Começou há pouco o depoimento do
empresário Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empreiteira
Engevix, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão.
Almada,
preso durante a sétima fase da Operação Lava Jato, afirmou à Polícia
Federal que pagou 120 milhões de dólares em propinas para o lobista
Milton Pascowitch em troca de contratos no valor total de 3,4 bilhões de
dólares com o estaleiro Rio Grande, comprado do grupo WTorre. O
depoimento foi solicitado pelo deputado Paulo Azi (DEM-BA).
Gerson Almada foi denunciado pelo Ministério Público por lavagem de
dinheiro e corrupção, junto com outros executivos e funcionários da
Engevix: Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor técnico; Luiz Roberto
Pereira, diretor; e Newton Prado Júnior, diretor.
Em sua defesa, Almada disse que foi coagido a pagar propina pelo
ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. Ele está em
prisão domiciliar desde março deste ano com uso de tornozeleira
eletrônica. Para se deslocar, Almada precisa da autorização judicial.
Ele já havia comparecido à CPI da Petrobras no dia 21/5, quando
permaneceu calado. Assim como a CPI da Petrobras, a CPI dos Fundos de
Pensão também investiga temas relacionados à Operação Lava Jato.
Licitações
A Engevix participou de licitações para reforma das refinarias Abreu e
Lima (PE) e Getúlio Vargas (PR). Entre 2007 e 2014, as empresas do
grupo assinaram contratos com a Petrobras no valor total de R$ 4,1
bilhões. Nesse período, transferiram cerca de R$ 7 milhões para contas
de empresas de fachada usadas pelo doleiro Alberto Youssef.
O Ministério Público cobra da Engevix a devolução de R$ 538,8 milhões
aos cofres públicos, calculados da seguinte maneira: 38,49 milhões por
danos materiais; R$ 384,89 milhões por danos morais coletivos; e R$
115,47 milhões de multa civil.
A reunião prossegue no plenário 5. As informações são da Agência Câmara.
(Redação - Agência IN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O Blog Olhar de Coruja deseja ao novo Presidente Jair Messias Bolsonaro tenha grande êxito no comando do nosso País.