No dia 04/09, ocorreu mais uma negociação sobre o déficit da
Cassi. No informe sobre esta reunião, já se fala que, com o simples
repasse de valores devidos à Cassi, as contas de 2015 fecham sem
consumir todas as reservas. Só agora o BB descobriu que havia recursos
que eram devidos à CASSI, provenientes de acertos do PAS – Programa de
Assistência Social e de benefícios do INSS ? Parece que o clima de
terror, constante nos diversos comunicados aos funcionários, tem como
objetivo facilitar a aprovação de propostas que nos façam abrir mãos de
direitos, onere os associados e, acima de tudo, que livre o Banco de sua
responsabilidade com o custeio de nossa saúde.
Reafirmamos nossa posição publicizada na semana passada, “PROPOSTAS EMERGENCIAIS, SIM. ÀS CUSTAS DOS TRABALHADORES, NÃO. Por
isso, achamos equivocada a proposta apresentada pelas entidade que
compõem a mesa de negociação, de dedução de 5% da PLR como contribuição
emergencial à CASSI. Esta proposta não foi aprovada em assembleia ou
pelo Congresso Nacional dos funcionários do BB , nem faz parte da minuta
da campanha salarial . E, acima de tudo, significa que somos nós os
principais penalizados pelo déficit, à medida em que não estabelece
nenhuma contrapartida do próprio banco.
Também consideramos equivocada a defesa da inclusão, no Estatuto da
Cassi, do compromisso de proporcionalidade de contribuição que seria uma
vez e meia do BB para uma dos associados. Esta proposta não tem
caráter emergencial , porque a contribuição já acontece desta forma.
Além disto, abandona a tradicional bandeira do funcionalismo, que é a
exigência de que o BB contribua 2 para 1 , como ocorria até a reforma
estatutária de 1997.
Somente chegaremos a uma proposta que responda aos interesses do
funcionalismo se houver mobilização. Por isso, defendemos que a CASSI
seja um dos principais temas de nossa campanha salarial. Defendemos
ainda que todas as propostas apresentadas sejam amplamente debatidas com
a categoria. Consideramos corretíssima a proposta contida em uma carta
assinada por vários delegados sindicais do Rio de Janeiro, chamando os
Sindicatos e as entidades representativas dos aposentados a organizarem,
junto com os delegados sindicais de base, um Encontro Nacional aberto,
com a participação dos funcionários da ativa e aposentados, para
realizar esse debate e de onde deve sair a proposta do funcionalismo .
Muitos colegas têm questionado sobre a minha participação nas
negociações a respeito da CASSI. Meu mandato está a serviço de ajudar a
organizar o funcionalismo nos enfrentamentos com o BB. E hoje , a
questão da CASSI, é fundamental para o funcionalismo. Por isso, já há
algum tempo venho solicitando o direito de participar da mesa de
negociação com o banco. Participam da comissão 5 entidades, com seus
representantes: a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos
Financeiro (CONTRAF/CUT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas
Empresas de Crédito (CONTEC), a Associação Nacional dos Funcionários do
Banco do Brasil (ANABB), a Federação das Associações de Aposentados e
Pensionistas do Banco do Brasil (FAABB) e a Associação dos Aposentados e
Funcionários do Banco do Brasil (AAFBB). Das 5 entidades, 4 já se
posicionaram favoravelmente à minha participação: CONTEC, ANABB, AAFBB e
FAABB.
Aguardo o posicionamento da CONTRAF/CUT, esperando que compreendam
que sou representante eleita de toda a categoria, a quem interessa que
eu participe destas reuniões.
Juliana Donato –
Representante no Conselho de Administração do BB
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