Aldemir Bendine é acusado de receber pelo menos R$ 3 milhões
MATHEUS COUTINHO
11/04/2017 - 20h08 - Atualizado 11/04/2017 20h32
Os delatores Marcelo Odebrecht e Luiz Ayres da
Cunha Santos Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, afirmaram, em
seus depoimentos na colaboração premiada firmada com a
Procuradoria-Geral da República, que Aldemir Bendine, ex-presidente do
Banco do Brasil e da Petrobras, os procurou entre 2014 e 2015 para
ajudar a Odebrecht Ambiental em troca de propina. Numa dessas ocasiões,
relataram os colaboradores, ele se apresentou como “interlocutor da
presidente da República”, na época Dilma Rousseff (PT), “demonstrando
poder agir em busca de atenuar os avanços da ‘Operação Lava Jato’”,
assinala o ministro Edson Fachin em seu despacho, que determinou a
remessa da investigação contra Bendine para o juiz federal Sergio Moro,
em Curitiba.
As decisões de Fachin em resposta aos pedidos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em consequência das delações de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht, foram assinadas digitalmente no dia 4 de abril.
No caso de Bendine, Fachin acatou o pedido de Janot para remeter a investigação para primeira instância, já que ele não possui prerrogativa de foro no Supremo. Segundo os delatores da Odebrecht, Bendine teria pedido propina equivalente a 1% da dívida da Odebrecht Ambiental com o Banco do Brasil “a fim de permitir a renegociação do débito” junto ao banco então presidido por ele. Os colaboradores ainda revelaram que, diante da insistência de Bendine, foram realizados três pagamentos de R$ 1 milhão via Setor de Operações Estruturadas, nome oficial do “departamento da propina” da Odebrecht. Em seu despacho, Fachin não dá mais detalhes sobre como teriam sido efetuados os repasses.
O pedido de declínio de competência de Bendine faz parte dos 211 que foram encaminhados ao STF por Janot. Além disso, ele também pediu a abertura de 83 inquéritos no Supremo para investigar autoridades com prerrogativa de foro, ou pessoas que, mesmo sem foro, deveriam ser investigadas no STF por conexão com os políticos investigados. Os pedidos de 83 investigações no STF foram acatados por Fachin.
As decisões de Fachin em resposta aos pedidos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em consequência das delações de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht, foram assinadas digitalmente no dia 4 de abril.
No caso de Bendine, Fachin acatou o pedido de Janot para remeter a investigação para primeira instância, já que ele não possui prerrogativa de foro no Supremo. Segundo os delatores da Odebrecht, Bendine teria pedido propina equivalente a 1% da dívida da Odebrecht Ambiental com o Banco do Brasil “a fim de permitir a renegociação do débito” junto ao banco então presidido por ele. Os colaboradores ainda revelaram que, diante da insistência de Bendine, foram realizados três pagamentos de R$ 1 milhão via Setor de Operações Estruturadas, nome oficial do “departamento da propina” da Odebrecht. Em seu despacho, Fachin não dá mais detalhes sobre como teriam sido efetuados os repasses.
O pedido de declínio de competência de Bendine faz parte dos 211 que foram encaminhados ao STF por Janot. Além disso, ele também pediu a abertura de 83 inquéritos no Supremo para investigar autoridades com prerrogativa de foro, ou pessoas que, mesmo sem foro, deveriam ser investigadas no STF por conexão com os políticos investigados. Os pedidos de 83 investigações no STF foram acatados por Fachin.
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