- 
                     
                     Cabe agora ao juiz Sérgio Moro, que está à 
frente das ações penais resultantes da operação Lava Jato, decidir se 
aceita a denúncia do MPF
 
 Considerada a mais rumorosa etapa da operação Lava Jato, a sétima fase 
da investigação, apelidada de "Juízo Final", está prestes a se 
transformar em uma ação judicial. Após as denúncias
 contra 35 pessoas que participariam de um esquema de corrupção na 
Petrobras, feitas pelo MPF (Ministério Público Federal) nesta 
quinta-feira (11), veja quais são os próximos "passos" da sétima fase da operação Lava Jato.
Denúncia: Nesta quinta, o Ministério Público Federal 
do Paraná denunciou 35 pessoas, sendo 22 executivos de empreiteiras, 
além de funcionários da Petrobras, à Justiça Federal do Paraná. A 
denúncia teve como base o inquérito feito pela Polícia Federal. As 
denúncias feitas nesta quinta-feira restringiram-se aos crimes 
supostamente ocorridos na diretoria de Abastecimento da Petrobras, que 
foi comandada por Paulo Roberto Costa. O MPF-PR informou que irá 
apresentar novas denúncias nos próximos dias referentes a crimes 
cometidos em outras áreas da estatal.
Análise da denúncia: O juiz federal Sérgio Moro tem de
 um a três dias para decidir se aceita ou não as denúncias feitas pelo 
MPF.  Ele vai analisar as informações repassadas pelos procuradores com 
base no inquérito produzido pela PF.
 Se o juiz encontrar falhas graves nas denúncias, ele pode devolvê-las 
para os procuradores para que os problemas sejam sanados. O juiz pode 
também, rejeitar a denúncia. Segundo a assessoria de imprensa da Justiça
 Federal do Paraná, Moro deverá receber as denúncias já nesta 
sexta-feira (12).
Instrução do processo: Se Moro ou o juiz que estiver 
em seu lugar avaliarem que a denúncia tem procedência, eles poderão 
aceitá-la. A partir daí, os envolvidos denunciados pelo MPF poderão ser 
chamados de "réus". Começa, então, a fase o prazo que os advogados 
chamam de "instrução" do processo.
 Nesta fase, os réus apresentam sua defesa enquanto a acusação, a cargo 
do MPF, apresenta as provas dos crimes supostamente cometidos.
 Em tese, a Justiça terá em torno de 60 dias para ouvir réus, 
testemunhas de defesa e de acusação e proferir sua sentença, um prazo 
que dificilmente é cumprido.
 "Apesar de o rito estar mais rápido agora, depois da reforma do Código 
de Processo Penal, dificilmente esse prazo é respeitado", afirma o 
mestre e professor de Direito Penal Caupolican Padilha.
Punição e recursos: O professor Padilha afirma que, 
dependendo das sentenças, os réus poderão, se forem considerados 
culpados, recorrer ao TRF (Tribunal Regional Federal), ao STJ (Superior 
Tribunal de Justiça) e até ao STF (Supremo Tribunal Federal). "É difícil
 prever quanto tempo um processo como esses pode levar. São muitos réus e
 há um número grande de recursos", afirmou.
 Entre os crimes mais recorrentes nas denúncias feitas pelo MPF estão: 
corrupção ativa (oferecer vantagem a funcionário público em troca de 
benefícios), corrupção passiva (quando o funcionário público recebe 
dinheiro ou vantagens para fraudar a administração pública) e lavagem de
 dinheiro (ocultação de bens e recursos oriundos de atividade 
criminosa).
 As penas para corrupção ativa e passiva variam de dois a 10 anos de 
reclusão. A pena para lavagem de dinheiro varia de três a 10 anos de 
reclusão.
  

Operação Lava Jato da PF
11.dez.2014
 - O procurador da República no Paraná, Deltan Martinazzo Dallagnol, 
explica esquema de lavagem de dinheiro durante coletiva de imprensa do 
Ministério Público no Paraná, nesta quinta-feira, em hotel no centro de 
Curitiba, sobre denúncias contra investigados na sétima fase da Operação
 Lava Jato. O MP denunciou 35 suspeitos de participação no esquema de 
corrupção na Petrobras. Eles foram denunciados pelos crimes de 
corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha Leia mais Geraldo Bubniak/ Estadão Conteúdo

Nenhum comentário:
Postar um comentário
O Blog Olhar de Coruja deseja ao novo Presidente Jair Messias Bolsonaro tenha grande êxito no comando do nosso País.