Num
instante em que a oscilação do dólar denuncia as incertezas quanto aos
rumos da política econômica do governo, a Fundação Perseu Abramo, braço
acadêmico do PT, patrocina o lançamento
de um documento que borrifa gasolina no incêndio. O texto incorpora
contribuições de “mais de uma centena de especialistas”. Chama-se “Por
um Brasil Justo e Democrático”. A pretexto de sugerir um “projeto de
desenvolvimento” para o país, faz críticas ácidas à condução da economia
e ao ministro Joaquim Levy (Fazenda).
O documento será divulgado com pompa nesta segunda-feira, num hotel do centro de São Paulo, com transmissão ao vivo pela internet. Nele, lê-se a acusação de que Levy, recrutado por Dilma na diretoria do Bradesco, defende no governo os interesses dos bancos e impõe sacrifícios desnecessários ao brasileiro. O texto anota que a política econômica comandada por Levy joga o país numa recessão, promove a deterioração das contas públicas e reduz a capacidade do Estado de promover o desenvolvimento.
Na opinião dos economistas que redigiram o documento, a lógica do ajuste fiscal pretendido por Levy é caolha, privilegiando “a defesa dos interesses dos grandes bancos e fundos de investimento.” Ouvido pelo blog sobre o teor do texto, um auxiliar de Dilma disse na noite desta sexta-feira (25) que ele não reflete a opinião da presidente. Reconheceu, porém, que a divulgação deve produzir consequências ruinosas. Indagou: como podemos exigir dos nossos aliados que ajudem a aprovar o ajuste fiscal no Congresso se o PT não se mostra convencido do acerto.
Levy costuma dizer que a deterioração dos indicadores da economia não é causada pelo ajuste, mas pela política desenvolvida antes da sua chegada. O documento dos economistas companheiros discorda desse ponto de vista. Anota: entre 2013 e 2014, o Brasil não apresentava, sob nenhum aspecto considerado, um cenário de crise que exigisse tamanho sacrifício da população.
O documento sustenta que é a política econômica atual que contribui para deteriorar o ambiente econômico e social, potencializando a crise política e “as ações antidemocráticas e golpistas.” Além da Fundação Perseu Abramo, subscrevem as críticas à condução da economia as seguintes organizações: Brasil Debate, Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, Fórum 21, Plataforma Política Social, Le Monde Diplomatique Brasil e Rede Desenvolvimentista.
Na opinião dos economistas que redigiram o documento, a lógica do ajuste fiscal pretendido por Levy é caolha, privilegiando “a defesa dos interesses dos grandes bancos e fundos de investimento.” Ouvido pelo blog sobre o teor do texto, um auxiliar de Dilma disse na noite desta sexta-feira (25) que ele não reflete a opinião da presidente. Reconheceu, porém, que a divulgação deve produzir consequências ruinosas. Indagou: como podemos exigir dos nossos aliados que ajudem a aprovar o ajuste fiscal no Congresso se o PT não se mostra convencido do acerto.
Levy costuma dizer que a deterioração dos indicadores da economia não é causada pelo ajuste, mas pela política desenvolvida antes da sua chegada. O documento dos economistas companheiros discorda desse ponto de vista. Anota: entre 2013 e 2014, o Brasil não apresentava, sob nenhum aspecto considerado, um cenário de crise que exigisse tamanho sacrifício da população.
O documento sustenta que é a política econômica atual que contribui para deteriorar o ambiente econômico e social, potencializando a crise política e “as ações antidemocráticas e golpistas.” Além da Fundação Perseu Abramo, subscrevem as críticas à condução da economia as seguintes organizações: Brasil Debate, Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, Fórum 21, Plataforma Política Social, Le Monde Diplomatique Brasil e Rede Desenvolvimentista.
As críticas dos economistas companheiros ecoam em público algo
que os petistas —Lula à frente— vêm dizendo a portas fechadas. A turma
esquece que, sob Dilma, quem manda na economia é ela. Ex-conselheiro
informal de Lula e da própria Dilma, o economista Delfim Netto atribuiu a
Dilma a ruína econômica: “…Ela é simplesmente uma trapalhona”, disse Delfim.
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