-  Divulgação/FIVB
Ary Graça era o presidente da CBV na época das irregularidades apontadas pelo CGU 
 O Banco do Brasil anunciou na tarde desta quinta-feira (11) que 
interrompeu o repasse de verbas à Confederação Brasileira de Vôlei 
(CBV), de quem é patrocinador desde 1991. O fato se deve ao relatório 
divulgado horas antes pela Controladoria Geral da União (CGU).
 
 O
 órgão do governo federal aponta irregularidades em contratos que, 
juntos, somam R$ 30 milhões em pagamentos feitos entre 2010 e 2013 pela 
CBV com verba do patrocínio do banco estatal.
 Ao verificar a 
gestão da confederação e o destino dado aos recursos federais obtidos, 
os auditores da CGU detectaram 13 contratos com irregularidades. O 
contrato de patrocínio era no valor de R$ 70 milhões.
 Outro lado: Em
 nota oficial, a Confederação Brasileira de Vôlei comentou apenas sobre o
 relatório da CGU, não mencionando até o momento a interrupção do 
repasse do dinheiro do banco estatal. "A nova gestão tomou providências 
visando implantar uma governança responsável e, acima de tudo, ética" (leia a íntegra da nota abaixo).
 "O Banco do Brasil informa que suspendeu os pagamentos à Confederação 
Brasileira de Vôlei (CBV) referentes aos contratos de patrocínio e 
condiciona a retomada dos pagamentos - e a continuidade do patrocínio - à
 adoção imediata pela CBV de todas as medidas corretivas apontadas pela 
Controladoria Geral da União (CGU), além de outras identificadas pelo 
Banco como necessárias.", declarou o banco, em nota.
 As empresas
 contratadas são de propriedade de dirigentes e ex-dirigentes da CBV ou 
de pessoas ligadas a eles por laços familiares. A averiguação das contas
 e procedimentos adotados pela entidade teve início após denúncias de 
falta de transparência nas contratações de colaboradores e serviços pela
 diretoria da CBV.
 "Parte das medidas apontadas pela CGU foram 
previamente identificadas pelo BB e constam de aditivo contratual que 
foi negociado com a CBV, porém sem resposta final por parte da 
Confederação. O Banco do Brasil reitera que não irá compactuar com 
qualquer prática ilegal, ou que seja prejudicial ao esporte e à 
comunidade do vôlei, e entende ser necessário que a CBV adote novas 
práticas de gestão que tragam mais disciplina e transparência à 
aplicação dos recursos", completou o banco.
 Em seus perfis no 
Twitter, alguns atletas com passagem pela seleção brasileira, como é o 
caso de Gustavo, criticaram o ocorrido com a CBV.
 "E agora Sr. 
Ary Graça e parceiros, qual vai ser a explicação? Me sinto envergonhado e
 enojado por tantas falcatruas. E nós atletas o que vamos fazer? 
Paralisar a Superliga? Ou vamos deixar como está? E os clubes vão 
assumir a gestão ou vão se calar?", falou.
 Murilo, Bruninho e 
Felipe Fonteles foram outros atletas que também lamentaram o ocorrido em
 seus perfis. "Nós não vamos nos calar", escreveu o levantador.
 
Leia a íntegra nota da CBV:
 
A
 Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) recebeu na tarde de 
04/12/2014 o relatório nº 201407834 de auditoria da Controladoria Geral 
da União, depois da série de denúncias da ESPN sobre a gestão do 
ex-presidente Ary Graça Filho.
 Mesmo antes do relatório
 final, a nova gestão tomou providências visando implantar uma 
governança responsável e, acima de tudo, ética. Entre as medidas 
sugeridas pela CGU no relatório final já havia contratado auditoria para
 analisar os exercícios anteriores, cancelando contratos que possuíam 
vícios éticos, abrindo as contas e disponibilizando documentos para as 
entidades de fiscalização, sem restrição nenhuma. Desde abril de 2014 
publica mensalmente balancetes em seu sítio eletrônico, tem um modelo de
 governança desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas, já reestruturou o
 quadro administrativo, criou medidas de aprimoramento na seleção de 
fornecedores e implantou uma auditoria interna permanente.
 A
 reportagem publicada pela ESPN restringe-se a duas citações sobre a 
responsabilidade da atual gestão. A primeira sobre pagamentos em 2014 
para a empresa SMP Sports Marketing, totalizando 188.000,00 reais. A 
empresa de propriedade de Marcos Pina recebeu pelos serviços prestados 
pelo citado de novembro de 2013 a fevereiro de 2014, quando foi 
superintendente da CBV e recebia via pessoa jurídica o valor mensal de 
47.000,00 reais. Nenhum outro pagamento após o seu desligamento foi 
efetuado.
 Sobre a segunda citação, a CBV expressa 
veementemente que o diretor de eventos Marcelo Wangler recebe apenas uma
 remuneração mensal, paga através da pessoa jurídica MWangler Produções e
 Eventos Ltda.
 De posse do relatório final da auditoria
 da CGU a CBV tomou as medidas que estão ao seu alcance legalmente, 
contratando o escritório jurídico Thompson Motta Advogados Associados 
para acionar judicialmente buscando o ressarcimento dos valores gastos 
com contratos ou serviços suspeitos.
 A determinação do 
presidente da CBV, Walter Pitombo Larangeiras, é para o cumprimento 
integral das medidas sugeridas pela Controladoria Geral da União. O 
esforço agora é para implementar aquelas que são essenciais para a 
melhoria do voleibol brasileiro, a exemplo da criação do Conselho de 
Apoio à CBV, formado por atletas, técnicos e a comunidade do voleibol.
-É só fazer um contratinho de serviços de consultoria que regulariza (ta na moda).
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