12 agosto, 2015

Sem PT no comando, CPI dos Fundos de Pensão terá empresa investigativa

Congresso Nacional

 Após a polêmica com a empresa de investigação Kroll na CPI da Petrobras, agora é a vez da CPI dos Fundos de Pensão, instalada nesta quarta-feira (12) na Câmara dos Deputados, também contratar uma empresa para auxiliar os trabalhos dos deputados.

A instalação da comissão nesta tarde confirmou a decisão do presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de excluir o PT da presidência, que ficou com o deputado Efraim Filho (DEM-PB), e a relatoria, com Sérgio Souza (PMDB-PR).

Ambos alegaram a necessidade de uma empresa para revisar os documentos que a comissão pretende pedir para investigar fraudes em fundos de pensão.

"Vou apresentar um requerimento ainda hoje pedindo a contratação de uma empresa especializada na área", destacou Souza.

"Vamos lidar com provas que já estavam documentadas. Por isso a necessidade de uma empresa para auxiliar nos trabalhos", completou o presidente da CPI.

A empresa deve ser escolhida na semana que vem por Efraim e o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Efraim já descartou a escolha da Kroll para acompanhar os trabalhos.

EXCLUSÃO

A articulação que tirou do PT os principais cargos da CPI foi possível graças à adesão do PR e PSD que, formalmente, apoiam o PT, mas fecharam esta questão com Cunha.

A exclusão fruto de uma articulação liderada por Cunha acabou questionada antes da eleição da presidência da CPI pelo petista Paulo Teixeira (SP). Primeiro, o deputado pediu o adiamento da eleição e, vencido, afirmou a intenção de apresentar um recurso.

"Na distribuição de presidências e relatorias, o PT deixa de ocupar uma presidência. Se consolidarmos essa votação, vamos consolidar um mecanismo que não levou em conta a proporcionalidade que tem sido usado na escolha das presidências desta Casa", afirmou Teixeira.

Membro com maior número de mandatos entre os integrantes da CPI, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) abriu os trabalhos da comissão e respondeu aos questionamentos de Paulo Teixeira.

Sá destacou a existência de uma questão de ordem, número 526 de 2009, segundo a qual, "a escolha do presidente e relator é questão de natureza política e não de proporcionalidade".

Feita a eleição, o presidente Efraim Filho ressaltou que os trabalhos da CPI vão "em busca da verdade, doa a quem doer". "Além da missão de investigar, teremos a missão de ser propositivos, de aperfeiçoar a atual legislação. Não se pode brincar com a vida das pessoas".

A CPI dos Fundos de Pensão tem em seu escopo menção a quatro grandes fundos: Funcef, Petros, Previ e Postales. Souza, contudo, afirmou que outros fundos podem ser investigados.









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