Marlon Costa/Futura Press/Folhapress
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) |
Na ratificação da denúncia feita contra o ex-presidente Lula pela PGR
(Procuradoria-Geral da República), a Procuradoria do Distrito Federal
afirmou que é "plausível" a acusação feita pelo ex-senador Delcídio do
Amaral de que Lula era o chefe da tentativa de obstruir as investigação
da Operação Lava Jato.
Essa tentativa foi por meio de pagamentos para evitar a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, segundo a PGR. Esses pagamentos foram feitos por familiares do pecuarista José Carlos Bumlai, de acordo com a delação de Delcídio.
A ratificação da denúncia, que possui seis páginas, foi feita nesta quinta-feira (21) pelo procurador Ivan Cláudio Marx à Justiça Federal do DF.
"Delcídio do Amaral, como representante do governo no Senado, não exercia a chefia do esquema criminoso. E, pelo menos nessa atividade de obstruir as investigações contra a organização criminosa, Delcídio aponta Lula como sendo o chefe da empreitada", escreveu o procurador.
E complementou: "Aqui, a narrativa de Delcídio se demonstrou clara, plausível e, ainda, corroborada pela existência das reuniões prévias que realizou com Lula antes de Bumlai passar a custear os valores destinados a comprar o silêncio de Cerveró".
O procurador ressalta ainda que as reuniões com Delcídio foram confirmadas por Lula em seu depoimento, mas o ex-presidente negou que tenham discutido a compra do silêncio de Cerveró.
Segundo ele, dados bancários obtidos pela investigação corroboram os pagamentos —mas não há detalhes sobre esses dados.
As investigações apontam que a compra do silêncio seria para evitar que Cerveró falasse sobre um empréstimo fraudulento feito pelo banco Schahin ao PT e quitado por meio de um contrato da diretoria de Cerveró na Petrobras.
A Procuradoria do DF cita ainda as interceptações telefônicas feitas contra Lula, que, segundo o órgão, apontam uma tentativa de anular as investigações.
A ratificação da denúncia aponta que, apesar de não existir uma prova cabal do envolvimento de Lula, há "confiabilidade" na narrativa de Delcídio.
"Não se pode desconsiderar que, em uma organização criminosa, o chefe sempre restará na penumbra, protegido, de modo que não há de se esperar, contra este, uma prova tal como uma ordem objetiva gravada ou mesmo uma filmagem de entrega pessoal de valores", escreveu o procurador.
O crime atribuído a Lula pelo procurador é de embaraço à investigação de organização criminosa, que prevê reclusão de três a oito anos e multa.
Em seu depoimento à PGR, Lula disse que jamais discutiu com Delcídio a tentativa de obstruir a delação de Cerveró.
A defesa de Bumlai também nega a acusação e diz que ele não tem envolvimento.
Essa tentativa foi por meio de pagamentos para evitar a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, segundo a PGR. Esses pagamentos foram feitos por familiares do pecuarista José Carlos Bumlai, de acordo com a delação de Delcídio.
A ratificação da denúncia, que possui seis páginas, foi feita nesta quinta-feira (21) pelo procurador Ivan Cláudio Marx à Justiça Federal do DF.
"Delcídio do Amaral, como representante do governo no Senado, não exercia a chefia do esquema criminoso. E, pelo menos nessa atividade de obstruir as investigações contra a organização criminosa, Delcídio aponta Lula como sendo o chefe da empreitada", escreveu o procurador.
E complementou: "Aqui, a narrativa de Delcídio se demonstrou clara, plausível e, ainda, corroborada pela existência das reuniões prévias que realizou com Lula antes de Bumlai passar a custear os valores destinados a comprar o silêncio de Cerveró".
O procurador ressalta ainda que as reuniões com Delcídio foram confirmadas por Lula em seu depoimento, mas o ex-presidente negou que tenham discutido a compra do silêncio de Cerveró.
Segundo ele, dados bancários obtidos pela investigação corroboram os pagamentos —mas não há detalhes sobre esses dados.
As investigações apontam que a compra do silêncio seria para evitar que Cerveró falasse sobre um empréstimo fraudulento feito pelo banco Schahin ao PT e quitado por meio de um contrato da diretoria de Cerveró na Petrobras.
A Procuradoria do DF cita ainda as interceptações telefônicas feitas contra Lula, que, segundo o órgão, apontam uma tentativa de anular as investigações.
A ratificação da denúncia aponta que, apesar de não existir uma prova cabal do envolvimento de Lula, há "confiabilidade" na narrativa de Delcídio.
"Não se pode desconsiderar que, em uma organização criminosa, o chefe sempre restará na penumbra, protegido, de modo que não há de se esperar, contra este, uma prova tal como uma ordem objetiva gravada ou mesmo uma filmagem de entrega pessoal de valores", escreveu o procurador.
O crime atribuído a Lula pelo procurador é de embaraço à investigação de organização criminosa, que prevê reclusão de três a oito anos e multa.
Em seu depoimento à PGR, Lula disse que jamais discutiu com Delcídio a tentativa de obstruir a delação de Cerveró.
A defesa de Bumlai também nega a acusação e diz que ele não tem envolvimento.
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