maior queda percentual diária desde 9 de setembro de 2011, quando a Bovespa caiu 4,8%. 
 
A ação preferencial da Petrobras (PETR4), que dá prioridade na distribuição de dividendos, despencou 11,17%, e foi responsável, sozinha, por 20% dos negócios da Bolsa. A estatal é uma das empresas mais afetadas pelas expectativas em relação às eleições do domingo.

Na última sexta, o Datafolha divulgou uma alta na intenção de votos para a atual presidente, Dilma Rousseff, que tem sido criticada pelo mercado por causa da condução de sua política econômica e por intervenções nas empresas estatais.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 1,64%, a R$ 2,456 na venda. É o maior valor de fechamento desde 9 de dezembro de 2008, durante a crise financeira internacional, quando o dólar fechou em R$ 2,473.

Mantega minimiza efeito de eleição no mercado

As oscilações do mercado financeiro --com queda da Bolsa e alta do dólar-- são resultado de instabilidade no cenário internacional, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele disse acreditar que o efeito das eleições "é uma parte pequena da flutuação" atual dos mercados.

O mercado reagiu mal às últimas pesquisas eleitorais, que mostraram melhora de Dilma na disputa pela reeleição.

Expectativa com eleições derruba bancos e estatais

A expectativa com as eleições presidenciais no próximo final de semana puxou as ações de estatais, bancos e exportadoras. Além da ação preferencial da Petrobras, que teve a maior queda do Ibovespa, a ação ordinária (PETR3) fechou em queda de 10,44%, a R$ 17,75.
O papel do Banco do Brasil (BBAS3) também apareceu entre as maiores quedas, perdendo 8,55%, a R$ 27,28. A ação do Itaú (ITUB4) recuou 7%, a R$ 35,06; a do Bradesco (BBDC4) perdeu 7,03%, a R$ 35,69.

Protestos em Hong Kong influenciam mercados internacionais

A maioria das Bolsas internacionais fechou em queda por causa da insegurança causada pelos protestos populares em Hong Kong.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, fechou em queda de 1,9%. A Bolsa de Sydney teve queda de 0,93%; Taiwan perdeu 0,32%; Coreia do Sul caiu 0,25%; Cingapura fechou quase estável, com leve queda de 0,08%. A Bolsa do Japão subiu 0,5%, e a da China, ganhou 0,43%.

Na Europa, bancos e grupos de luxo foram os mais afetados. A Bolsa de Madri, na Espanha, recuou 1,52%; a da Itália perdeu 1,29%; o índice da França perdeu 0,83%.

A Alemanha fechou em queda de 0,71%; Portugal caiu 0,22%; a Bolsa de Londres, na Inglaterra, fechou quase estável, com leve queda de 0,04%.
(Com Reuters) 

Arte/UOL

Saiba quais são os motivos do sobe e desce do dólar, as medidas adotadas pelo governo e quem essa oscilação beneficia
 
Entenda

Conheça dez erros comuns ao investir na Bolsa

COMPRAR NA ALTA, VENDER NA BAIXA. É realmente muito dificil acertar o momento de comprar ou vender uma ação, mas esse erro consagrado de investimento muitas vezes ocorre por pura falta de estratégia. "O investidor toma a decisão [de aplicar em ações] porque saiu na mídia que a Bolsa bateu recorde, ou porque subiu mais de 80% num ano", diz o consultor André Bona, da Valor Investimentos. Quase sempre, o cenário que favoreceu esse fato já mudou 05.out.200 - Alex Almeida/Folhapress
 

Entenda alguns termos curiosos do mercado financeiro

O mercado está andando de lado, os investidores estão realizando lucros com as blue chips, os "bulls" estão comprados e os "bear" estão vendidos. Entendeu? Confira o significado e a origem de alguns termos curiosos usados no mercado financeiro Arte/UOL
 

Uol


Com Petrobras arrombada, Dilma posa de xerife

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“Uma coisa tem que ficar clara”, disse Dilma Rousseff, no debate presidencial veiculado pela Record, ao tentar distanciar-se do escândalo de corrupção da Petrobras. “Quem demitiu o Paulo Roberto fui eu. A Polícia Federal do meu governo investigou todos esses malfeitos, esses crimes, esses ilícitos. E eu sou a única candidata que apresentei propostas concretas de combate à corrupção, principalmente à impunidade. Como, por exemplo, tornar o crime de caixa dois um crime eleitoral…”






Debates entre os presidenciáveis

28.set.2014 - Candidatos à Presidência participam de debate promovido pela TV Record, neste domingo. Da esquerda para direita, participam os candidatos Levy Fidelix (PRTB), Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV), Marina Silva (PSB), e Luciana Genro (PSOL) Leia mais Gabriela Biló/Futura Press/Estadão Conteúdo

Dilma tentava responder a ataques feitos pelo tucano Aécio Neves e pelo Pastor 
Everaldo. Faltou-lhe, porém, um mínimo de nexo. Nomeado diretor de Abastecimento da Petrobras em 2004, sob Lula, Paulo Roberto Costa, o delator da petroroubalheira, deixou a estatal em 2012, segundo ano da gestão Dilma. Mas saiu sob rasgados elogios pelos “bons serviços” prestados.

A Polícia Federal atua no caso sob convocação da Procuradoria da República, avalizada pela Justiça Federal. Quanto às “propostas concretas de combate à corrupção”, foram anunciadas por Dilma na última sexta-feira, 12 anos depois da chegada do PT ao poder federal. Redigidas em cima da perna, tais propostas ganharam a propaganha eleitoral no sábado, véspera do debate.

A despeito da fragilidade de suas posições, Dilma animou-se a endereçar uma pergunta sobre Petrobras ao rival tucano Aécio Neves. “Em discurso proferido na Câmara em março de 1997, o senhor declarou que pode ser que chegue o momento de discutirmos a privatização da Petrobras… Recentemente, o senhor voltou ao tema, dizendo que a Petrobras não está no radar da privatização do PSDB. Queria dois esclarecimentos: assumiria aqui o compromisso de nunca colocar a privatização da Petrobras no radar? Quais as privatizações que estão no radar?''

Surpreendido com a inusitada levantada de bola, Aécio cortou com gosto: “Tenho sido absolutamente claro sobre a Petrobras. Não vamos privatizá-la. Inclusive, um projeto de lei que proíbe a sua privatização é de autoria do PSDB. Mas eu vou reestatizá-la. Vou tirá-la das mãos desse grupo político que tomou conta dessa empresa e está fazendo aquilo que nenhum brasileiro poderia imaginar: negócios! Há 12 anos.”

Aécio puxou Dilma para perto da encrenca: “A senhora era presidente do Conselho de Administração dessa empresa. É vergonhoso. As denuúcias não cessam. A última, dessa semana, é que o coordenador da sua campanha [de 2010, Antonio Palocci], …buscou desse esquema de propinas recursos para financiá-la. Eu prefiro não acreditar nisso, mas não há, senhora candidata, e vou falar de forma franca, não há um sentimento de indignação” de sua parte.
O tucano prosseguiu: “Não vejo em momento algum a senhora dizendo: ‘não é possível que fizeram isso nas minhas barbas, sem eu saber o que estava acontecendo. Essa indignação está faltando.”

Dilma não se deu por achada: “Candidato, eu combato a corrupção para fortalecer a Petrobras. Tem gente que combate para usar as denúncais de corrupção para enfraquecer a Petrobras. Eu registro que os senhores foram sempre favoráveis a uma relação com a petrobras de privatização. É eleitoreiro falar que o senhor vai reestatizar. Aliás, o senhor vendeu uma parte das ações a preço de banana. E tentaram tirar o ‘bras’ do nome Petrobras. Bras, de Brasil. Por quê? Para vender mais fácil no exterior.”

Aécio trocou o escândalo em miúdos: “Eu não vendi nada, candidata. Mas vou votar ao tema, que é central. Apenas a denúncia do diretor nomeado pelo governo do PT e mantido no seu governo, apenas aquilo que ele assume que foi desviado da Petrobras, permitiria que 450 mil crianças estivessem numa creche. Possibilitaria que 50 mil casas do Minha Csa, Minha Vida tivessem sido construídas. Aí é que está o dolo, aí é que a corrupção impacta na vida das pessoas.”

Coube ao nanico Levy Fidelix, numa “conversa de compadres'' com Pastor Everaldo, injetar no debate o fantasma do doleiro Alberto Youssef, que também decidiu suar o dedo indicador. “Everaldo, já tivemos alguns escândalos bem recentes: mensalão e outros que ainda estão por surgir. Creio que, até o final dessa eleição, ao que tudo indica, vem o tal do Youssef com as suas denúncias. Acho que essa eleição não vai terminar bem.”

Em vez de fazer pose de xerife diante da estatal arrombada, Dilma deveria considerar a hipótese de passar a vassoura no setor energético do seu governo enquanto é tempo. Convém cuidar dos minutos, que as horas passam. Está cada dia mais complicado sustentar a pantomima do ‘eu não sabia’.

Blog do Josias

 

27 setembro, 2014

O osso do PT


O Brasil tem um sério problema pela frente. O Partido dos Trabalhadores (PT) simplesmente não está, em termos emocionais e políticos, preparado para a alternância do poder. Na hipótese – já não tão mais remota – de que a Presidente Dilma saia derrotada nas próximas eleições, vai haver muito choro e ranger de dentes e, o que promete ser mais grave, muitas ameaças e tentativas de desestabilização do futuro (se assim o decidir a maioria dos votos) novo governo.

Como deixou claro Daniel Domingues Monteiro (Gramsci e a questão democrática no Brasil) uma parcela considerável da esquerda considera a democracia apenas como um instrumento para a conquista do poder:  adotaram “as conquistas democráticas – pluripartidarismo, liberdade de expressão etc. – como parte inalienável da futura sociedade socialista e, por outro lado, da radicalização democrática como meio de transformar revolucionariamente o país”.

Líderes e base petistas sempre se perceberam como que ungidos pelo povo e que, portanto, sua chegada ao poder teria sido para sempre. Aproxima-se a hora, portanto, de que talvez seja a Nação chamada a enfrentar, de maneira decisiva, a questão da relação entre a democracia e o projeto socialista de transformação social. Aflora, novamente a questão que há meio século atrás tanto angustiou o Partido Comunista Brasileiro , tema da famosa  declaração de março de 1958.

Quem João Pedro Stédile, o presidente do MST, pensa que é?  Antes prometia guerra se Aécio ganhasse. Agora ameaça com terremotos se a vitória ficar com Marina. A Centra Única dos Trabalhadores (CUT), por intermédio de um de seus líderes, Adi dos Santos Lima, promete, no caso da derrota do PT “fazer o que fazíamos no governo Fernando Henrique Cardoso”.

DP
Editorial

DIÁRIO DO PODER

26 setembro, 2014

Datafolha sinaliza virada do medo na sucessão

Editoria de Arte/Folha
Os dados que o Datafolha divulgou na noite desta sexta-feira (26) exibem algo muito parecido com o que os amantes do futebol chamam de virada. No caso da sucessão, uma virada do medo contra o desejo de mudar. A melhor explicação para o fenômeno vem do Nordeste. Ali, informa a pesquisa, Marina Silva despencou nove pontos percentuais. E Dilma Rousseff subiu seis. Uma evidência de que a eficácia do terrorismo eleitoral cresce na proporção direta da dependência em relação a programas como o Bolsa Família.
No total geral, Dilma voltou a oscilar para o alto. Em uma semana, subiu de 37% para 40%. Marina escorregou três pontos, de 30% para 27%. A vantagem alargou-se para 13 pontos. Aécio Neves ficou praticamente estável: foi de 17% para 18%. No cenário de segundo turno, Dilma subiu de 44% para 47%. Com isso, ultrapassou Marina, que caiu de 46% para 43%.
Construída lentamente, desde o início do mês, a mudança de cenário não é negligenciável. Mantidas as tendências de ascensão de Dilma e de queda de Marina, não se pode excluir nem mesmo a hipótese de a candidata do PT prevalecer no primeiro turno. É improvável. Mas não é impossível.
Numa conta que considera apenas os votos válidos, como faz a Justiça Eleitoral ao contabilizar as urnas, Dilma teria 45%. Marina, 31%. Aécio, 21%. Para liquidar a fatura, a presidente precisaria obter mais votos do que a soma dos votos de seus rivais. Marina e Aécio somam 52%. Os candidatos nanicos, 3%.
Na hipótese de sobreviver à artilharia, Marina terá de fazer outra campanha no segundo turno para reverter a aparência de espantalho que o marqueteiro João Santana grudou no seu rosto. Considerando-se apenas os votos válidos, Dilma tem 52%. Marina, 48%. O tempo de propaganda de tevê passaria a ser igual –dez minutos para cada candidata. O problema de Marina será encontrar um enredo que a retire da defensiva.



Editoria de Arte/Folha 

 Blog do Josias

25 setembro, 2014

Bancários rejeitam proposta e fazem greve a partir do dia 30 no país


Os bancários decidiram, em assembleia na noite desta quinta-feira (25), entrar em greve a partir do dia 30 de setembro em 18 Estados e mais o Distrito Federal. A paralisação foi aprovada nas capitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e Campo Grande.

Também foi aprovada a greve nos Estados de Alagoas, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Pará, Roraima, Acre, Sergipe, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. Os sindicatos aprovaram greve nas regiões de Campinas (SP), Apucarana (PR), Guarapuava (PR), Cornélio Procópio (PR), Londrina (PR), Juiz de Fora (MG), Joaçaba (SC), Chapecó (SC), Limeira (SP), Piracicaba (SP), Uberaba (MG), Angra dos Reis (RJ), Baixada Fluminense (RJ), Sul Fluminense (RJ), Três Rios (RJ), Itaperuna (RJ), Teresópolis (RJ), Macaé (RJ), Campina Grande (PB), Rondonópolis (MT), Barra das Garças (MT), Dourados (MS), Itabuna (BA), Vitória da Conquista (BA), Camaçari (BA), Feira de Santana (BA), Ilhéus (BA), Jacobina (BA), Jequié ( BA), Juazeiro (BA) e Vale do Paranhana (RS) 

No total, a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) representa 134 sindicatos no país. No Brasil, há cerca de 500 mil bancários. Apenas em São Paulo, Osasco e região são 142 mil funcionários. 




A categoria pede reajuste real (acima da inflação) de 5,8% e rejeitou a proposta dos bancos de aumento de 0,61% acima da inflação de 6,35% (INPC). 

No ano passado, o reajuste alcançado foi de 8% –1,82% acima da inflação.
A greve começa na próxima terça, menos de uma semana do primeiro turno da eleição presidencial e nos Estados. No ano passado, a greve durou 23 dias. Se isso se repetir, chegará próximo ao segundo turno da eleição, marcado para o dia 26 de outubro. A maior greve foi em 2004, quando a categoria parou por 30 dias.

REIVINDICAÇÕES
Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (filiado à CUT), ocorreram sete rodadas de negociação com os bancos. O reajuste apresentado foi de 7% diante de uma inflação de 6,35%, o que representa ganho real de 0,61%. Para os pisos, a proposta dos bancos é de aumento de 7,5% -1,08% acima da inflação. 

Além do reajuste, a categoria pede 14o salário, piso salarial no valor de R$ 2.979,25 (salário mínimo do Dieese), PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários base mais uma parcela adicional fixa de R$ 6.247. Também pedem vales alimentação, refeição, 13a cesta e auxílio-creche no valor de R$ 724, o salário mínimo nacional, entre outras reivindicações. 

A categoria é uma das poucas com convenção coletiva de validade nacional. 

Segundo os bancários de São Paulo, a categoria conseguiu aumento real, no acumulado entre 2004 e 2013, de 18,3% -sendo de 3,08% (2010), 1,5% (2011), 2% (2012) e 1,82% (2013) acima da inflação. 

"Os bancos que atuam no Brasil continuam tendo a mais alta rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional. Somente os seis maiores tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre, graças em grande parte ao empenho e à produtividade dos bancários", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do comando nacional de negociação dos bancários. 

"A média dos ganhos reais das categorias que negociaram no 1o semestre foi de 1,54%. Os bancos têm rentabilidade bem mais alta que outros setores, com condições de aceitar as reivindicações dos trabalhadores. Não queremos só aumento real, mas melhores condições de trabalho", disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. 

Na segunda (29), os bancários fazem nova rodada de assembleias pelo país para organizar a paralisação. 

Procurada, a Fenaban (Federação dos Bancos) não quis comentar a decisão

pela greve. 

GREVE DOS BANCÁRIOS/2014 DATA-BASE 1o de set
INFLAÇÃO NO PERÍODO 6,35%
QUANTO GANHAM Piso de R$ 1.648 (Caixa) O QUE QUEREM 12,5% (5,8% real) CONTRAPROPOSTA 7% (0,61%)


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O PT está raspando o tacho

VALOR - Por Edna Simão e Leandra Peres | De Brasília
 
O saque de R$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano do Brasil, anunciado na segunda-feira como forma de aumentar as receitas e evitar novos cortes de gastos, deve obrigar o governo federal a montar uma operação bilionária com ações do Banco do Brasil ou recorrer novamente à contabilidade criativa.

Segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Fundo Soberano tem R$ 3,871 bilhões em papéis do BB e um patrimônio total em ações de R$ 4,295 bilhões.

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Saque de fundo deve levar à venda de ações do BB
 
Em 28 de dezembro de 2012, quando sacou R$ 8,84 bilhões do Fundo Soberano, o governo editou um decreto autorizando a venda dos papéis da Petrobras que faziam parte do FFIE, braço financeiro do Fundo Soberano, para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na ocasião, técnicos do Tesouro explicaram que a operação seria feita pelo BNDES porque haveria uma forte queda dos papéis da Petrobras se todas as ações fossem colocadas à venda no mercado. Além disso, ficou acertado que antes de vender esses papéis no mercado o BNDES teria que oferecê-los ao Tesouro.

 
COMENTÁRIO DA JORNALISTA BLOGUEIRA: 

O PT ESTÁ


Dilma em viagem oficial a NY


Esta é a mandachuva  do Brasil. Faz e acontece e ninguém faz nada para impedir esses abusos. 

Por que? Porque ela é a dona da bola. Ela pode tudo!


Os senhores eleitores estão lembrados deste porre de Dilma em Portugal? 



Isso é um escárnio! A primeira mulher que fizemos presidente do nosso e que fez um espetáculo suntuoso de sua posse. Um discurso feito para emocionar, enganar e iludir seus compatriotas, enfim, quem acompanha este blog sabe. Só podemos mudar esse despautério através do voto e desta vez votando na Mulher certa, esta mulher é Marina Silva, a Mulher que concorreu com essa mulhermosntro que não precisa mais dizer a que veio, pois todos já sabemos: para sucatear nosso país.

Agora leiam o que os portugueses acham disso:


                'Lisboa e Tejo e tudo'

- "Como é possível que uma senhora que já não é mais criança, ocupante do mais alto cargo de uma Nação cheia de problemas, se comporte como uma Maria-Chuteira que não sabe mais nem em quê gastar de tanto que seu marido ganha?

À menina que sai da periferia de qualquer de nossas cidades e vai parar em Barcelona ou Madrid e fica extasiada com as purpurinas de sua nova vida, dá-se um desconto: é natural que queira pavonear-se para os da sua turma.

Mas dona Dilma ir se exibir em Lisboa e nos fazer passar pelo vexame de mostrar que no fundo ainda somos os mesmos tupinambás boquiabertos com os espelhos e as miçangas?

Será que ela porventura acha que os grandes empresários do mundo não vão pôr num prato da balança a estadista e seu discurso em Davos e no outro a deslumbrada sem limites?

Será que ela por um átimo de segundo achou que esse piquenique às margens do Tejo ia passar despercebido e que não ia ser comparado com o rastilho de pólvora que começa a unir nossas cidades?

Eu mesma respondo. Acho que ela está convencida que nós, os trouxas absolutos, não faremos nada e que ela, retroalimentada pelo PT e seu dono, pode mesmo tudo e que nada de mau lhe acontecerá, a não ser a reeleição e aí...

Bem, aí entra a Carta do Leitor de O Globo, que copio:

- 'Estou cansado de ver oportunistas manipularem pessoas, usando a religião e a política para ganhar dinheiro fácil e poder. De ver tantas mortes e acidentes em estradas esburacadas, perigosas e mal conservadas. De ver políticos jogando pretos contra brancos, empregados contra patrões, pobres contra ricos, incentivando o preconceito e botando lenha na fogueira da luta de classes. De ver ministérios inúteis, criados para acomodar companheiros, no esquema do toma lá dá cá. Estou cansado da carga tributária de 37,5% do PIB, uma das mais altas do mundo, com quase nenhum retorno. De ter medo de sair à rua, apavorado com bala perdida, assalto e arrastões. Do trânsito e do transporte público sempre infernais. De ver políticos e governantes zombarem da nossa inteligência. Da educação cada vez mais desvalorizada. Estou cansado de muitas coisas, mas, principalmente, de ver a mediocridade tomando conta do país. Rubem Paes, Niterói, RJ'.

É carta que seria assinada por mim e por muita e muita gente. Perfeita. E com o timbre da Verdade.

Eu só acrescentaria uma linha depois de olhar detidamente a foto-testemunha do ‘rolézinho’ às margens do Tejo: precisavam sair carregando a mercadoria?

OBS.: O título, já se sabe, é do poema Lisbon Revisited (1926), Álvaro de Campos (Fernando Pessoa).

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa, professora e tradutora, escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005.