Fundo teria sido usado pelo ex-ministro Guido Mantega e deputados para obter R$ 27 milhões em propinas
Josette Goulart
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O Estado de S.Paulo
O Estado de S.Paulo
12 Abril 2017 | 18h22
A Previ, maior fundo de pensão do País, está sob
investigação. O fundo foi citado na delação da Odebrecht como
instrumento para negociação de propinas. De acordo com um dos inquéritos
que está hoje no Supremo Tribunal Federal contra dois deputados
federais e o ex-ministro Guido Mantega, os políticos teriam solicitado
vantagens indevidas à Odebrecht Realizações Imobiliárias dando como
contrapartida a garantia de aprovação na Previ da compra de uma torre
comercial e shopping center em São Paulo. O empreendimento chamado de
Parque da Cidade foi de fato adquirido em 2012 pela Previ por R$ 817
milhões.
Os delatores da Odebrecht dizem que o acordo foi feito com a
participação do então ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os pedidos de
propina no entanto teriam sido feito por três deputados federais: Carlos
Zarattini (PT), Candido Vaccarezza (ex-PT) e João Carlos Bacelar Filho
(PR). O acerto era de que ao aprovar o negócio, o PT receberia R$ 27
milhões, sendo R$ 5 milhões destinados diretamente para o deputado
federal Carlos Zarattini e o então deputado Cândido Vaccarezza. A
procuradoria informa no inquérito que houve a efetivação do negócio.
“O ex-ministro Guido Mantega nega, enfaticamente, qualquer
participação, direta ou indireta, nesse suposto fato. Nenhuma ingerência
ou influência teve na PREVI cujo corpo diretivo é autônomo e
independente”, disse o advogado do ex- ministro José Roberto Batochio.
Os outros citados não deram ainda retorno à reportagem.
O fundo Previ administra R$ 170 bilhões em ativos para cobrir a
aposentadoria dos funcionários e aposentados do Banco do Brasil. A
fundação passou até agora praticamente incólume por dezenas de
investigações, até mesmo na Operação Greenfield que investiga os fundos
de pensão e que implicou todas as outras grandes fundações. Segundo
informações de pessoas ligadas à Previ, há uma investigação para apurar o
investimento no shopping mas os antigos gestores do fundo têm se
mostrado tranquilos em relação ao negócio. Alguns chegam a dizer que os
políticos teriam blefado com a Odebrecht porque a Previ faria o negócio
de qualquer maneira.
Em nota, a Previ disse que todos os seus investimentos são
aprovados por diferentes diretores e comitês e que adotará providências
de apoio às investigações para acompanhar o processo. "Caso fique
comprovado que o nome da Previ foi utilizado para vantagens indevidas
serão adotadas todas as medidas para reparação de danos", diz a nota.
Dá para confiar nessa corja que cuida da gestão do nosso Fundo de Pensão? Dá para ficar tranquilo com tudo que estamos vendo? Claro que não!!!
Isso posto, não podemos ficar mudos e nem tampouco de braços cruzados vendo as negociatas corruptas, covardes contra uma classe que deu sua juventude trabalhando pelo país, que merece DIGNIDADE, e só recebido em troca desvios na gestão do Fundo que alimenta suas aposentadorias. Aposentadorias estas bastante defasadas, enquanto seus algozes são premiados com "BÓNUS" criminosos à custa da decadência financeira dos associados do nosso Fundo de Pensão PREVI.
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