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CPFL: a Previ, que administra 155 bi de reais em poupança para
funcionários do BB, tem que decidir sobre o assunto antes do fim de
julho
Guillermo Parra-Bernal, da REUTERS
São Paulo - A Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, está inclinada a aceitar a oferta da State Grid por sua participação na CPFL
Energia, elétrica na qual o maior fundo de pensão do Brasil tem uma
participação de 29,4 por cento, afirmaram à Reuters nesta terça-feira
duas fontes com conhecimento do assunto.
Altos funcionários da Previ elaboraram um rascunho de documento em que
recomendam aceitar a proposta de 25 reais por ação da CPFL feita pela
State Grid, disseram as fontes, que falaram sob a condição de anonimato,
uma vez que o tema permanece em discussão.
A Previ, que administra 155 bilhões de reais em poupança para
funcionários do Banco do Brasil, tem que decidir sobre o assunto antes
do fim de julho, disseram as fontes.
Paulo Rogério Caffarelli e Gueitiro Genso, os principais executivos do
banco e da Previ, respectivamente, discutiram o assunto recentemente,
adicionaram as fontes.
A assessoria de imprensa da Previ e do Banco do Brasil informaram que não comentariam as informações.
No início deste mês, a State Grid, maior empresa de energia elétrica do
mundo, anunciou acordo para comprar a participação de 23,6 por cento da
Camargo Correa SA na CPFL por 5,9 bilhões de reais.
Sob os termos de um acordo de acionistas, a State Grid tem de estender a
mesma oferta aos demais sócios, incluindo a Previ e um veículo de
investimento chamado Bonaire - que tem quatro outros fundos de pensão
estatais.
A decisão da Previ de aceitar a proposta da State Grid poderia atrair os
outros fundos para o negócio e desencadear uma aquisição dos papéis dos
acionistas minoritários, disseram as fontes.
O acordo será assinado somente após a State Grid concluir procedimentos
de due diligence, e caso a Previ e outros fundos renunciem a seus
direitos de concorrer pela CPFL, disse uma das fontes.
A maioria dos fundos de pensão estatais está desesperadamente à procura
de dinheiro em meio à recessão mais severa do Brasil desde a década de
1930 e a perdas recordes em seus investimentos no ano passado.
A mesma fonte disse que State Grid poderia pagar 25 bilhões de reais por
100 por cento da CPFL, além de assumir cerca de 15 bilhões de reais em
dívidas da elétrica.
O acordo também dá à State Grid o controle da CPFL Renováveis SA, uma
empresa de energia renovável na qual a CPFL detém uma participação de 52
por cento.
A transação está sujeita à aprovação regulatória e antitruste.
Vendendo o almoço para comprar a janta? Que vendam os ativos financeiros podres (Aeroporto de Guarulhos/INVEPAR, Costa do Sauípe, Sete Brasil, etc.)
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