A última proposta divulgada pelo Banco do Brasil no site “Cassi em Debate” é um desrespeito com todo o funcionalismo e com o movimento sindical. O informativo é um exemplo da prática recorrente do diretor Carlos Eduardo Leal Neri, da Diretoria de Relacões com funcionários e Entidades Patrocinadas (DIREF), ocultando parte da realidade para pressionar o funcionalismo aceitar, por medo, uma proposta que só interessa ao banco.
A proposta omite que o próprio BB, na ultima
reunião de negociação, apresentou alternativas emergenciais que garantem
uma saída para CASSI fechar o ano. O banco afirmou que existem recursos
provenientes de acertos do PAS - Programa de Assistência Social - que
são devidos pelo banco à caixa de assistência e que podem ser
repassados. Também informou que há recursos provenientes de recolhimento
de contribuições sobre benefícios do INSS, que não estavam no convênio,
e outros que estão sendo apurados.
O informativo também não fala
que já não houve acordo com as entidades que participam da mesa de
negociação com a proposta apresentada no boletim. Outra omissão é a de
que é preciso da aprovação dos representantes eleitos da CASSI para
alcançar a maioria no conselho deliberativo e levar a proposta para
votação no funcionalismo. Não existe voto de minerva na CASSI.
A
proposta de transferir as atuais contribuições dos aposentados, com a
criação de um fundo administrado pela BB-DTVM, mostra de forma muito
clara qual é o objetivo do banco: livrar-se de toda e qualquer
responsabilidade com a CASSI e com a saúde de seus trabalhadores. Não
podemos cair no mesmo erro cometido em todas as outras reformas
estatutárias, quando em troca de aportes circunstanciais, abrimos mão de
direitos. E é lamentável que a CONTRAF/CUT e os maiores sindicatos do
país não tenham publicado notas esclarecendo o funcionalismo destas
questões e denunciado a postura do Neri como completamente inaceitável.
Nossa postura continuará sendo a mesma. Vamos continuar denunciando as
manobras da direção do BB e lutando para que a CASSI seja um dos pontos
centrais da campanha salarial. Porque só com muita luta vamos conseguir
mudar a postura do banco.
É por isso achamos importante a nossa
participação na mesa de negociação. Cobramos que a CONTRAF/CUT mude sua
postura, porque é a única entidade que, até agora, não aceita minha
presença na mesa.
Juliana Publio Donato
Representante dos Funcionários no Conselho de Administração do BB
Ou traduzindo em poucas palavras: o que a Contraf/Cut quiser, vai passar. Simples assim! Quem decide hoje em dia o que vai acontecer com Previ, Cassi, pos-laboral etc etc etc é o funcionário genérico (aquele que entrou depois de 1997).
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